Circulando por Bangcoc: navegar é preciso
A cena é difícil de imaginar. Mas você já pensou em como seria bom se o Tietê e o Pinheiros fossem navegáveis (ou melhor, se ainda pudessem ser chamados de rios) dentro da cidade de São Paulo? Com um sistema eficiente de barcos públicos, o paulistano poderia singrar as Marginais, escapando do trânsito e tomando um ventinho no rosto. Surreal?
Acrescente templos espetaculares e um skyline futurista às suas margens (e subtraia algumas milhares de toneladas de dejetos mortíferos) e você terá uma vaga ideia do que o lendário Chao Phraya pode fazer por quem transita por Bangcoc.
As principais atrações da cidade (Grand Palace e arredores, além do lindo templo Wat Arun) estão conectadas pela linha fluvial pública à região da Khao San Road (onde a maioria dos turistas se hospeda), bem como aos principais hotéis de luxo e ao Sky Train, o supereficiente metrô suspenso de Bangcoc. Quem não quiser encarar os animadíssimos barcos públicos (o manual de instruções eu passo no próximo post), ainda pode pegar um barco-táxi ou o Tourist Boat, que vai mais vazio e só atraca onde interessa.
Como regra geral: para mover-se entre os highlights da parte antiga de Bangcoc (onde estão os templos e monumentos), para ir até a frenética Chinatown e também até a parte moderna da cidade, use o barco sempre que for viável. Para circular na Bangcoc moderna, use o Sky Train (há uma parada ao lado de um dos píers). Para as curtas distâncias dentro deste “blocos”, vá a pé, de táxi ou de tuk-tuk.
Ou seja, para fazer o básico você simplesmente não precisa amargar congestionamentos homéricos e nem comer poeira na carona de um tuk-tuk. De quebra, se diverte horrores e faz verdadeiros city tours a um preço simbólico. Lindo, não?
PS: E aqui vai mais uma dica infalível sobre o transporte na cidade: na área da Khao San Road ou em frente dos pontos turísticos, é quase impossível conseguir a proeza de fazer um taxista ligar o taxímetro e cobrar uma tarifa justa pela corrida. Mas também há motoristas de bom coração na cidade. Para encontrá-los, basta afastar-se alguns quarteirões dos pontos críticos. É batata. Também é normal que um taxista não queira fazer uma corrida para determinada parte da cidade (comigo aconteceu algumas vezes). Nesses casos, nem adianta discutir. Conforme-se e espere o próximo.
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