Dirigir pela direita na Nova Zelândia: a primeira vez a gente nunca esquece

Andar de bicicleta, dirigir e algumas outras coisas que não vêm ao caso – diz a lenda – a  gente nunca esquece. Ok. Agora tente fazer tudo isso do avesso.

Como muitos de vocês devem saber, no Reino Unido, e em todos os outros lugares que a coroa britânica chamou de seu durante anos ou séculos (África do Sul, Austrália, Nova Zelândia, etc, etc), o povo não só gosta de rúgbi e ama cerveja, mas também dirige pelo lado oposto. Isto é: motorista sentado no banco da direita andando pela pista da esquerda.

Para falar a verdade, é menos terrível do que eu imaginava. E, apesar de ser loira, até o momento não entrei de cara em nenhum caminhão na conta-mão. Como estarei 25 dias na Nova Zelândia, dirigindo na maior parte do tempo, estou confiante que até o fim deste período serei capaz de:

– Não ligar o limpador de pára-brisas todas as vezes em que precisar dar seta.
– Não apertar a orelha do meu namorado cada vez que for procurar o cinto de segurança.
– Não precisar repetir o mantra “pela esquerda, pela esquerda, pela esquerda” a cada vez em que for enfrentar uma rotatória.
– Não sofrer panes cerebrais a cada vez que precisar tomar uma decisão rápida.
– Não bater o cotovelo na porta a cada vez que virar para trás para dar ré.

Vivo pregando o slow travel e metendo pau no turista maluco que quer abraçar o mundo com as pernas. Mas planejando a viagem sem pensar muito, acabei arrumando uma maratona das boas para a minha chegada na Nova Zelândia. Sente o drama: depois de uma hora e meia de vôo desde Cingapura, fiz uma escala corridíssima em Kuala Lumpur, na Malásia. Em seguida, foram dez horas de lá até Auckland, onde peguei um carro no aeroporto e segui, em ziguezague, dirigindo do lado oposto, por mais quatro horas até Paihia, a principal cidade de uma região chamada Bay of Islands. Por que a gente é assim???

DICA ESPERTA:
Para economizar no aluguel de carros na Nova Zelândia, procure as locadoras “secundárias”. Ou seja, não sucumba àquelas que estão localizadas no aeroporto. As locadoras econômicas ficam em loais meio obscuros, mas fornecem transporte grátis desde aeroportos, estações, etc. Por exemplo, no aeroporto de Auckland, você liga de uma espécie de interfone, e uma van milagrosa aparece para em questão de minutos. As tarifas chegam a ser 50 % menores dos que as Avis, Hertz e etc da vida. Anote aí o link da Ace e da About New Zealand.

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