Destinos como México, Bahia e Índia costumam incluir uma diarréia monumental no pacote. E pode acrescentar o Marrocos na listinha. Não há estomaguinho acostumado com ambientes desinfetados que resista a carnes vendidas ao ar livre, sem refrigeração, no meio da rua. Ok, você JAMAIS compraria carne em um lugar desses. Mas de onde você acha que vem a costelinha de cordeiro que você vai comer no restaurante da esquina?
Na primeira vez em que visitei o país, eu e minha mãe passamos dois dias definhando em um hotel xexelento em Tanger. Normal. Nessa última vez, tive mais sorte. E também fui mais prudente: deixei as aventuras gastronômicas mais radicais para o último dia. Caso eu precisasse definhar depois, ao menos já estaria em casa.
Comer em uma das barraquinhas de comida da praça Jeema El Fna é um clássico. Dá a impressão de que todos os moradores jantam por lá, em uma confraternização gigante. As mesas são enormes e todo mundo senta junto. E o cardápio é basicamente salada e grelhados, incluindo carne, peixe e frutos do mar (caso você tenha ímpetos suicidas). Não é a melhor comidinha de rua do mundo. Mas enche a barriga. E a conta não passa de 3 euros por pessoa, o que funciona como um belo tempero.
O melhor da praça são as barraquinhas de frutos secos: figos, amêndoas, damascos (foto)… Isso sim é um delírio para o paladar. Outra ótima pedida são os sucos. Um copão de laranja custa 30 centavos de euro! Se você não quiser muitas emoções intestinais, ficar só no suco e nos frutos secos pode ser uma alternativa para curtir a praça sem voltar mais magro pra casa.