A Transilvânia é incrível, parte 5: o castelo do Drácula, só que não
Reparei que o tal do castelo do Drácula não estava com essa bola toda quando, a cada vez que perguntava algo sobre ele a algum romeno, a resposta vinha com um franzidinho no lado direito da boca e um suspiro, como quem diz “hummm, mais ou menos”.
A verdade é que a atração mais famosa da Transilvânia, em Bran (a meia hora de Brasov, cidade que a maioria usa como base para um passeio de bate e volta) é mais mito do que qualquer outra coisa. Construído no século 14, o castelo impressiona por seu exterior, que se destaca da paisagem sobre uma colina solitária. Mas, por dentro, o ele não tem nada de assustador. Suas paredes são brancas, há bastante luz natural. Alguns ambientes chegam a ser fofos.
Isso porque ele, o Drácula (o príncipe Vlad Tepes), teria vivido ali por um curto período no século 15. A partir do século 19, o palácio-fortaleza foi residência de verão da realeza. Quem assina a decoração, aliás, é a rainha Marie da Romênia.
Se você busca um cenário e filme de terror, melhor tocar pra Sighisoara, o assunto de dois posts atrás. E se tiver pouco tempo e precisar que escolher entre o castelo de Peles e o de Bran, nem pestaneje: Peles na cabeça.
Siga @drisetti no Twitter.