Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Crise na Grécia: até que ponto ela pode prejudicar a sua viagem?

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h46 - Publicado em 27 jul 2012, 13h58

 

 

 

A praia de Navagio, na Ilha de Zakynthos: ali, tudo na boa

As notícias que chegam da Grécia, mergulhada numa profunda crise econômica, não são nada boas. Mas a situação do país oferece riscos à sua viagem? Eu diria que não.

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As passeatas têm sido frequentes em Atenas, mas elas não acontecem todo santo dia (muito menos durante o verão). Além disso, a regra é que ocorram de forma pacífica e organizada. Brigas e enfrentamentos com a polícia acabam sendo amplamente divulgados pela televisão, mas são raros e isolados.

 

Para quem viaja as ilhas gregas, não há motivo para preocupação: você teria medo de ir a Fernando de Noronha se os metroviários de São Paulo estivessem reunidos na Praça da Sé? O raciocínio é o mesmo. Ainda assim, o turismo na Grécia anda mal das pernas.

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Para elaborar a reportagem que será a capa da Viagem e Turismo de agosto, conversei com muitos gregos e também com o Décio de Brong Mattar, o autor da lista das praias mais bonitas do país do post anterior (e do site Guia Grécia), durante a sua trigésima quinta viagem ao país. O que ele me contou é tranquilizador e me deu ainda mais vontade de visitar a Grécia novamente, não só por prazer, mas por solidariedade. Eles precisam mais do que nunca do dinheiro gerado pelo turismo, do qual depende 30% da população.

 

Vejam o que ele me contou:

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“O preço dos hotéis baixou consideravelmente nos últimos anos e tem sido bem mais fácil negociar o valor das diárias. Todos os lugares nos quais acabo de hospedar-me, nas ilhas de Zakynthos e Lefkada (ambas no mar Jônico) e também no interior do país, estavam entre 20% e 30% mais baratos do que no ano passado. E sei que, mesmo nos destinos mais badalados, as tarifas foram reduzidas. Nos restaurantes, os preços se mantém, o que é sinônimo de desconto uma vez que o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) saltou de 13% para 23%. Isso significa que um jantar para duas pessoas em um ótimo restaurante, com vinho e sobremesa, continua saindo por cerca de € 70. Nas lojas, há promoções incríveis. Em Glyfada, um dos bairros mais nobres de Atenas, uma camisa Lacoste estava custando € 0,50! Parece mentira, mas isso tem acontecido quando as lojas que vão fechar (e elas são muitas, infelizmente) precisam liquidar o estoque. Apesar de tudo,  estou aqui há 30 dias, viajei de carro por toda a Grécia continental, visitei seis ilhas e posso garantir que o país continua calmo e seguro como sempre. Você pode andar de Rolex no pulso tranquilamente, se quiser. A imagem de um país conflitivo e perigoso, reforçada por alguns noticiários internacionais ultimamente, é totalmente falsa.  Mesmo assim, acabou assustando a muitos estrangeiros e prejudicou demais o turismo. As pessoas  estão preocupadas com a economia, claro. Mas continuam orgulhosas de sua terra e não perderam nem o bom humor, nem a sua maneira tranquila de viver e muito menos o imenso carinho pelos visitantes que vêm de fora.”

 

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