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Granada, Nicarágua: paixão à primeira vista

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h52 - Publicado em 29 mar 2011, 17h36

As charretes levam os turistas para lá e para lá: não é coisa de mané, faz parte

Quando me mudei para Barcelona, há quase 11 anos, dividi um apê com uma menina catalã durante um tempo, a Laura. Todas as férias, era a mesma coisa: ela se mandava para a Nicarágua para mochilar e também fazer alguns trabalhos sociais. Depois que voltava, passava meses a fio chorando ao telefone, em ligações internacionais, tentando matar as saudades do povo de lá. No auge do hedonismo, curtindo uma paixão avassaladora pela Europa e a descoberta do primeiro mundo, eu simplesmente não conseguia entender que diabos Laura tanto via naquele país tão pobre e sofrido da América Latina. Sábia era ela.

Depois de um mês na Costa Rica, senti algo fulminante ao pisar em Granada, uma cidade colonial ao sul do país. Não que eu não tenha amado o país do surfe e da natureza, mas com a Nicarágua foi diferente: vibrei, me emocionei, me apaixonei. E só eu sei o quanto amaldiçoei o fato de ter deixado apenas dez dias para explorá-lo, justo no fim da viagem!

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A fábrica de charutos Doña Elba: os funcionários não se cansam de explicar e o ensinam a enrolar

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Puros de primeira linha: uma tradição nicaraguense

Cafés orgânicos plantados em terras vulcânicas: nhami

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Os ônibus “vintage” que circulam pela cidade

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Vista da cidade de cima da fortaleza espanhola: ao fundo, o lago que banha todo o sul do país

Por que tudo isso? Mil coisas. Os cenários são aterradores (vulcões, lagos, o Caribe, o Pacífico, selva, montanha), Granada é uma das cidades mais lindas e interessantes da América Central (e ainda há León, ao norte, por conhecer), as pessoas são doces e abertas, a comida é excelente (um bálsamo após o massacre tex-mex da Costa Rica) e – acima de tudo – há uma cultura forte e latente no ar, as cicatrizes de uma história dramática, uma personalidade marcante, um cheiro forte de América Latina, coisas que não se podem dizer do país vizinho, extremamente americanizado.

Neste post, deixo um aperitivo do que vi em Granada, uma mistura de Paraty com Havana…

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Eu volto, Nicarágua. E não vai demorar. Quero mais rum, mais charuto, mais vigorón e mais amigos para lembrar.

A cada esquina, o capricho dos casarões coloniais preservados

Mesa de quiosque de comidinhas típicas na praça principal: bom e baratíssimo

Vigorón, o prato típico bombástico e delicioso: mandioca cozida, pururuca de porco, repolho e a pimenta mais feroz da sua vida, sobre folha de bananeira

A linda catedral e o céu azul

Um dos muitos portais esplêndidos da cidade

Um dos vários bares charmosinhos da Calle de la Calzada, o calçadão e coração do centro antigo

Luz e sombra em mais um portal clássico de Granada

Pátio interno (e como são lindos os pátios internos de Granada) e uma galeria de arte na Calle de la Calzada

As cores de Granada

E mais cores…

Meio Paraty… (a calle de la Calzada)

Meio Havana…

A brisa na beira do lago para aliviar o calor (de máximas de 35 graus na maior parte do ano!)

Fim de tarde glorioso

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