Os números, como sempre nos Emirados Árabes, são impressionantes. A gloriosa mesquita de Sheikh Zayed bin Sultan Al Nahyan, em Abu Dhabi, tem quatro minaretes de mais de 100 metros de altura, 82 cúpulas de mármore, o maior tapete persa do mundo (de 5627 metros quadrados) e 17 mil metros quadrados de piso de mármore com magníficas pinturas florais. Trinta tipos de mármore de primeiríssima linha, trazidos de várias partes do mundo, foram usados na construção. As 96 colunas internas são forradas em madrepérola e o lustre principal, de 15 metros de altura, é cravejado de cristais Swarovski. A parede tem escrituras iluminadas em fibra ótica. E o efeito é uma bomba atômica. Você pode achar lindo. Você pode achar brega. Você pode achar tudo ao mesmo tempo agora (meu caso). Mas estar lá no fim da tarde, quando o céu invariavelmente azul ressalta o contorno da gigante alva, é algo definitivamente inesquecível.
O nome da mesquita homenageia o xeique e grande herói nacional — sua foto está por todos os lados — que unificou os sete emirados para formar o país Emirados Árabes (composto por Abu Dhabi, Dubai e outros membros menos conhecidos). Morto em 2004, ele está enterrado no complexo.
Como em toda mesquita que se preze, é preciso seguir várias normas de conduta. Ainda assim, você há de levar umas bronquinhas por cada micro deslize (os seguranças, todos indianos, parecem se divertir com isso). Eu, por exemplo, levei bronquinha porque entrei pelo lugar errado (por onde várias outras pessoas estavam entrando, aliás), porque encostei de leve no ombro do meu marido ao tirar uma foto (“abraço não!”), porque o capuz do pijamão preto caiu da minha cabeça por alguns segundos. Para não precisar do pijamão preto, vá de saia comprida, manga comprida e lenço na cabeça, seguindo as normas abaixo.
Você pode visitar a mesquita por conta própria ou com um passeio guiado. Ambas as opções são grátis. Para pegar uma abaya (o “pijamão preto”) emprestado, basta deixar um documento ou um depósito em dinheiro.
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