Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
Continua após publicidade

Filipinas: O primeiro tubarão baleia a gente nunca esquece

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h59 - Publicado em 24 mar 2010, 18h51

httpvh://www.youtube.com/watch?v=O_rGKpjMS8Y
Devo um dos melhores momentos da minha expedição asiática 2010 – e do departamento “National Geographic” da minha vida – à Cecília Gontijo, a espertíssima blogueira à frente do meu vizinho De Mochila. Em julho do ano passado, ela escreveu sobre algo que para mim parecia algo de outro mundo (clique aqui para ver o post): tinha nadado com SETE tubarões baleia durante um despretensioso passeio de barco em Donsol (clique aqui para ver no Google Maps), nas Filipinas.

Na proa, um dos “avistadores” em busca de rastros do tubarão

Daí em diante, passei a infernizar a vida da pobre Cecília, ávida por mais detalhes e dicas sobre as Filipinas. E, como vocês já devem ter reparado, a viagem acabou se concretizando.

Empuleirado no mastro, o “avistador” veterano compenetrado

Continua após a publicidade

Por que esse surto por causa de um tubarão? Simplesmente porque ele é o maior entre todos os peixes (pode passar de vinte metros de comprimento, um “ônibus” embaixo d’água!), raríssimo de ser visto e, justamente por isso, uma lenda para a rapazeada do cilindro.

Mergulhadores mais xiitas não vêem com bons olhos a experiência Donsol, onde é possível apenas nadar com o bicho usando snorkel e máscara (o mergulho com garrafa é proibido para que os turistas incomodem o mínimo possível aos animais, que podem simplesmente afundar e sumir caso sintam-se ameaçados). Segundo os mais radicais, topar com um tubarão baleia deve ser fruto da sorte, uma espécie de benção que acontece poucas vezes na vida (e não é que a desgraçada sortuda da Cecília também viu um na Tailândia??). Segundo esse raciocínio, ir a um lugar onde vê-los é uma certeza seria uma espécie de trapaça. Bom, azar o deles.

Olhos atentos e treinados em busca de uma sombra

Continua após a publicidade

Estava quebrando a cabeça tentando encontrar uma forma de descrever a experiência dos encontros (no meu caso, nadei com 5 bichões durante um passeio de três horas) quando reli o texto da Cecília. Ele retrata exatamente o que eu senti:

Ele é muito maior do que a gente imagina, muito mais inofensivo do que a gente espera e completamente encantador… É uma mistura de medo e fascínio o que toma conta da gente, o surgimento inesperado de um sentimento de gratidão e reconhecimento de sorte, por poder ter aquela experiência do outro lado do mundo, num contato tão direto com a natureza e ao mesmo tempo tão sem interferências. Naquela hora, quase hiperventilando, quase chorando de dar risada, eu sentia que podia passar o tempo que fosse ali, só observando um bicho que eu nunca antes imaginei que fosse ver ao vivo, e cuja visão parecia que nunca me entediaria. Mas foi ele próprio que resolveu a hora de voltar e foi-se embora pro fundo do mar.

Olha a barbatana aí geeente!

Continua após a publicidade

A postos…

O grande encontro

Bocãããããão!

Continua após a publicidade

Blogueira em transe

Anote aí:
– Os melhores meses para ver tubarões em Donsol são fevereiro, março e abril.

– Chegar lá é razoavelmente fácil: de Manila, voe para Legaspi com a Cebu Pacific, de onde saem vans (uma hora) em direção a Donsol.

Continua após a publicidade

– A única razão para ir a Donsol é ver tubarões, já que o lugar não é especialmente bonito. Não perca seu tempo se não for a época certa.

– Há poucas opções de acomodação na cidade. Vale reservar com antecedência, principalmente durante os finais de semana.

– Nadar com os tubarões requer um mínimo de preparo físico para acompanhá-los (um bicho daquele tamanho obviamente tem potencial para nadar rápido).

Publicidade