A Transilvânia é incrível, parte 3: Sighisoara, a cidade onde Drácula nasceu
Igrejas góticas, ruas estreitas e sombrias, colinas envoltas em bruma. Tudo o que você imaginou sobre a Transilvânia não está em Sibiu, como disse alguns posts atrás (clique aqui para ler). A capa preta que acompanha o nome desta região da Romênia se materializa num vilarejo chamado Sighisoara. Ali, coincidência ou não, nasceu Vlad Tepes, “o empalador” (urgh!), o príncipe da Wallachia que deu origem à lenda do Conde Drácula (o famoso castelo, no entanto, não é na cidade).
Linda e sombria nas mesmas proporções, Sighisoara equilibra-se sobre uma colina coberta de casarões do século 16, ruas de pedras e igrejas góticas. O centro antigo é rodeado por uma muralha do século 14, enquanto a parte mais alta é coroada por uma igreja do século 17 e – buuuu – um cemitério. Para chegar até lá, é preciso vencer 172 degraus cobertos por um túnel de madeira cujo interior é escuríssimo até durante o dia. Parece até montagem mas, no fim da tarde, revoadas de corvos fazem as árvores da praça principal balançar sobre uma estátua que atesta que ele, Vlad, nasceu ali em 1431.
Por outro lado, a cidade tem um lado doce. As casas são impecavelmente pintadas de cores alegres e tudo é absolutamente impecável. À noite, Sighisoara ganha um ar ainda mais especial com a ajuda de uma iluminação cenográfica que destaca as fachadas graciosas – não à toa, havia mais turistas passeando à noite do que durante o dia. Não fosse um cachorrão fazendo “auuuuuuuuu” no meio da praça (igualzinho ao do clipe de Thriller) , eu até arriscaria dizer que é no escuro, por incrível que pareça, que a cidade perde um pouco do ar sinistro.
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