Cozumel entrou no roteiro turístico internacional em 1961, quando o pesquisador e documentarista francês Jacques Cousteau apresentou seus incríveis corais para o mundo. De lá para cá, essa ilha situada a 19 quilômetros da costa desenvolveu estrutura adequada para receber os visitantes e já é um dos destinos mais disputados dessa região. Com 53 quilômetros de circunferência (e outros 14 km de comprimento), é a maior ilha do México. Seu interior é coberto por vegetação e formações rochosas com algumas trilhas prazerosas. No entanto, o mergulho em Cozumel é a grande atração local, com seus belos corais e uma oportunidade única se você nunca mergulhou antes. Talvez o mais interessante seja o Recife Palancar, com visibilidade de até 70 metros de profundidade se as condições permitirem. A cidade de San Miguel de Cozumel tem uma praça interessante para relaxar no fim de tarde, e boas opções gastronômicas e de compras (ainda que com preços inflacionados). O cais recebe cruzeiros internacionais em boa parte do ano, o que garante movimento e agito ao destino.
COMO CHEGAR
Barcos rápidos de passageiros saem do píer de Playa del Carmen a cada meia hora (ou mais, dependendo da temporada; consulte em www.granpuerto.com.mx). Carros alugados não são permitidos no ferry, cuja passagem de ida e volta custa US$ 24. Outra maneira de chegar é pelo ar: Cozumel tem um aeroporto internacional que recebe voos de cidades mexicanas e do exterior.
MERGULHO
A ilha conta com mais de 40 centros de apoio, entre excelentes, razoáveis e duvidosos. Não se deixe levar por propostas a preços muito mais baixos do que os indicados abaixo. Alguns operadores sem licença costumam atuar nos arredores do terminal de cruzeiros, geralmente em estandes improvisados – tenha em mente que sua segurança está em jogo. O melhor é checar as instalações do centro, o equipamento e a qualificação dos guias antes de fechar negócio.
Mesmo sendo um destino de mergulho mundialmente famoso e de fácil acesso, a variedade de pontos de imersão é tanta que não há grandes congestionamentos embaixo d’água – fora os picos de alta temporada (o período de Ano Novo e a Semana Santa). O norte da ilha, menos frequentado, só costuma valer durante a época em que é visitado pela arraias-águia (de dezembro a fevereiro). Açoitado por uma forte correnteza, demanda experiência e fôlego por parte dos mergulhadores.
O sul da ilha, brindado com correnteza de leve a moderada, concentra os melhores arrecifes. Os locais mais celebrados são as paredes de Santa Rosa e Cedral e o “complexo” de Palancar, que conta com jardins coralinos e belíssimas cavernas. Uma variedade assombrosa de corais multicoloridos, moles e duros, serve de pano de fundo para um verdadeiro desfile de barracudas, moreias gigantes, tartaruras descomunais, garoupas de mais de um metro e meio de comprimento, cavalos-marinhos, tubarões-lixa um sem-fim de peixinhos coloridos típicos do Caribe, uma espécide de peixe-sapo típica exclusiva de Cozumel, arraias de vários tipos e tamanhos, caranguejos, lagostas… A lista não tem fim.
Os centros de mergulho costumam organizar saídas diárias com duas imersões. A primeira delas em até 30 metros de profundidade e a segunda mais rasa. O preço varia sutilmente conforme cada estabelecimento e é possível obter desconto caso feche um pacote com várias imersões.
A média de preço é de US$ 80 por dois tanques, mais o aluguel do equipamento, que varia de US$ 12 a US$ 20, por dia, e a entrada do parque nacional, de US$ 3. Os cursos seguem outros valores. O batismo custa em média US$ 75, e um curso Open Water, US$ 425. As saídas para o mergulho com máscara e snorkel levam a locais mais rasos, de até 10 metros de profundidade, geralmente jardins coralinos. Os passeios de meio dia saem por US$ 50. Veja algumas escolas recomendadas na seção O que fazer.
COMPRAS
Sendo uma zona livre de taxas (duty free), Cozumel é um grande shopping center a céu aberto. A maioria das lojas localiza-se nos arredores do terminal de cruzeiros, principalmente na Avenida Rafael E. Melgar e nas imediações da Plaza Principal (também conhecida como Plaza del Sol). Ali você encontra roupas, joias, relógios, tequilas, perfumes, charutos, artesanato mexicano e suvenires. A regra é: quanto mais longe a loja estiver do terminal, maiores são as chances de fazer bons negócios. Nos estabelecimentos mais simples (vendinhas de suvenires ou artesanato), sempre cabe pechinchar.
ONDE FICAR
Há basicamente duas categorias de turistas em Cozumel: os mergulhadores e os cruzeiristas, que desembarcam de grandes transatlânticos quse diariamente. Enquanto o numeroso segundo grupo tem acomodação garantida nas cabines dos navios, o primeiro tem à disposição uma ampla gama de hospedagem, das pensões baratíssimas localizadas no centro de San Miguel (a única cidade da ilha) aos luxuosos hotéis e resorts à beira-mar (muitos deles com centros de mergulho próprios).
ONDE COMER
Na Cozumel dos cruzeiristas (isto é, nas imediações do terminal marítimo), a proporção entre lojas e restaurantes é bastante desfavorável para quem está com fome – afinal, as refeições estão incluídas no preço da viagem de navio. Além disso, tudo o que há por ali costuma ser caro demais para o que oferece. Para comer bem é preciso embrenhar-se na cidadezinha de San Miguel, onde há belos achados frequentados por moradores e mergulhadores. Vale saber que quando há navios de cruzeiros ancorados, as casas extrapolam seus horários “oficiais” e permanecem mais tempo abertos.