Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Europa no mês de agosto: prós e contras

Pode ser o máximo para quem não se importa com multidões, pode ser frustrante para quem quiser viver como um local

Por Adriana Setti
Atualizado em 7 ago 2019, 19h30 - Publicado em 8 ago 2011, 16h08
Barcelona à noite
Barcelona à noite (JoaquinAranoa/Pixabay)
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Eu adoro Barcelona em agosto. Meus vizinhos (e seus N filhos barulhentos) desaparecem. O barulho da rua apazigua. Há bem menos gente transitando na porta da minha casa, que fica na boca de uma estação de metrô. É mais fácil encontrar mesa nos restaurantes que permanecem abertos fora do centro. Tenho uma sensação gostosa de que todo dia é domingo, o que acaba compensando o incômodo de ter bancas de jornal, lojas e outros serviços fechados no meu bairro. Mas, claro, entendo que a vida de quem mora não tem nada a ver com a de quem vem como turista. Na minha modesta opinião,

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Não se importar com o calorão. Não é modo de dizer: em Madri os termômetros flertam com os 40 graus, assim como em todo o interior da Espanha, da Itália, da Grécia… Sevilha chega a beirar o inviável, atingindo os 45. Em cidades como Paris e Londres, apesar de não fazer tanto calor assim, há uma falta de infraestrutura para amenizar a estação. Ou seja, muitos lugares (inclusive algumas linhas de metrô) sem ar condicionado, acarpetados, cheio de cortinas…

Quiser confraternizar com gente do mundo inteiro. Julho e agosto é uma festa para mochileiros, que se encontram nos albergues, nos bares, nas praças, nos trens. Há uma atmosfera de celebração no ar, perfeita para quem quer conhecer gente, paquerar, etc.

for a sua primeira vez na Europa. Isso porque é uma época para curtir o mainstream, as principais atrações. E não para garimpar os achados nos bairros menos turísticos, onde vai encontrar muita coisa fechada.

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a sua viagem incluir as praias. Na Europa, curtir o litoral a todo vapor significa ir no auge do verão. A partir de setembro as temperaturas baixam e as cidades morrem. (Por exemplo, para badalar em Ibiza, não adianta ir no fim de setembro, mesmo que ainda faça um certo calor).

você quiser ficar hospedado nos hotéis voltados para as viagens de negócios: eles oferecem descontos incríveis nessa época.

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já tiver vindo várias vezes e queira aprofundar-se, conhecer a vida local e garimpar achadinhos fora do centro. Ou seja, não é uma boa época para alugar um apê e brincar de “local”. Isso porque muitos bairros residenciais das cidades – Paris, Roma, Milão, Barcelona, Madri – ficam semi-desérticos, com restaurantes, lojas e bares fechados. Pode ser deprimente.

quiser provar os restaurantes dos grandes chefs, uma vez que muitos fecham por algumas semanas ou o mês todo, independente de estarem ou não no centro da cidade. Pode ser difícil entender por que esses chefs ignoram a presença de milhões de turistas e saem de férias. Mas você já esteve diante de um fogão no auge do verão? Fora isso, os fornecedores também fecham as portas, o que complica de verdade a vida dos cozinheiros.

estiver com o orçamento apertado. Os lugares bons, baratos e centrais lotam e cobram muito mais caro. As passagens de avião e de trem sobem à estratosfera. Os hotéis do litoral enfiam a faca. Alta temporada, baby.

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tiver aversão às multidões. Encontrar cidades como Roma ou Barcelona pra você é missão impossível, na época que for. Mas o verão é o auge do auge. Prepare-se mentalmente.

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