Curitiba: passeios, roteiros, onde ficar, restaurantes e mais

Por Mirela Mazzola Atualizado em 21 out 2024, 19h03 - Publicado em 9 set 2011, 19h06

Basta o inverno se aproximar e as temperaturas começarem a cair pelo país que o noticiário – e os memes – lembram: nenhuma capital é tão fria quanto Curitiba. Alguns fatores geográficos explicam essa característica. Além de estar mais próxima à zona polar (assim como Florianópolis e Porto Alegre), a cidade é a mais alta capital da Região Sul, a 935 metros acima do nível do mar, ao passo que também está próxima do litoral, o que aumenta a umidade e nebulosidade (ou seja, dias de sol são menos frequentes).

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Friaca à parte, a capital paranaense disputa o troféu de mais verde do país, com mais de 30 praças e parques, e ostenta cartões-postais, como o Teatro Ópera de Arame, o Museu Oscar Niemeyer e o Jardim Botânico, e um Centro Histórico interessante, interligados por transporte público que é modelo para o resto do país. A cena gastronômica contempla uma oferta atrativa de casas de várias especialidades – incluindo o contemporâneo Manu, único restaurante fora do eixo Rio-São Paulo a figurar entre os 50 melhores da América Latina no ranking Latin America’s 50 Best Restaurants.

Como chegar a Curitiba

O Aeroporto Afonso Pena fica no município de São José dos Pinhais, a 18 km do Centro de Curitiba – o trajeto pode ser feito de táxi, ônibus executivo (aeroportoexecutivo.com.br) ou um “ligeirinho”, como é conhecido o ônibus comum (saídas a cada quarenta minutos da estação-tubo do aeroporto, veja itinerários em www.viacaosaojose.com.br). Para quem vai de carro, o acesso é pela BR-116 (de São Paulo ou Porto Alegre), pela BR-277 (do litoral ou de Foz do Iguaçu) e pela BR-376 (de Ponta Grossa ou Joinville).

Melhor época para visitar Curitiba

A Oficina de Música, em janeiro, abre o calendário de eventos da capital com concertos de música erudita e popular em teatros, parques, praças e shoppings, além de cursos (as inscrições abrem em dezembro). Em março, os visitantes lotam os hotéis para o tradicional Festival de Teatro. Em julho, a cidade recebe o Festival de Inverno, com programação musical eclética e feira gastronômica. Dezembro é o mês do Capital do Natal, com iluminação temática em pontos turísticos e apresentações musicais. 

Como circular em Curitiba

No Centro, prefira chegar a pé ou de táxi (há poucas vagas para estacionar). Caso o deslocamento seja maior, use os ônibus, que fizeram de Curitiba um modelo internacional de transporte público. Presentes por todos os lados, os “tubos” são estações de integração em que dá para trocar de veículo sem pagar nova passagem. As avenidas Visconde de Guarapuava e 7 de Setembro ligam a região central ao Batel, onde está a maioria dos hotéis e restaurantes. Os parques ficam mais afastados (mas ciclovias interligam as áreas verdes; a Kuritbike aluga bicicletas). Uma alternativa para quem vem a lazer é a Linha Turismo, com ônibus passam por mais de 20 atrações da cidade, com explicações sobre cada ponto, no sistema hop-on hop-off (quando o turista paga um valor fixo por um período e pode embarcar e descer em diferentes paradas). 

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O que fazer em Curitiba

Passeio a pé pelo Centro Histórico

No fim de semana, o ponto de partida pode ser a Feira do Largo da Ordem, com venda de artesanato e de comidinhas. O entorno reúne o Memorial de Curitiba e a Casa Romário Martins, construída no século 18, com exposições temporárias. Ali pertinho estão ainda as igrejas da Ordem Terceira de São Francisco de Chagas, com Museu de Arte Sacra, e de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de São Benedito, ambas do século 18. 

