Atenas

Por Adrian Medeiros Atualizado em 25 jul 2023, 10h56 - Publicado em 30 set 2011, 16h39

Três milênios de idade e um povo preocupado com o seu legado fazem da herança histórica de Atenas uma maravilha difícil de superar. A cidade é um espetáculo ao ar livre, estrelado principalmente pela Acrópole, o Parthenon e outros registros palpáveis do chamado berço da civilização Ocidental e da democracia.

A riqueza do passado se encaixa em uma metrópole europeia moderna que, se observada na sua aparente confusão de carros e poluição, é prontamente radiografada como boêmia, cosmopolita e eclética.

Quem caminha por suas ruas sente de primeira os aromas de cordeiro, iogurte, alho, limão e outros itens da deliciosa culinária grega.

Andar pela cidade de Atenas é também viajar no tempo, flagrando sacerdotes ortodoxos a se misturar com a multidão na Praça de Syntagma, ou vendo automóveis passar em frente ao Arco de Adriano.

Paradoxos estimulantes a se contemplar entre belos restaurantes, uma vida noturna agitadíssima – sim, é verdade, muitas noitadas gregas acabam com gente dançando em cima da mesa – e uma boa dose de infraestrutura moderna – o metrô, por exemplo – alavancada pelas Olimpíadas de 2004.

COMO CHEGAR

Não há voos diretos do Brasil para a Grécia. É preciso fazer uma conexão em alguma capital da Europa. As opções são: Air France, via Paris; Alitalia, via Milão; British Airways, via Londres; Ibéria, via Madri; KLM, via Amsterdã; Swiss, via Zurique; e TAP, via Lisboa.

O aeroporto internacional de Elefetherios Venizelos, em Atenas, fica a 27 quilômetros de distância do centro da cidade. Sua grande vantagem é estar diretamente interligado a uma estação de metrô. O bilhete custa € 8 e leva até o porto de Pireu, a 11 quilômetros do Centro; de ônibus, o percurso sai por € 3,20.

De táxi, a corrida custa € 40 em média – tome cuidado, porque alguns motoristas aplicam o golpe de mudar a bandeira do taxímetro no meio da viagem para cobrar mais caro. E ainda se corre o risco de pegar engarrafamentos. Ou seja, prefira o metrô, muito mais conveniente.

As companhias aéreas para voos domésticos são: Olympic Airlines, Aegean Airlines e Sky Express. Quem quiser explorar o país de carro encontra locadoras como Avis, Hertz, Budget e Europcar.

COMO CIRCULAR

Quando países-sede de Jogos Olímpicos prometem um legado para a posteridade, querem dizer algo como Atenas fez com seu transporte público. Antes caótico e limitado, ele melhorou (e muito) depois de 2004. Antes disso, o problema era encontrar tesouros arqueológicos a cada buraco aberto e não saber o que fazer. Agora, infelizmente, são os escassos recursos que atrapalham a expansão.

São três linhas de metrô: a Linha 1 vai do porto de Pireaeus até o norte da cidade de Atenas. A Linha 2 Vermelha tem um curso noroeste-sudeste e a Linha 3 é a que conecta o Aeroporto Internacional até o Centro.

Os bilhetes simples integrados a outros sistemas de transporte custa apenas €1,40 e é válidos por 1h30. Bilhetes válidos por um dia saem por € 4, enquanto os de uma semana tem o preço fixado em € 14. Todos são válidos para ônibus, bonde, metrô e trens, excetuando-se as viagens para e desde o aeroporto, que segue uma tarefa diferenciada.

Táxis são razoavelmente baratos e seguros, desde que você evite os horários de rush, que poderão fazê-lo parar no meio da rua.

ONDE COMER

Atenas possui várias opções de restaurantes, de estabelecimentos bons e baratos a alguns mais sofisticados. A gastronomia mediterrânea predomina e é a mais recomendada. Pescados e salada estão sempre presentes nos cardápios, sempre acompanhados por excelentes azeitonas, vinhos e azeites.

A salada de pepino, tomate, olivas e queijo feta, o horiatiki, é um dos pratos onipresentes, mas mezedes (entradas), como saganaki (queijo frito em azeite e limão) e keftedes (bolinhas de alho poró, grão de bico ou tomates) são ótimas pedidas.

Polvo e lula grelhados ou marinados, folhas de uva recheadas de arroz e a moussaka são pratos mais encorpados, ótimos tanto para um almoço como um lauto jantar. Na hora das bebidas, não dispense o ouzo, a bebida nacional.

E, como não podiamos deixar de mencionar, muitos dos pratos mais típicos do país são uma importação ou influência direta de nações vizinhas. Doces como baklava e o churrasquinho grego, o gyros, vieram diretamente da Turquia.

ONDE FICAR

Por décadas Atenas se estabeleceu com um dos destinos de férias obrigatórios dos jovens europeus. Albergues e pousadas B&B é que não faltam para receber hordas de estudantes e mochileiros de todo o mundo, alguns com infraestrutura boa o suficiente para receber grupos até com idade mais avançada.

Hotéis mais confortáveis e com melhor decoração são encontrados em regiões próximas à Acrópole e também em Plaka e nas imediações de Thissio e Monastiraki. Em Nea Smyrni, parte mais moderna de Atenas, não há tantas atrações, mas alguns bons hotéis.

Informações ao viajante

Línguas: Grego

Saúde: É exigida apresentação do Certificado Internacional de Vacinação ou profilaxia contra a febre amarela. Aconselha-se a vacinação com uma antecedência mínima de dez dias antes da partida.

Melhor época para visitar: Com o charme das ilhas esperando, duas épocas são ideais para estar na Grécia: o verão é alta temporada, com muita badalação; a primavera, de março a junho, tem temperaturas mais amenas e ainda dá para aproveitar bem as praias.

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