Osaka: quando ir, como circular, passeios, hotéis e mais
Osaka é a terceira maior cidade do Japão – fica atrás de Tóquio e Yokohama, que também integra a área metropolitana em que está a capital do país. Portuária (cheia de canais), industrializada, rica e populosa, é também um dos grandes centros financeiros do Japão e da Ásia. E é oficialmente irmã de São Paulo – o que faz sentido em muitos aspectos.
Com grande fluxo de imigrantes estrangeiros no passado, Osaka se orgulha de sua gastronomia. Há muitos pratos típicos, e a bons preços. Vá se preparando para lidar com os quilos extras, porque, no Japão, se come bem demais.
Fundada no fim do século 19, Osaka foi arrasada pelos bombardeios na Segunda Guerra Mundial, o que torna sua paisagem radicalmente da vizinha Kyoto. É uma cidade mais moderna, mas que – como em todo o Japão – não deixa de lado a tradição.
QUANDO IR
Os verões são bastante quentes no Japão, dê preferência à primavera – quando ocorre a floração das cerejeiras (entre o fim de março e início de abril) e outono.
COMO CHEGAR
Não há voos diretos do Brasil para o Japão, mas a boa notícia é que há companhias internacionais que aterrissam diretamente no Aeroporto de Kansai, sem necessidade de escala em Tóquio. Com uma conexão em Amsterdã, a KLM e Air France têm voos a partir de São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza. Em São Paulo, uma opção adicional é a Emirates. Caso você esteja em Tóquio, pegue um trem-bala da linha Tokaido Shinkansen da JR, que, a 270 km/h, percorre o caminho em exatos 173 minutos.
COMO CIRCULAR
Por conta dos preços altos, táxis não são recomendáveis no Japão. Prefira a rede de transporte público, que cobre a cidade com metrô, ônibus e trem. Formada por 19 estações, a chamada JR Osaka Loop Line traça um círculo em torno do centro da cidade, com 12 destas estações conectadas a outras linhas. No metrô, são duas linhas: a vermelha (Midosuji) e a verde (Chuo). Para viajar, é possível comprar cartões pré-pagos das empresas Icoca, Suica e Pasmo.
PASSEIOS
No iluminado distrito central de Minami, perto da grande Namba Station, fica a Dotonbori, calçadão em que se alinham restaurantes e barraquinhas que alardeiam suas especialidades em fachadas tomadas de bonecos gigantes de caranguejos, polvos, guiozas, ostras, bois, sushis e baiacus. Ali, em meio a cozinhas fumegantes preparando lámen e udon, os japoneses fazem fila no meio do passeio aguardando um lugar nas casas mais concorridas.
Sobrevivendo à comilança, adentra-se nas ruas comerciais cobertas ao redor – a Shinsaibashi-suji é a maior do gênero no país, com 600 metros de extensão. Ou, seguindo reto, dar na Ponte Ebisu-bashi, sobre um dos canais da cidade. Bem em frente ficam os painéis de néon com jeito de Times Square em que se destaca, desde 1935, o Glico Man, garoto-propaganda de uma marca de balas.
Abaixo da ponte, deques levam o turista ao ancoradouro, de onde saem barcos de passeio. Repare na roda-gigante meio retangular em volta da fachada da Don Quijote, loja meio bagunçada que está em toda parte do Japão e vende de tudo, de cílios postiços a eletrônicos.
Para não perder de vista a história, dê uma esticada no Castelo de Osaka, instalado entre muralhas e um grande fosso. Datado do século 16, foi sucessivamente destruído e reconstruído, e hoje ergue-se magnificamente com seus oito andares de concreto. À noite, castelo e jardim em torno, repleto de cerejeiras, se iluminam. Dá pra passar um dia inteiro no Parque do Castelo de Osaka, que possui jardins, monumentos, sala de concerto e campo de beisebol. Dentro do castelo há um museu com exposições históricas e um mirante no topo.
A cidade tem ainda uma filial do parque da Universal.
ONDE FICAR
Perto da Namba Station fica o Monterey Grasmere, moderno com toques clássicos de luxo. Na baía de Osaka, perto dos estúdios da Universal, está o Keihan Universal Tower, que inclui banheiras de águas termais com vista para a cidade. Boa localização e custo-benefício tem o três estrelas WBF Namba Ebisu. Entre os hostels, confira o Takuto Stay Kyobashi Tsumiki, econômico e pertinho do Castelo de Osaka.
ONDE COMER
Nas barracas de rua da Dotonbori, a estrela comfort food é o takoyaki, bolinho de cará japonês recheado com polvo. O preparo é um show à parte, com os cozinheiros girando com hashis, a toda velocidade, as bolinhas, tostadas em grandes fôrmas especiais. Outro snack bastante popular, também de rua, é o kushikatsu, um espeto de carne, frutos do mar ou legumes empanados.
No popular Botejyu encontra-se outra comida tradicional, o konomiyaki (“o que você deseja”, em japonês), misto de omelete e panqueca, que mistura carne, ovo, tiras de barriga de porco, vegetais, frutos do mar, queijo e o que mais o cliente, com espátula na mão, queira colocar na chapa quente, instalada na mesa.
Essa chapa específica (teppan) é a mesma usada para preparar o teppanyaki, que pode ser experimentado em vários endereços. Entre eles está o Teppanyaaki Kobe, localizado no 22º andar do hotel Monterey Grasmere. Ali, atrás do balcão, de costas para janela panorâmica, o chef prepara filés, peixes e legumes na chapa gigante.
DOCUMENTOS
Para tirar o visto, brasileiros devem preencher o formulário próprio e apresentar a documentação, que inclui o cronograma de viagem e reserva da passagem. A validade é do visto é três meses para uma única entrada. O passaporte deve ser válido para o período de estadia.
DINHEIRO
A moeda oficial é o Iene.