Na Praça João Cândido, o Museu Paranaense está abrigado na antiga sede do governo e conta a história do estado por meio de painéis e artefatos sobre a imigração e os povos indígenas que habitaram a região, além de peças como um piano inglês de 1843 e moedas antigas. A um quarteirão dali, a bela e colorida Mesquita Imam Ali Ibn Abi Talib tem interior forrado por tapetes persas e mosaicos islâmicos montados à mão (visitação apenas com agendamento pelo telefone 41/3222- 4515).

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Na mesma praça, repare no Palácio Garibaldi, construção de 1904 que pertence à sociedade italiana, no Relógio das Flores, e no Solar do Rosário, do século 19, com galeria e livraria de arte, além de cursos sobre o tema.  

Explore também a área da Rua Barão do Serro Azul, onde está o Solar do Barão, que reúne o Museu da Fotografia, Museu da Gravura e a Gibiteca. Na Praça 19 de Dezembro há painéis do muralista curitibano Poty Lazzarotto. Na Rua Mateus Leme está a Casa de Alfredo Andersen, que guarda acervo do artista plástico norueguês. Dali é possível seguir até o Passeio Público, primeiro parque da capital. 

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Na Praça Tiradentes está o marco zero da cidade – no centro dela, sob um painel de vidro no chão, há resquícios da primeira calçada de Curitiba. Ao lado fica a Catedral de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, totalmente restaurada. Uma quadra depois, o Paço da Liberdade, de 1916, abriga hoje um Sesc e o Café do Paço. O passeio pode terminar na Praça Santos Andrade, entre dois símbolos da cidade: a Universidade Federal do Paraná, a mais antiga do país, e o Teatro Guaíra, de 1948, com painel de Poty Lazzarotto na fachada.  

Parques

Curitiba é repleta de áreas verdes – a mais conhecida é o Jardim Botânico, cartão-postal da cidade. A estufa de vidro, inspirada nos antigos salões de cristal ingleses, guarda espécies nativas da Mata Atlântica e é antecedida por um bem-cuidado jardim em estilo francês. O jardim das sensações tem mais de 50 plantas de diferentes aromas e texturas, enquanto o Museu Botânico guarda 400 mil espécies catalogadas. No local de duas antigas pedreiras, o Parque Tanguá talvez seja o mais bonito da cidade. É dividido em duas partes: alta, onde ficam o mirante e os belos jardins; e baixa, com lagos, cachoeira artificial e túnel escavado na rocha.

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O Barigui é o principal parque da capital. O grande lago é cercado por algumas churrasqueiras, quiosques, centro de exposições, Museu do Automóvel e pistas para corrida. Já o Parque Tingui  tem ciclovia, bosque e o Museu Ucraniano, com a réplica de uma igreja eslava.

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Inaugurado após a visita do papa ao Brasil, em 1980, o Bosque do Papa fica ao lado do Museu Oscar Niemeyer. Há pista de caminhada, ciclovia e casinhas de madeira que abrigam o Museu da Imigração Polonesa e a loja de artesanato polonês. Com mata nativa e nascentes de água, o Bosque Alemão concentra atrações como o Oratório Bach, sala para concertos musicais; a Torre dos Filósofos, com mirante; a trilha João e Maria, com trechos do conto dos irmãos Grimm; e a biblioteca infantil Casa Encantada. O Bosque Zaninelli (Unilivre) está em uma antiga área de exploração de granito, que originou um grande paredão de pedra e lagos. No Zoológico Municipal de Curitiba há mais de 80 espécies de animais – entre eles Pandinha, a girafa mais velha do Brasil, com 32 anos de idade.

Museus

Mais icônico espaço cultural de Curitiba, o Museu Oscar Niemeyer, também chamado de “Museu do Olho”, reúne o espaço dedicado ao arquiteto, com maquetes de suas obras e vídeos, e um acervo de arte contemporânea e modernista, além de exposições temporárias. Na parte externa, o jardim com esculturas de Tomie Ohtake e Erbo Stenzel é integrado ao Bosque do Papa.

