Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas

A república de Uzupio, em Vilnius: que lugar é esse?

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h51 - Publicado em 12 jul 2011, 14h50

República independente de Uzupio: que lugar é esse? (não me pergunte o que a Monalisa está fazendo na placa…)

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A ponte do amor eterno, que leva do centro histórico até Uzupio

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Um cadeado em detalhe

Cruzando a ponte onde os cadeados selam juras de amor eterno (as chaves são jogadas no rio), entra-se em um mundo à parte. A “Uzupio Respublika” (ou Uzupis Republic, em inglês) foi declarada independente por seus moradores desde 1 998. Para o governo da Lituânia, ou mesmo a prefeitura de Vilnius, isso não fez a menor diferença. Mas quem se importa com isso?

Uzupio tem seu próprio “presidente” e comemora a sua independência no dia da mentira – hahahaha –, não é incrível? Nessa data solene, o líder da nação uzupiana faz discurso e guardas com roupas surrealistas “carimbam” os passaportes dos que chegam. Sim, os lituanos têm senso de humor.

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Galera pintando à beira do rio Vilnius, às margens do qual a vida se desenvolve em Uzupio

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O anjo: guardião do bairro

A constituição de Uzupio é impagável (eu até comprei um pôster e fiz um quadro). Entre as 41 leis, “todo mundo tem o direito de ser feliz”, mas… “todo mundo também tem o direito de ser infeliz”. Why not? Todo mundo ainda “tem o direito de cometer erros” e… “de estar em dúvidas, mas isso não é uma obrigação”. Ai, ai… eu acho isso tão fantástico! Vocês não?

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Pinturas às margens do rio

Estátua sem pé nem cabeça

Um dos bares com jeitão da dinamarquesa Christiania

Mas drogas teoricamente não há…

O jeitão do bairro

Visualmente, o bairro lembra um pouco a Christiania, a república independente dentro de Copenhague, mas sem drogas — ao menos à vista, ainda que referências aos cogumelos desenhadas nas paredes não faltem. Os grafites colorem os muros, há galerias de arte e muitos espaços alternativos. É o bairro dos artistas, dos boêmios, etc.

A galeria mais emblemática de Uzupio (onde você pode comprar a constituição, camisetas, etc)

A vida — e a estátua fálica — à beira do rio

A vida DENTRO do rio, num dia de calorão…

Monumento em homenagem ao Tibet

As ruas de paralelepípedo

Gente de Uzupio

Abaixo a rotina!

Algumas casas parecem prestes a sucumbir

A vista linda do Tores, o restaurante mais bacana da cidade

Rolinhos de arenque do Tores

O contraste é interessante. Basta cruzar a ponte, deixando para trás o impecabilíssimo Centro histórico, para sacar como era Vilnius antes de que restaurasse o seu miolinho após a queda da cortina de ferro.

Algumas casas parecem prestes a sucumbir. Mas ao mesmo tempo, a região está ficando cada vez mais cool, com lojas bacanas, bares animadíssimos e o restaurante mais legal da cidade, o Tores, ao qual se chega subindo a ladeira protegida pelo anjo que é o guardião dessa gente “livre” e feliz (ou infeliz, porque afinal de contas, tudo mundo tem o direito…).

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