Achados

Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Barraquinha de cachorro-quente que serve champanhe: eis o espírito de Viena

Bitzinger’s Würstelsatand: o resumo de Viena em uma barraquinha de cachorro-quente Homens de terno, mulheres de vestido, jóias e salto alto. Em uma mão, uma taça de champanhe. Na outra, um cachorro-quente. O único lugar do mundo em que essa cena se repete diariamente é a calçada em frente ao museu Albertina, em Viena, a […]

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h51 - Publicado em 26 Maio 2011, 06h53

Bitzinger’s Würstelsatand: o resumo de Viena em uma barraquinha de cachorro-quente

Homens de terno, mulheres de vestido, jóias e salto alto. Em uma mão, uma taça de champanhe. Na outra, um cachorro-quente. O único lugar do mundo em que essa cena se repete diariamente é a calçada em frente ao museu Albertina, em Viena, a um quarteirão da Wiener Staatsoper, a célebre Ópera de Viena – o que explica a indumentária dos clientes.

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Viena tem centenas de barraquinhas de cachorro-quente, a comida de rua por excelência na capital da Áustria. Mas a Bitzinger’s Würstelstand é diferente. A começar pelo visual, resultado de um concurso realizado entre arquitetos e designers, que contou com uma adesão entusiástica, por se tratar de um símbolo da cidade.

Mas nem só de sua aparência vive a Bitzinger’s Würstelstand. Aqui, as salsichas de vários tipos são feitas com esmero (eu, que sempre tenho que tomar um Estomazil e uma Neosaldina depois de comer um hot-dog, dessa vez escapei ilesa), os molhos de mostarda a curry são caseiros e o cardápio de bebidas inclui grandes brancos vienenses (a região de Viena é famosa por sua produção) e… champanhe. Tudo servido em taças de vidro, sem uma nesga sequer de improvisação. Isso por que a família Bitzinger também é dona do Augustinerkeller, a poucos metros dali, uma das adegas mais antigas do centro histórico da cidade, que hoje também funciona como restaurante.

Escolhi o Bitzinger como tema do meu primeiro post sobre Viena porque, para mim, ele é um resumo da sua essência: uma cidade cuja beleza e imponência chega a ser intimidante num primeiro olhar, mas que seus moradores tratam de torná-la informal, vanguardista e vibrante. Como disse o sensacional designer Thomas Feichtner, que tive a honra de ter como anfitrião, Viena é um lugar “tradicional, mas não coberto pelo pó da tradição”. Preciso e verdadeiro.

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