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No Museu do Automóvel, o grande galpão expõe cerca de 70 veículos antigos, entre eles uma McLaren de Emerson Fittipaldi. No Museu Egípcio, a principal atração é a múmia Tothmea, embalsamada há 2 500 anos.

Compras

Curitiba tem algumas feiras populares entre locais e turistas: as mais famosas são a do Largo da Ordem, de artesanato e comidinhas (às sextas e sábados presencialmente e com venda online; aos domingos o evento está suspenso por causa da pandemia), e a da Praça da Espanha, de antiguidades, aos sábados. Veja uma lista de outras feiras pela cidade, aqui. No Mercado Municipal a oferta vai além de frutas, verduras e quitutes locais, como a farinha de Morretes – há ainda uma seção de produtos orgânicos e serviços como farmácia e barbeiro. 

Ópera de Arame

Inaugurado em 1992, o Teatro Ópera de Arame foi erguido sobre a cratera de uma pedreira desativada, com paredes e teto transparentes, sustentados por uma estrutura de metal – uma passarela suspensa sobre o lago leva à imponente construção. De fora dá para ver o palco e o auditório com mais de 1 500 lugares (para conhecê-lo por dentro, só comprando um ingresso para as apresentações de teatro, dança e música). Aproveite a viagem e caminhe até a Pedreira Paulo Leminski, que faz parte do mesmo complexo. Fechada durante a pandemia, a Torre Panorâmica alcança do alto dos seus 110 metros de altura toda a região metropolitana e, em dias claros, a Serra do Mar. 

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Dica de roteiro em Curitiba

Três dias são um bom começo para conhecer Curitiba – consulte a previsão do tempo e reserve um deles para fazer o passeio de trem até Morretes. Na capital, comece pelo Jardim Botânico (se for durante a semana, aproveite para tomar um café no novo café-escola de frente para a estufa). O almoço pode ser no Nomade Restaurante, variado com pegada brasileira, ou no italiano Carlo Ristorante. À tarde, rume para o Museu Oscar Niemeyer. De lá, passeie em meio às árvores do Bosque do Papa e reserve uma mesa para o jantar no contemporâneo Manu ou no OBST.

Na manhã seguinte, visite o belo teatro Ópera de Arame e os arredores e siga para o Parque Barigui, um dos maiores da cidade. No almoço, escolha uma casa especializada em carnes, como a Badida, ou coma em um dos restaurantes italianos de Santa Felicidade (aproveite para conhecer o bairro). Não esqueça de reservar um tempo para flanar pelo Centro Histórico e garimpar nas feiras do Largo da Ordem e da Praça da Espanha

Hotéis em Curitiba

As hospedagens mais confortáveis da cidade têm perfil executivo, com exceção do charmoso Nomaa. Durante a semana, o turismo de negócios movimenta os hotéis e as diárias são mais caras – o mesmo vale para dezembro, quando ocorre o evento Capital do Natal. No Batel, o Nomaa faz jus ao título “hotel de design” com ambientes impecavelmente decorados e móveis de designers como Sérgio Rodrigues, Hans Wegner e Charles Eames. Com pelo menos 25 m², os quartos têm enxoval em algodão 400 fios, cafeteira Nespresso e concierge no iPad, além de água e chinelos Havaianas de cortesia.

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O Pestana Curitiba é pet-friendly e tem spa da grife Buddha Spa, além de diárias que incluem aulas de ioga. Decorados em tons claros, os quartos de casal têm confortáveis camas king-size, sofá ou poltrona e mesa de trabalho. Ficar no Centro, entre as praças General Osório e Tiradentes, é uma boa alternativa para percorrer a área histórica sem precisar pegar o carro. É o caso do Bourbon Curitiba Convention Hotel, com uma robusta estrutura de eventos – os quartos atendem bem ao público executivo e a quem vem a lazer, com mesa de trabalho, aquecimento central e Smart TV com canais por assinatura. Na mesma região, o Deville Curitiba Batel tem quartos espaçosos, com ar-condicionado e cofre, e uma academia completa com vista panorâmica da cidade. O San Juan Johnscher fica em um prédio de 1917, que foi sede de um dos primeiros hotéis da cidade. O charme se estende aos quartos, que guardam mobília do começo do século passado e equipamentos modernos. O Transamérica Executive Batel tem ambientes decorados com mobília clássica e sofás confortáveis – o mesmo padrão aparece nos quartos, com camas grandes com cabeceira de madeira escura e enxoval de qualidade.

