Viena

Por Adrian Medeiros Atualizado em 19 jun 2018, 17h14 - Publicado em 19 out 2011, 11h17

Há uma grande diferença entre transitar entre os edifícios históricos e palácios de uma grande cidade europeia e visitar Viena. Na capital austríaca, o passado está vivo. Anualmente, celebram-se mais de 150 bailes de gala na capital austríaca, uma tradição que data da época dos Habsburgo, que abriram os salões imperiais aos habitantes da cidade. A alfaiataria que fabricava algumas das casacas do império ainda está em atividade sob a tutela da mesma família. As lojinhas dos produtores das luminárias de cristal e pratarias de outrora, também. A Staatsoper, a magnífica casa de ópera, continua frequentada massivamente pelos vienenses, que desde cedo acostumam seus ouvidos aos acordes de Mozart, Schubert, Strauss e Haydn, velhos conhecidos daquele que é um dos teatros mais célebres do mundo.

O centro antigo de Viena tem uma quantidade de atrações peso-pesado que chega a causar angústia em quem tem poucos dias na cidade. O Kunsthistorisches Museum é uma impressionante viagem pelo mundo das artes, com obras de Vermeer, Brueghel, Velásquez e Rafael, além de possuir uma extensa coleção de objetos egípcios. O Albertina é outra galeria que merece uma visita com seu belo acervo e ótimas exposições temporárias. Não muito longe dali está a sala onde os Meninos Cantores de Viena se apresentam, bem ao lado da Escola Espanhola de Equitação, cujas disputadas apresentações encantam a todos. Já os palácio Schönbrunn e Hofburg, com seus amplos e bem decorados salões são atrações imperdíveis, enquanto que a catedral de Santo Estevão (Stephansdom), é o orgulho da arquitetura gótica local. Em seu entorno e ao largo do movimentado boulevar Kärntner Strasse, encontram-se dezenas de opções de compras, restaurantes e cafés onde você poderá experimentar deliciosas tortas, como a clássica de chocolate do hotel Sacher, e o schnitzel, uma espécie de milanesa que é o símbolo da gastronomia local. Já nos bairros periféricos ao núcleo central Viena mostra sua face mais vanguardista, onde descortina-se uma metrópole vibrante, onde o design, a gastronomia e a boemia estão longe de ter parado no tempo.

COMO CHEGAR

Aéreo – Não há voos diretos entre Brasil e Áustria. No entanto, a cidade é facilmente acessível através das companhias que servem as cidades brasileiras, como é o caso de British Airways, Lufthansa, Iberia, Alitalia e KLM.

O Aeroporto Internacional de Viena (VIE; www.viennaairport.com) fica nos subúrbios da cidade e serve vários voos para as principais cidades europeias e austríacas, como Salzburgo e Innsbruck. O meio mais rápido de ligação entre seus terminais e o Centro da cidade é o City Airport Transfer, CAT, um trem que faz o percurso em apenas 16 minutos por €12. Ele funciona entre 5h38 e 23h35 e vai até a estação Wien Mitte. O meio mais barato para/até o aeroporto são os serviços de trem S-Bahn, que funcionam aproximadamente entre 5h e 24h. Os trajetos, que duram 25 minutos, custam apenas € 4.

Outra opção de transporte são os ônibus Postbus, que fazem trajetos a partir de 20 minutos para estações ferroviárias centrais a € 8. Alternativamente, os táxis fazem o trajeto com preços a partir de € 25.

Ferroviário – Viena é muito bem conectada com as maiores cidades da Europa Central. Os serviços da ÖBB (www.oebb.at) são rápidos, confiáveis e não muito baratos. Entre os principais destinos estão Cracóvia (8 horas, com opção de trens noturnos), Bratislava (1h), Salzburgo (3h), Innsbruck (4h30) e Budapeste (2h45). Note que não exatamente uma estação central na cidade, já que várias levam o nome Wien como prefixo. Veja qual é a mais próximas de seu destino final e cheque a disponibilidade.

Rodoviário – a Áustria é um país muito agradável para se conhecer com carro. As estradas são bem mantidas, há bons serviços rodoviários e não é difícil estacionar. No entanto, cheque com seu hotel a disponibilidade e custo de estacionamento.

COMO CIRCULAR

Boa parte das atrações de Viena está localizada dentro ou no entorno do “Ring”, como os melhores museus, o Hofburg e a Catedral de Santo Estevão. Portanto, uma vez lá dentro, o negócio é caminhar pelas ruas e amplos parques da área.

Para chegar até lá, ou alcançar destinos mais distantes, como o Schonbrunn, utilize o excelente sistema de transportes públicos, que conta com metrô, bondes, ônibus e trens. Compre tíquetes de uma viagem (€ 2), um dia (€ 6,70), 48 horas (€ 11,70), 72 horas (€ 14,50) e uma semana (€ 15, válidos de segunda a domingo) em tabacarias ou nas máquinas automáticas disponíveis nas estações. Valide os tíquetes assim que fizer o embarque pela primeira vez.

Uma alternativa interessante é o Vienna Card, que lhe dá transporte ilimitado por 72 horas e descontos em 210 atrações, cafés e restaurantes por € 19,90. Ele está a venda em hotéis e em alguns postos especiais.

ONDE COMER

Como a capital de um antigo império, a oferta de bons restaurantes em Viena é ampla e diversa. De kebabs árabes a sushis japoneses, grelhados argentinos a fast foods americanos, não há como passar fome por aqui. As alternativas mais à mão estão no entorno do boulevar Kärntner Strasse. A maioria possui menus em alemão e inglês e boa parte dos atendentes conseguem atender em mais de um idioma. Os símbolos gastronômicos da cidade são a torta de chocolate do hotel Sacher, a carne empanada schnitzel  e seus encantadores cafés, que são um verdadeiro bem cultural.

ONDE FICAR

Como um importante destino turístico no centro europeu, a cidade possui vasta gama de hotéis — de simples albergues a hotéis de impecável estrutura e serviço. Para a maioria dos turistas a localização mais conveniente é nas imediações do “Ring”, próximo às principais atrações, serviços (bancos, farmácia, supermercados, locadoras de automóveis, etc.), restaurantes e bares. Aqui, os preços dos melhores estabelecimentos podem ir às alturas, enquanto que nos mais simples as acomodações tendem a pedir uma modernizada e um bom isolamento acústico. Como a malha de transportes públicos de Viena funciona muito bem, considere algumas boas ofertas em bairros um pouco mais periféricos. A recompensa são quartos enormes, serviço atencioso (mesmo em insuspeitos três estrelas), café da manhã correto e diárias mais atraentes.

Informações ao viajante

Línguas: Alemão

Saúde: Não há exigências específicas

Melhor época para visitar: De Abril a Outubro, quando as temperaturas estão agradáveis e agenda cultural da cidade está repleta de atrações. O alto verão pode apresentar altas temperaturas, mesmo período que as principais atrações estão lotadas.

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