Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Como viajar de avião pode ficar melhor depois da pandemia

5 novas regras para voar que sempre deveriam ter existido

Por Adriana Setti
Atualizado em 2 jul 2021, 15h05 - Publicado em 20 ago 2020, 05h05
A partir de agora, ninguém pisa o calcanhar de ninguém
A partir de agora, ninguém pisa o calcanhar de ninguém (Pixabay/Reprodução)

A essas alturas, estamos todos porrraaaqui de divagar sobre o poder transformador que toda essa tragédia sanitária deve exercer sobre nós, não é mesmo? Mas, em meu terceiro voo desde que tudo começou, me dei conta de que viajar de avião na era pós-covid pode ficar um tiquinho melhor, caso regras do “novo normal” sejam eternizadas. Por mais incrível e triste que pareça, tivemos que passar por uma pandemia para que certas coisas fossem como sempre deveriam ter sido. Veja só:

1. Só entra quem viaja

Em vários países da Ásia já era assim. Por questões de segurança pós 11 de setembro, só entrava no aeroporto quem ia viajar. No novo normal aqui na Espanha, e em vários outros países, a medida também foi adotada, para evitar aglomerações (e é preciso mostrar o cartão de embarque na porta). Sinto muito por aquelas famílias de 28 pessoas que recebem/despedem seus seres queridos com balões e mensagens fofas, mas nada como um terminal mais vazio, com mais espaço para sentar, menos fila no banheiro, no café…

2. Um metro e meio de separação em todas as filas

Não sei onde vivem, do que se alimentam e como se reproduzem, mas algumas pessoas fazem questão de baforar na nuca alheia quando se forma uma fila, como se aqueles centímetros avançados sobre o espaço vital alheio fosse encurtar a espera. Pois agora há marcas no chão que obrigam cada um a ficar no seu quadrado, com 1,5m de separação nos controles de segurança! E, caso alguém insista em pisar no seu calcanhar (e arrebentar a sua Havaiana), você tem o aval da OMS para reclamar sem parecer uma pessoa neurótica. Na Austrália, e em outros países extremamente civilizados, a distância padrão sempre foi daí para mais. Com o “novo normal”, agora existe uma boa chance de que as filas nos aeroportos do resto do mundo também deixem de parecer com trenzinhos de conga.

3. Embarque civilizado

Não sei onde vivem, do que se alimentam e como se reproduzem, mas algumas pessoas fazem questão de ficar na fila do embarque horas antes, mesmo com lugar marcado no avião. Muitas vezes, esse comportamento provoca uma fila gigantesca e estática em frente ao portão, que atravanca o movimento no terminal e geral as temidas aglomerações. Agora, os funcionários das companhias aéreas fazem de tudo para colocar ordem no pedaço, garantindo que o acesso ao avião por turnos (que já existia, mas não funcionava direito) seja realmente respeitado e que os passageiros esperem a vez sentados ou, pelo menos, não embolados na frente do portão. Enfim, como sempre deveria ter sido.

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4. Desembarque civilizado

Se essas boas práticas pandêmicas forem eternizadas, a humanidade ficará livre do mais irritante dos hábitos em voos: levantar logo que o avião aterrissa (às vezes, com ele ainda taxiando) para fazer um trenzinho de conga no corredor, baforando a nuca da pessoa da frente e esfregando a mochila no nariz do desafortunado que vem logo atrás. Agora, para sair do avião, é preciso respeitar a ordem natural da coisa: esperar que os que estão sentados na fila da frente se levantem e comecem a andar para, só então, levantar o rabo da poltrona e fazer o mesmo. Olha que maravilha: como sempre deveria ter sido.

5. Máscara no avião

Ninguém gosta de respirar dentro de uma coisa que parece um filtro de café e nos deixa com orelha de abano. Mas o fato é que usar máscaras de proteção dentro do avião torna o ambiente bem menos insalubre, o que é um alívio para nossos sistemas imunológicos. Gostoso não é. Mas, se somos capazes de sobreviver a voos intercontinentais na classe econômica, somos capazes de tudo.

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