Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Alô, Itamaraty! Dá pra facilitar a vida dos brasileiros que viajam a Belize?

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h48 - Publicado em 8 abr 2012, 10h48

Ilha paradisíaca em Belize: pelo menos o perrengue valeu a pena

 

 

Tenho passaporte brasileiro e também lituano. Apesar da Lituânia fazer parte da União Europeia desde 2004, pouquíssima gente conhece a terra onde meus avós nasceram, à beira do mar Báltico (agentes de imigração incluídos). Além do mais, esse país pequenino tem pouquíssimas embaixadas no mundo. Tudo isso pra dizer que, quando viajo fora da Europa, quase sempre uso o meu passaporte Brasileiro.

 

Se um passaporte vermelho é mais bem aceito nos países do “primeiro mundo” (Estados Unidos, Japão, Austrália, etc), o azulzinho tem grandes vantagens em alguns países do “terceiro”, uma vez que o Brasil, por sua parte, não impõe tantas restrições aos hermanos “em desenvolvimento” como os americanos ou os europeus (na Tailândia, por exemplo, não precisamos pagar pelo visto , ao contrário do que acontece com os europeus, que além de tudo só ganham um mês de permanência enquanto temos direito a três). Além do mais, ser brasileiro costuma despertar a simpatia imediata, seja na América Central ou na Ásia.

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Não foi assim em Belize. Ao chegarmos ao posto de imigração da ilha de San Pedro (vínhamos em uma lancha de um centro de mergulho de Xcalac, no extremo sul do Caribe mexicano), o Cássio, meu namorido (que não tem passaporte europeu) precisou fazer o trâmite do visto de turista. Até aí tudo bem: em países como a Indonésia ou a Nova Zelândia também é assim. Acontece que o processo (conhecido como visa on arrival), que normalmente demora cinco minutos, se estendeu por uma eternidade em Belize.

 

Em primeiro lugar, a taxa de emissão era salgadíssima: US$ 60 para uma semana (a mais cara que já vi, excetuando Estados Unidos e Austrália)! Para piorar, ela deveria ser paga no órgão público onde os belizenhos quitam vários outros impostos. Na prática, isso significava um guichê com uma funcionaria lenta e mal-humorada, com uma fila interminável e lentíssima. Nessa brincadeira, perdemos mais de duas horas no processo de imigração mais penoso de todas as nossas vidas. Lamentável.

 

Alô Itamaraty! Dá pra facilitar a nossa vida em Belize?

 

Caso você vá a Belize, mais vale pedir o visto com antecedência no consulado Britânico – Belize faz parte da Commonwhealth.

 

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