Ilhabela: como chegar, a balsa, hotéis, restaurantes, passeios
Distribuídas por 130 km de costa, as 42 praias de Ilhabela atraem mais de 400 mil pessoas no verão. Com 83% de área preservada por um parque estadual e muitas cachoeiras, o destino também é perfeito para caminhadas e banhos em meio à Mata Atlântica.
Marcado por histórias e lendas de piratas, o mar que cerca o arquipélago é pontilhado por naufrágios, boa parte disponível para mergulhos. E o canal formado entre a ilha e o continente tem os ótimos ventos que originaram o título de “Capital Nacional da Vela” para a cidade. No mês de julho, velejadores de todo o mundo colorem a região na tradicional competição da modalidade, a Semana Internacional de Vela.
Mas Ilhabela não é só aventura. A badalação está nos clubes de praia, repletos ao entardecer, nas praias do Curral e Saco da Capela e nos bares da Vila, à noite. Vale lembrar, apenas, que os preços na ilha são tão salgados quanto o mar que faz sua fama.
QUANDO IR
A ilha lota em janeiro e nos feriados prolongados do verão, quando o trânsito piora e há longas filas para a balsa. A Semana Internacional de Vela movimenta os arredores da Vila em julho. No resto do ano, as tarifas costumam cair pela metade.
COMO CHEGAR
A partir de São Paulo, siga pelo corredor formado pelas rodovias Ayrton Senna (SP-070) e Carvalho Pinto até o acesso para a Rodovia dos Tamoios (SP-099), que cruza a Serra do Mar e termina em Caraguatatuba. Vire à direita para São Sebastião e siga até o Centro, onde placas indicam a balsa.
Para evitar filas na alta temporada e nos feriados, é possível agendar a travessia no site, mas o preço sobe. É preciso pagar uma taxa de preservação ambiental de R$ 7,50 por carro (pagamento no embarque da balsa na volta).
Ônibus da Pássaro Marrom partem do Terminal Rodoviário do Tietê até o Centro de São Sebastião. São três horas e meia de viagem pela Tamoios e mais 20 minutos de caminhada até a balsa (gratuita para pedestres). A ilha tem o seu próprio Uber, que é o Fast Go Drive.
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COMO CIRCULAR
Uma única via (que ganha nomes diferentes a cada trecho) com 29 km de pista simples contorna o lado da ilha virado para o Canal de São Sebastião, de ponta a ponta. Nessa face fica toda a estrutura de hotéis e restaurantes.
A balsa aporta em Barra Velha. Ao sul (pegue a primeira saída à direita na rotatória) estão as badaladas praias do Curral e da Feiticeira, bem como as movimentadas Grande e do Julião. Siga na direção norte para chegar em Perequê, praia com boa estrutura de comércio e serviços, e à charmosa Vila (o centrinho de Ilhabela).
As melhores praias ficam em mar aberto, no lado mais isolado e selvagem da ilha, com acessos difíceis. Para chegar ao Bonete é preciso encarar uma trilha de cinco horas a partir da Ponta de Sepituba, ou pegar os barcos que partem da Praia Perequê, ou contratar os serviços das agências de turismo.
Uma via de terra precária, acessível para veículos 4×4, cruza a ilha até Castelhanos – as agências vendem passeios de jipe, que passam pelo Parque Estadual de Ilhabela, em um percurso de 22 km. Chegando lá, você pode nadar e curtir a praia ou fazer uma trilha até a Cachoeira do Gato. Agende o passeio com antecedência nas agências (Maremar, Ilhabela Jeep Tour, Webtur Travels e Maembipe são algumas delas) e chegue cedo se for em veículo próprio.
BORRACHUDOS
Em Ilhabela, a presença dos borrachudos é certa. O bichinho, que se desenvolve na água corrente, ataca principalmente no verão e em praias e cachoeiras mais afastadas do centro urbano. Ele costuma picar durante o dia e no fim da tarde e prefere os membros inferiores do corpo.
A prefeitura da cidade faz o controle dos borrachudos com a aplicação de inseticidas nas cachoeiras. Mesmo assim, é importante se prevenir em uma visita à ilha.