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Com várias unidades na cidade, a rede Slaviero administra ainda o Full Jazz by Slaviero Hotéis, com decoração temática musical. A recepção e os quartos, bem-equipados e com tons sóbrios, são adornados com quadros e pôsteres de estrelas do ritmo norte-americano – há ainda um acervo de mais de 100 DVDs de música que podem ser emprestados aos hóspedes. A rede Mabu mantém um hotel no Centro, pertinho do Teatro Guaíba, com perfil executivo, o Mabu Curitiba Business. Com visual mais charmoso que a média da bandeira, o Ibis Curitiba Batel tem área social abrigada em um casarão de 1883 – a localização também é interessante, próxima a vários restaurantes do bairro. 

Busque mais hospedagens em Curitiba aqui.

Restaurantes em Curitiba

Embora se espalhe por outros bairros, a cena gastronômica se concentra no Batel e no Centro. Único restaurante fora do eixo Rio-São Paulo a figurar entre os 50 melhores da América Latina no ranking Latin America’s 50 Best Restaurants (na 44ª posição), o Manu oferece um cardápio contemporâneo criado pela chef maringaense Manu Buffara. Entre os lindos pratos do menu-degustação podem estar uma combinação de lagostim, fígado de galinha e lardo ou de morango, iogurte e ovas de tainha.

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Dentro do hotel Nomaa e aberto a não-hóspedes, o Nomade Restaurante abre do café do manhã até o jantar com inspirações brasileiras, a exemplo da costelinha de porco laqueada com quirera cremosa e couve no limão e do peixe do dia na brasa com alho-poró, pupunha, pistache, tomatinhos, espuma de limão, rabanete e capuchinha.

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No Centro, o premiado chef Lênin Palhano abriu, em 2021, o OBST., misto de bar e restaurante, com tapas e refeições dividindo o cardápio – é possível reservar um lugar no balcão da cozinha com menu-confiança a um preço mais salgado. Entre as criações de Palhano estão a tortilha de milho crioulo com porco, vinagrete de lula, iogurte de abóbora e coentro. Em Juvevê, o chef Rafael Korioluk prepara receitas como filé-mignon ao molho de gorgonzola com berinjela gratinada no Vindouro. No Bobardí, o salão moderno, com balcão e mezanino, é o cenário de refeições com, por exemplo, camarões grelhados ao molho de nata e gengibre acompanhados de nhoque com molho cremoso de abóbora com curry.⠀⠀

Outro reduto gastronômico é Santa Felicidade, clássico programa de domingo graças às lojas de móveis e artesanato, adegas e casas de rodízio de comida italiana. Ali ficam o Madalosso, um dos maiores restaurantes do mundo, com 5 mil lugares, e Velho Madalosso, primeiro endereço aberto pela família em 1963 – uma exceção na região é o Chalet Suisse, especializado em fondues há quase 40 anos. No Alto da XV, a Cantina do Délio também oferece cardápio italiano, mas em sistema a la carte – entre as especialidades estão a paleta de cordeiro com legumes e tagliatelle e a polenta com molho de rabada. No Carlo Ristorante, pratos como o escalope de mignon com sálvia e Parma acompanhado de arroz cremoso de brócolis e gorgonzola, assinados por Beto Madalosso, são servidos em um gostoso avarandado em Água Verde. Personalidade local, ele também está à frente da Madá Pizza & Vinho, onde a pedida são as pizzas no estilo napolitano, com bordas altas e massa elástica em tamanho individual. 

