Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Gran finale em Sipadan, o paraíso do mergulho

Um dos muuuuitos tubarões de pontas brancas de Sipadan   “Vi outro lugares como Sipadan há 45 anos, mas hoje em dia eles não existem. A ilha que encontramos é uma obra de arte intocada”. A frase do explorador francês Jacques Cousteau é antiga, de 1989. Mas, no ano passado, a pesquisadora Alexandra Cousteau, neta […]

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h44 - Publicado em 29 mar 2013, 15h29

Um dos muuuuitos tubarões de pontas brancas de Sipadan

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“Vi outro lugares como Sipadan há 45 anos, mas hoje em dia eles não existem. A ilha que encontramos é uma obra de arte intocada”. A frase do explorador francês Jacques Cousteau é antiga, de 1989. Mas, no ano passado, a pesquisadora Alexandra Cousteau, neta do explorador francês, esteve nessa joia localizada no Bornéu, na Malásia e, comparando o que viu com as imagens gravadas pelo avô nos anos 80, ficou abismada em como as coisas continuavam as mesmas.

 

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Família bumpehead parrot fish (um tipo raro de peixe-papagaio que tem um calombo na cabeça)

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Abismada, aliás é a palavra de Sipadan. Na minha modesta opinião, a ilha está para o mergulho assim como Evereste está para os escaladores. Não se pode chegar mais alto. Não se pode querer mais. Estive lá duas vezes (a última foi o meu gran finale do giro pela Ásia) e saí de lá certa disso. É claro que há maravilhas marinhas escondidas pelas Micronésias da vida, em Galápagos e em outros tantos lugares aonde ainda não fui. Mas nenhum deles é tão geograficamente especial como Sipadan.

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Meu dive master Ahmed na saída da Turtle Cave

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A poucos quilômetros da ilha do Bornéu, a plataforma continental (onde a profundidade é de uns 60 metros) desemboca em um abismo de uma tacada. O paredão toca o fundo a 600 metros de profundidade. E, mais adiante, o vulcão extinto de Sipadan emerge das profundezas, solitário. A sua cabecinha, que é o que chamamos de ilha, é um pedacinho de terra solitário em alto mar. Esse fenômeno tão especial faz com que Sipadan reúna, num mesmo ecossistema, a fauna de arrecife (que ali está ultra preservada) e os gigantes que habitam o mar aberto, que aproximam-se da ilha em busca de alimento e companhia para reproduzir-se: arraias, tubarões, baleias, etc.

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Uma das muuuitas tartarugas de Sipadan, onde elas chegam a ter o tamanho de um capô de Fusca

 

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Check in no paraíso

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A ilha já foi alvo de conflitos territoriais com a Indonésia e as Filipinas. Também foi o cenário do tenebroso sequestro de um grupo de 21 turistas pelo grupo terrorista Abu Sayyaf, em 2000. Por essas e outras, hoje em dia Sipadan é guardada com unhas e dentes pelo governo malaio. O número de mergulhadores é limitado a 120 por dia e as autorizações para mergulhar devem ser solicitadas com meses de antecedência.

 

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Filhote de tubarão dando uma descansadinha

A foto é péssima, mas dá para ver que a distância entre a minha cabeça e o tubarão é assustadoramente pequena

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Mas tudo vale a pena. Ah, e como vale. Considerado um dos melhores dive sites do mundo, o lendário Barracuda Point é uma experiência alucinógena. Mal você colocou a cara na água e cardumes infinitos de palometas nadam sob os seus pés, rodeados por vários tipos de tubarões e tartarugas do tamanho de um fusca. Espécies raras aparecem em quantidades irreais, como é o caso dos bumphead parrot fishes (um tipo estranhíssimo de peixe-papagaio). Os tubarões são tão numerosos que é possível chegar a uma distância assustadora deles. A água é cristalina e azul turquesa – nos melhores dias, a visibilidade é de 50 metros. E quando você acha que nada pode ser melhor do que aquele panorama, ele aparece: o tornado de milhares e milhares de barracudas gigantes que dão nome ao lugar.

 

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É impossível descrever com palavras ou ilustrar com fotos amadoras. Sipadan, só vendo.

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