Para isso, abuse do repelente, especialmente os à base de citronela ou então apele para o Exposis, o heavy metal dos repelentes. Aplique depois do protetor do solar e reaplique a cada duas horas ou após entrar no mar. Além disso, tente cobrir o corpo com roupas compridas.
SUGESTÕES DE ROTEIROS
Um dia – Faça o passeio Terra e Mar, que dura o dia todo e te leva para conhecer uma das praias mais bonitas da ilha, a de Castelhanos. Nele, um grupo sai de jipe e o outro vai de barco, com uma parada para mergulho na Praia da Fome. Na volta, os meios de transporte são trocados. (Maremar, Caiçara Turismo e Ilhabela Jeep Tour são algumas das agências que fazem o passeio).
Aproveite a chegada em Perequê para provar as caipirinhas e os sucos naturais do Fina Fruta no Espaço Ardenthia. À noite, aposte nas criativas receitas de inspiração tailandesa do estrelado Marakuthai, com mesas na areia da praia ao lado do Yacht Club. Para fechar o dia, curta o vaivém de turistas no Bar SP, que monta mesas na calçada e serve cerveja Baden Baden.
Três dias –
Faça um passeio de flexboat para conhecer a Praia Do Bonete, que divide com Castelhanos o título de mais bonita da ilha. Do barco, é possível ver toda a costa sul da ilha, e algumas agências oferecem, no caminho, trilhas e paradas para mergulho. Chegando ao Bonete, você poderá nadar, conhecer a vila de pescadores e comer nos quiosques. (As agências Maremar, Caiçara Turismo e Webtur são algumas das que fazem o passeio). O jantar pode ser no italiano Portinho.
No dia seguinte, faça o trekking até o Pico do Baepi. A subida é longa e exige certo preparo físico, mas lá do alto a vista alcança o Canal de São Sebastião e as praias de Caraguatatuba e Ubatuba. Termine o dia com o hambúrguer de picanha do Borrachudo. Faça o mergulho livre na Praia das Pedras Miúdas e na Ilha das Cabras, onde você nada em meio aos peixinhos.
ONDE FICAR
A maioria das hospedagens está a poucos passos – ou a poucos minutos de caminhada – da praia. Ao sul, elas têm maior contato com a natureza; ao norte, mais proximidade com o comércio e serviços.
Se você procura um hotel beira-mar, os destaques são o badalado DPNY Beach Hotel & Spa, na Praia do Curral e o TW Guaimbê Exclusive Suites, na Praia do Julião. O Barra do Piúva Porto Hotel, a 5 minutos de carro do porto onde chegam as balsas, está encravado em uma encosta e tem vista panorâmica para o mar. A Pousada Vila das Velas, na para de Perequê, é boa para quem viaja com crianças.
Para entrar em contato com a natureza, o Kalango Hotel Boutique, com 5.000 m2 de área preservada e a Pousada Refúgio das Pedras, que foi construída em meio a vegetação em um terreno com grandes rochas, são boas opções.
Entre as opções mais simples, a Pousada Terra Madre, em Cocaia, fica perto do Parque Estadual de Ilhabela. A Pousada Manga Rosa, próxima à Vila, é ideal para quem quer curtir o burburinho do Centro.
No Bonete, a melhor hospedagem é a Canto Bravo.
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ONDE COMER
A cena gastronômica se concentra no trecho mais movimentado da ilha, que fica entre as praias do Perequê e Santa Tereza. Nesta, você encontra o contemporâneo Marakuthai, da chef Renata Vanzetto, com pratos de inspiração tailandesa.
No extremo sul, o restaurante All Mirante descortina a vista panorâmica mais deslumbrante da região. Ainda há a cozinha italiana do Portinho, localizado no Saco da Capela, as refeições econômicas do Pimenta de Cheiro e os drinks e comidinhas do Fina Fruta, ambos em Perequê.
DICAS
– A “Capital Nacional da Vela” dá oportunidade para iniciantes: a escola BL3 oferece aulas aos novatos. Depois de adquirir um pouco de traquejo, dá para se juntar a uma tripulação e até participar de uma regata da Semana Internacional de Vela.
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