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Ainda no rol da cozinha europeia, o Cantinho do Eisbein é especializado em pratos tradicionais germânicos, como eisbein (joelho de porco assado ou cozido), kassler (bisteca suína) e marreco recheado com miúdos, no bairro Água Verde. Em um simpático sobrado no bairro São Francisco, o Lisboa Gastronomia serve receitas lusitanas como o bacalhau à lagareiro. Decorado como um típico bistrô francês, com sofás capitonê e cortinas vermelhas, o L’Épicerie serve clássicos da especialidade, como quiche lorraine, bouef bourguignon e sopa de cebola. Entre os exemplares de cozinha asiática, o indiano Swadisht tem salão portentoso, com pé-direito alto e decoração temática, e pratos como o butter chicken, a samosa, um tipo de pastel, e o pão naan.

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Para receitas com frutos do mar, rume para um dos restaurantes Victor – Bar do Victor, Petiscaria do Victor e Praça do Victor, em São Lourenço, Santa Felicidade e Praça da Espanha, respectivamente. Com unidades no Batel e Cabral, a Mercearia Bresser tem elementos que reproduzem algumas das tradicionais pizzarias paulistanas: salões em galpões azulejados com grandes fornos a lenha. Deles saem delícias como pão de linguiça e redondas com bordas altas e bons ingredientes, a exemplo da diavola, coberta por linguiça com vinho tinto e erva doce, mussarela fiori di latte e cogumelo-de-paris fresco. ⠀

No Shopping Pátio Batel, a unidade curitibana do Pobre Juan serve os cortes argentinos conhecidos da marca. Ainda entre as casas especializadas em carnes, são boas pedidas as churrascarias Badida e Saanga, que também usam parrilla, e os rodízios Batel Grill e Jardins Grill

Comidinhas

Embora tenha nascido na Inglaterra, nos anos 1970, a torta banoffee encontrou um refúgio brasileiro em Curitiba, onde ficou bastante popular graças à chef Renatta Ferian, que trouxe a receita à cidade no início dos anos 2000. É possível encontrar a torta com camadas de banana, doce de leite e chantilly (ou nata) na confeitaria Banoffi, da própria Renatta, e na Nanica Brasil, que também tem unidades em São Paulo e no Rio. 

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Inaugurado em julho de 2021, o café-escola Senac Jardim Botânico fica em frente à estufa que é um dos cartões-postais da cidade e serve receitas como o escondidinho de barreado e a palha italiana paranaense, com amendoim. Também escola, o charmoso Café do Paço funciona em um casarão histórico no Paço da Liberdade. No Lucca Cafés Especiais, baristas premiados preparam bebidas com diferentes tipos de extração, a partir de microlotes de café selecionados em todo o país. Bons pães, tortas e sanduíches, além de refeições rápidas, são servidas na Prestinaria, com três unidades (em Bigorrilho, São Lourenço e Juvevê). 

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Bate e volta: trem até Morretes

Quando foi inaugurada, em 1885, a ferrovia que liga Curitiba a Morretes servia para o transporte de produtos agrícolas. Hoje, o passeio de trem operado pela Serra Verde Express está entre os mais cênicos do país: o trajeto de cerca de três horas percorre mais de 40 pontes e uma dezena de túneis em meio a muito verde no trecho paranaense da Mata Atlântica. É possível embarcar em vagões de diferentes categorias (a dica de ouro é preferir os assentos do lado esquerdo, sentido Morretes, dos quais se avistam as paisagens mais bonitas). Há dos econômicos às chamadas litorinas, com janelas e poltronas maiores e ar-condicionado – o bilhete mais sofisticado inclui traslado a partir da hospedagem, almoço com barreado, cachaça e as típicas balas de banana, além de city tour em Morretes e Antonina. Se as condições climáticas estiverem boas, a volta é feita de van pela linda Estrada da Graciosa, que serpenteia pela Serra do Mar a partir de 900 metros de altitude. Inaugurada no fim do século 19, a via de 33 km tem lanchonetes, quedas-d’água e mirantes e também pode ser percorrida de carro próprio.

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