Diamantina

Por Adrian Medeiros Atualizado em 19 dez 2016, 12h06 - Publicado em 9 set 2011, 20h06

Diamantina, a cidade natal de Juscelino Kubitschek tem um belo Centro Histórico, com muitas construções preservadas — há dez anos, foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. A melhor pedida para conhecer as vielas e becos dessa área é estacionar o carro e partir para um passeio a pé, parando para fazer compras nas lojinhas de artesanato e, de vez em quando, ouvir música de fanfarra, seresta e rodas de violão. As igrejas funcionam durante meio período, em horários alternados. Para visitá-las, compre um passe (R$ 5) que vale para as três igrejas que abrem pela manhã ou para as três que abrem à tarde.

O diamante e o ouro descobertos no século 18 trouxeram grande afluxo de riqueza à região do Alto Jequitinhonha, próxima à serra do Espinhaço. É deste período o casario colonial de traços portugueses da cidade. A decadência do ciclo minerador ajudou a preservar a pequena mancha urbana de Diamantina, cuja economia passou a ser basicamente agrícola na virada do século 20.

Além do passeio a pé pelas ruas e calçadas do Centro Histórico, não deixe de visitar as igrejas de Nossa Senhora do Carmo e São Francisco de Assis, o pitaresco passadiço que liga duas casas na Rua da Glória e dar um pulo na casa do presidente que idealizou Brasília. Outra atração interessante é o Garimpo Real.

COMO CHEGAR

Localizada a 300 quilômetros de Belo Horizonte e a 720 de Brasília, Diamantina é acessível pela BR-367, ligada à BR-259, que sai da BR-040 (BH-Brasília), na altura de Curvelo.

As viações Pássaro Verde (www.passaroverde.com.br) e Gontijo (www.gontijo.com.br) possuem até oito saídas diárias de ônibus a partir de Belo Horizonte, com preços a partir de R$ 74. A partir de São Paulo, a viagem dura 13h e sai por cerca de R$ 130.

ONDE FICAR

Diamantina possui algumas boas pousadas, muitas instaladas em antigos casarões com mobília de época. Confortos modernos e café da manhã com delícias mineiras fazem parte da experiência. Veja aqui a seleção de hospedagens em Diamantina feita pelo GUIA QUATRO RODAS BRASIL.

QUANDO IR

A Vesperata é a maior manifestação musical de Diamantina, realizada em dois sábados por mês (março/outubro). Músicos locais sobem as escadarias dos casarões para apresentar obras do cancioneiro popular.

A Semana Santa tem como um de seus destaques a encenação da Sexta-Feira da Paixão, com cerca de cem guardiões romanos e duzentos outros participantes reproduzindo a Via Sacra, entre duas igrejas da cidade, que mudam a cada ano. A crucificação encerra a apresentação. À noite, a procissão de sepultamento vai da Catedral de Santo Antônio até a Igreja do Carmo. Na manhã do Domingo de Páscoa, as ruas são enfeitas com flores, areia e serragem, e nas janelas dos sobrados surgem colchas e toalhas coloridas.

Carnaval — Os desfiles de batuques e blocos pelas ruas do Centro Histórico deram fama ao Carnaval de Diamantina. Grupos como o Bartucada e Bat Caverna atraem turmas de universitários, que lotam pousadas, casas alugadas e repúblicas. Madrugada adentro, os jovens invadem a Praça do Mercado Velho para curtir os shows e a azaração.

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