Voo entre Guarulhos e Brasília marca início das operações da ITA
As passagens já estão à venda e viagens começam em junho
O voo inaugural da ITA, nova companhia aérea brasileira, será o trajeto Guarulhos-Brasília no dia 29 de junho. No dia seguinte, a empresa passará a ter rotas regulares. As passagens começaram a ser vendidas na sexta-feira (21) pelo site.
A Itapemirim Transportes Aéreos (ITA) pertence ao Grupo Itapemirim, tradicional no transporte rodoviário, e chega ao mercado com a oferta de mais conforto, além da conexão direta com linhas de ônibus da empresa. No primeiro mês, a companhia terá voos para 8 destinos: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro-Galeão, Porto Alegre, Porto Seguro, Salvador e São Paulo-Guarulhos. A partir de agosto, serão 14 destinos com a inclusão de Florianópolis, Fortaleza, Maceió, Natal, Recife e Vitória.
Para o início das operações, a companhia contará com 500 funcionários e pretende expandir este número para mais de 2.500 até 2022, ano em que planeja atender 35 destinos diferentes. A frota da ITA é composta neste primeiro momento por 5 aviões Airbus 320 e a meta é chegar a 50 aeronaves até junho do ano que vem.
A empresa promete mais conforto na cabine. A ITA reduziu o número de assentos de 180 para 162 e a distância entre um e outro irá oscilar de 79 centímetros a 107 centímetros (a distância média no mercado é de 76 centímetros entre as fileiras).
O despacho de bagagem de até 23 quilos será gratuito para as duas classes tarifárias (“comfort” e “econômica”), mas a ITA não se posiciona como uma empresa low-cost, os valores das passagens serão equiparados ao mercado. A companhia já nasce com uma rede de 2 mil agências que hoje vendem passagens de ônibus e que vão também vender bilhetes aéreos. O grande número de acessos ao site na sexta-feira de lançamento dificultou a pesquisa, mas foi possível encontrar um trecho de Guarulhos para Salvador a partir de R2.
O trecho Guarulhos-Belo Horizonte (Confins) a partir de R$182,34:
O grupo Itapemirim enfrenta um processo de recuperação judicial em 8 das 14 empresas da holding que compõem o grupo, mas em razão da Lei 11.101/2005 a nova aérea não assume dívidas de outras empresas. O presidente, Sidnei Piva, disse em entrevista à VEJA que até o final de maio o grupo encerrará o processo de renegociação das dívidas, que giram em torno de R$ 2 bilhões.