Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Deu tudo errado, mas foi ótimo

Últimos momentos gloriosos de 2012, registrados pelo amigo S.K. (também protagonista do Réveillon-maravilha descrito abaixo)     Você pode até ter encerrado o ano passado com um menu degustação estrelado. Você pode até ter pulado as sete ondas numa praia perfeita. Você pode até ter bailando de branco até o sol raiar na festa mais […]

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h40 - Publicado em 31 dez 2013, 14h36
Meus últimos momentos gloriosos de 2012, registrados pelo amigo S.K. (também protagonista do Réveillon-maravilha descrito abaixo)

Últimos momentos gloriosos de 2012, registrados pelo amigo S.K. (também protagonista do Réveillon-maravilha descrito abaixo)

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Você pode até ter encerrado o ano passado com um menu degustação estrelado. Você pode até ter pulado as sete ondas numa praia perfeita. Você pode até ter bailando de branco até o sol raiar na festa mais glamurosa de todos os tempos. Mas aposto que o seu Réveillon não rendeu tantas risadas ao longo de 2013 como o meu.

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O dia 31 de dezembro  — eu disse o DIA – eu passei no céu, do jeito que você vê aí na foto, com a minha eterna melhor companhia, na praia de Magpupungko, nas Filipinas. Só que as três horas de motoca para ir e voltar do paraíso passaram fatura. Descadeirado, o casal de louros dormiu além da conta no afã de recuperar as forças para a noitada.

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De volta à vida real, lá pelas 22h, deparamos com todos os restaurantes da ilha de Siargao fechados. Absolutamente todos. Isso porque é crucial para os filipinos ir  à missa after hours que se celebra no dia 31, depois do jantar — não havia viva alma fora da igreja. Diante do panorama, ter uma ceia agradável deixou de ser a preocupação. O objetivo, àquelas alturas, era matar a fome ou, vá lá, pelo menos dar uma forrada no estômago para sobreviver com certa dignidade aos efeitos do álcool que haveria de chegar.

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Então encontramos um mercadinho semi-aberto, onde uma ovelha desgarrada da liturgia noturna nos vendeu alguns potes de miojo (daquele que você joga água quente dentro da própria embalagem) e um bolo de banana meio velho. Estávamos salvos.

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Eu já estava empurrando o último pedaço de bolo (com cerveja) quando a dona do mercadinho voltou da igreja e, desolada com a nossa situação, fez questão de compartilhar o que tinha sobrado do jantar da família. Foi lindo, comovedor. Só que o menu em questão envolvia macarrão com molho doce. Não deu pra recusar. Fechei o olho e mandei ver no fusili sabor Quick de morango.

 

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Já era quase meia noite quando consegui engolir a última colherada. Agradecemos, nos despedimos e saímos correndo, de moto, para tentar chegar em tempo até a praia. Bastou dar aquele primeira acelerada e fomos brindados com uma tormenta tropical furiosa, que transformou o meu vestido (branco) num pano de chão e cobriu o meu cabelo de folhas de árvore. Meu rímel escorreu até o queixo.

 

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Em meio ao dilúvio, pulamos as sete ondas. E depois seguimos para uma festa no meio da lama, regada a cerveja quente. Muito xixi no mato, um quase jato de vômito alheio, 5 horas (aguentei bem) de Gangnam Style em loop, e estava completo um Réveillon que rendeu 365 (e não apenas uma noite) de gargalhadas na mesa do bar.

 

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Com a esperança que a noite que se aproxima seja menos memorável, desejo um 2014 com muito otimismo, bom humor, saúde, dinheiro, amor e magreza para todos vocês, queridos leitores.

 

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