Itacaré

Por Adrian Medeiros Atualizado em 22 jul 2021, 15h16 - Publicado em 9 set 2011, 20h06

Até meados dos anos 1990, Itacaré vivia meio isolada em razão de uma estrada de terra difícil de encarar. Hoje, depois da chegada do asfalto, essa antiga vila de pescadores vive do ecoturismo e do interesse gerado pela sequência de belas praias que começa bem pertinho de seu centro histórico. Resende e Tiririca são as mais próximas, ambas com mar de ondas fortes. Algumas são selvagens e exigem fôlego para ser alcançadas, caso da Prainha – para ter direito de curtir um dos visuais mais bonitos do Brasil e um point de surfistas, é preciso enfrentar uma caminhada de 40 minutos. Também exige pernas fortes, e ajuda de quem conhece a região, chegar à curtinha e linda Havaizinho e à deserta Engenhoca, essa com a vantagem de proporcionar banho de água doce, porque tem o Rio Borundanga num dos cantos.

Alguns casarões erguidos no período em que o cacau trouxe riqueza para a região, entre os séculos 19 e 20, ainda estão de pé, restaurados. Uma única rua, a Pedro Longo, concentra o comércio. À noite, ela divide o agito com o Praia da Concha, onde está a maioria das pousadas, além de barzinhos. Hotéis de sonho e resorts, como o Txai Resort, instalado na belíssima e quase privativa Praia de Itacarezinho, oferecem não apenas conforto e mordomia, mas passeios que exploram os mangues, rios e cachoeiras da região. Descendo de seu nascedouro na Chapada Diamantina, no centro da Bahia, o Rio das Contas chega a Itacaré e faz a alegria dos adeptos de esporte de aventura. Com sol brilhando praticamente o ano todo, dá até para programar a viagem para os meses em que a cidade fica mais sossegada, entre julho e outubro. De quebra, ganha-se a oportunidade de avistar baleias, que aparecem na região para acasalamento.

COMO CHEGAR

O aeroporto mais próximo é o de Ilhéus (72 km), servido por voos das principais companhias. Da rodoviária de Ilhéus saem ônibus da Viação Rota a cada hora. De carro, o acesso é pela Rodovia Ilhéus-Itacaré (BA-001). A partir de Salvador, o caminho mais curto é pegar o ferryboat até Itaparica e, de lá, seguir pela BA-001.

COMO CIRCULAR

A continuação da Rua Pedro Longo (conhecida como Caminho das Praias) interliga as principais praias urbanas; a estradinha pavimentada pode ser percorrida a pé ou de carro e termina nas areias do Ribeira. Trilhas partindo da BA-001 levam aos balneários mais afastados – uma linha de ônibus intermunicipal sai da rodoviária a cada hora e percorre a rodovia.

O QUE FAZER

O litoral baiano é caracterizado por praias extensas. Itacaré foge à regra ao exibir praias bem mais curtas ladeadas por um vigoroso trecho de Mata Atlântica. Para chegar na areia quase sempre é preciso uma caminhada que varia entre 15 e 40 minutos – Havaizinho, Engenhoca, Jeribucaçu e Prainha lideram esse time. Próxima ao centro e com acesso de carro, Titirica é a preferida dos surfistas. Adeptos de atividades mais radicais podem fazer o rafting no Rio de Contas e o cascading na Cachoeira do Noré. À noite, todos se encontram numa das casas de forró.

ONDE FICAR

O emaranhado de ruas de terra sem nome do loteamento Conchas do Mar concentra a maioria das hospedagens. Dormir por ali significa estar próximo ao centrinho e ir a pé aos restaurantes, praias urbanas e ao agito noturno. Quem busca tranquilidade deve procurar as hospedagens na estrada que liga Itacaré a Ilhéus.

ONDE COMER

Com exceção do Itacarezinho, localizado na praia homônima, todos os restaurantes indicados ficam no eixo composto pelas ruas Lodônio Almeida e Pedro Longo. No Tiu Gu Café, os bons crepes substituem facilmente uma refeição. As únicas praias da cidade com estrutura para almoço são a da Concha e a do Ribeira.

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