Imagine lindas dançarinas de flamenco realizando elegantes movimentos de mãos e enérgicas batidas de pés sobre o tablado. Ou pense em um toureiro em seu dramático embate com o touro na areia dourada de fim de tarde. Ou, finalmente, imagine-se numa tasca barulhenta cheia de amigos papeando ao redor de pratinhos repletos de iguarias como gordas azeitonas, jamón serrano e chorizo, tudo sendo regado por um perfumado vinho de Jerez. Essa Espanha idealizada existe e em nenhum outro lugar suas formas são mais concretas do que em Sevilha. Todavia, aqui também é a terra dos imperadores romanos Trajano e Adriano, dos magníficos reales alcázares e da estupenda Catedral gótica cujo campanário era um minarete, a Giralda. Sevilha é a Espanha dos sonhos, mas também dos prazeres profanos, das fiestas e do fervor da Semana Santa. E, é claro, das castanholas que você vai morrer de vontade de levar como lembrança.
COMO CHEGAR
Há voos diretos de Madri para as principais cidades andaluzas. O trecho até Sevilha dura uma hora e meia, com desembarque no Aeropuerto de San Pablo, que fica a 12 quilômetros da cidade. É possível chegar a Sevilha também de ônibus. A Estación de Autobuses Prado de San Sebastián possui conexão com Córdoba, Granada e Barcelona. Já da Estación de Autobuses Plaza de Armas há saídas para Madri e até mesmo Portugal. Se a opção for viajar de trem, a estação Santa Justa tem conexão diária com Madri, Barcelona, Córdoba e Granada.
COMO CIRCULAR
Boa parte das principais atrações de Sevilha estão razoavelmente próximas umas das outras e, com exceção do alto verão, é agradável andar por aqui. As linhas de ônibus interligam toda a cidade e o metrô é conveniente. Ele tem 18 quilômetros de extensão e 22 estações, todas com estacionamento para bicicletas. Aliás, esta é uma forma muito bacana de conhecer Sevilha, contando com um serviço de empréstimo de magrelas, o Sevici (www.sevici.es), com 250 postos de serviço.
ONDE COMER
Nenhuma outra cidade espanhola resume melhor o apetite por boa comida e vinhos que Sevilha. Aqui, como em nenhum outro lugar, o verbo tapear é levado a sério. Entre em um bar, prove um jerez e uma media ración de sua tapa favorita — um pratinho com gordas azeitonas besuntadas em óleo de oliva, lulas em rodelas, uma fatia de pão, crocante na casca e macia no interior, coroada por uma sedosa fatia de presunto crú ou uma fritada de ovos. Daí, pule para o próximo bar, e para o seguinte, até não as horas da noite não aguentarem tanta conversa.
Durante o dia também não faltarão boas opções, com preços razoáveis e ingredientes puramente andaluzes.