Como é se hospedar no hotel Juma Ópera em Manaus
Raio-X desse hotel boutique que fica bem na frente do Teatro Amazonas, no Centro Histórico da capital amazonense
Abrir a janela do quarto e dar de cara com um dos edifícios mais belos do Brasil define a palavra privilégio quando se está em Manaus. Inaugurado em 1896, o Teatro Amazonas é o maior ícone do legado e da riqueza que o ciclo da borracha trouxe à capital amazonense, e fica a justo em frente ao Juma Ópera.
Instalado no pedacinho mais bonito, limpo e seguro do Centro Histórico, esse hotel boutique inaugurado em 2020 ainda está cercado por vários restaurantes bacanas, como o excelente Caxiri, endereços folclóricos, a exemplo do Bar do Armando, e lojas incrementadas.
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Em outras palavras: praticamente sem sair do quarteirão, você consegue viver algumas das melhores experiências que a metrópole às portas da floresta pode oferecer.
O hotel ocupa dois casarões tombados restaurados e dois edifícios erguidos no mesmo estilo. A integração harmônica entre as construções e o entorno foi uma das principais preocupações do arquiteto Roberto Vinograd.
Pensando nisso, toda a fiação que passava pela frente do hotel foi refeita e estruturada de forma subterrânea, deixando livre (e instagramável) a bela fachada.
Ao passo que as janelas dianteiras deixam entrever a opulência do teatro, de paredes cor de rosa e estilo renascentista — recheado com mármores de Carrara, lustres de Murano, peças de ferro esculpidas na Inglaterra, telhas francesas etc —, no interior os ambientes são amplos e minimalistas, como se não quisessem roubar o protagonismo.
Com predomínio das cores neutras, móveis contemporâneos e referências amazônicas nos quadros e peças de design, o hotel utiliza energia solar como base do sistema de aquecimento e vários espaços têm revestimento de vidro reciclado.
As 41 suítes têm ar-condicionado, frigobar e TV, além de portas e janelas tratadas acusticamente. Senti falta de amenidades amazônicas no banheiro — a floresta tem tanto a oferecer nesse sentido! —, mas, nas paredes, balaios confeccionados artesanalmente pelos índios Baniwa a partir das folhas de arumã traziam um gostinho local à minha suíte.
Enorme, ela ainda dispunha de uma mesa de mármore e cadeiras confortáveis, testadas e aprovadas em um dia de anywhere office em alto estilo, com vista para a famosa cúpula que coroa o Centro Histórico de Manaus.
A mesma vista impacta quem chega à piscina, provavelmente a mais cobiçada da cidade, no rooftop do hotel — uma pena, no entanto, que o bar estivesse fechado quando passei por lá, em diferentes horas do dia. Dar um mergulho à noite ou depois de um passeio pela tórrida Manaus vale a estada no Juma Ópera.
Outro espaço marcante é o restaurante Ópera, sob uma cúpula de ferro e vidro, onde são servidas as criações da chef Sofia Bendelak e o café da manhã. Assim como o hotel, a gastronomia também busca um caráter internacional.
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Mas não faltam pratos amazônicos no menu, como as trouxinhas de pato com velouté de Tucupi; ceviche de Aruanã e filé de pirarucu com crosta de castanha.
No desjejum, sua tapioca com queijo coalho e tucupi está garantida e o drink Sex on The Amazon, com vodka, licor de cupuaçu e suco de laranja, garante a diversão na happy hour.
As diárias custam a partir de R$ 1.043. Reserve sua hospedagem no Juma Ópera.