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São Paulo: MASP apresenta o novo edifício Pietro Maria Bardi

Prédio anexo, que dobra o espaço expositivo, será aberto ao público em março de 2025; veja fotos

Por Da Redação
30 nov 2024, 18h00
MASP, São Paulo, Brasil
Vista dos edifícios Lina Bo Bardi e Pietro Maria Bardi  (Leonardo Finotti/Divulgação)
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MASP anunciou, em coletiva de imprensa realizada no dia 26 de novembro, a conclusão das obras do seu segundo edifício, nomeado Pietro Maria Bardi em homenagem ao primeiro diretor artístico do museu. O prédio original recebe o nome de sua arquiteta, Lina Bo Bardi.

O novo prédio de 14 andares e 7.821 m², somado à recente concessão do belvedere conhecido como vão livre, representa um expressivo crescimento da instituição, que dobra a sua área de atuação de 10.485 m² para 21.863 m² a partir de março de 2025.

O novo edifício do MASP aumenta em até 66% seus espaços expositivos. São cinco novas galerias para exposições, duas áreas multiuso, salas de aula, laboratório de conservação, área de acolhimento, restaurante e café, além de depósitos e docas para carga e descarga de obras de arte.

Iniciada em 2019, a construção do novo prédio foi totalmente financiada por doações de pessoas físicas, sem uso de leis de incentivo. Foram doados 250 milhões para a construção do edifício.
MASP, São Paulo, Brasil
Escadaria na Sala Pietro (Leonardo Finotti/Divulgação)

Arquitetura

O projeto arquitetônico é liderado pela METRO Arquitetos Associados, dos sócios Martin Corullon e Gustavo Cedroni, com participação de Júlio Neves no projeto legal. Para a METRO, era importante evitar grandes composições na fachada para estabelecer uma relação harmoniosa com o edifício histórico.
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“Apostamos em um visual limpo, uma fachada homogênea, para não criar ruídos nessa relação. Ao mesmo tempo, o design monolítico, inspirado nas tipologias dos museus verticais, como os de Nova York, se destaca no entorno, conferindo-lhe um caráter próprio”, afirma Martin Corullon.

Um dos principais diferenciais é o revestimento em chapas metálicas perfuradas e plissadas, uma solução que controla a incidência de luz natural e reduz o aquecimento interno. Essa fachada metálica funciona como uma “pele” protetora, que diminui a carga térmica e aumenta a eficiência energética do edifício, aliviando o sistema de climatização.

O sistema de iluminação automatizado em LED, assim como o de climatização, atende às rigorosas normas internacionais de conservação de obras de arte ao mesmo tempo que reduz significativamente o consumo de energia e o impacto ambiental.
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As estruturas preexistentes no local – como as fundações do edifício Dumont-Adams, projetado e construído na década de 1950 – foram reaproveitadas, o que resultou ao projeto uma baixa pegada de carbono, ressignificando um espaço que era estritamente residencial em um amplo local para a acolhida e grande circulação de público. Todas as soluções aplicadas contribuíram para que o novo prédio do MASP conquistasse a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).
MASP, São Paulo, Brasil
Incidência de luz natural no novo edifício Pietro (Leonardo Finotti/Divulgação)

Diálogo entre os edifícios

Existem diversas conexões entre os dois prédios, como a relação entre o museu e o ambiente urbano por meio da transparência. Enquanto a fachada de vidro do edifício original cria uma continuidade visual entre o interior do museu e a Avenida Paulista, o novo edifício propõe um jogo de luz e sombra.
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Além dos vidros instalados nos andares inferiores do novo edifício, que dialogam com o vão livre, a geometria retangular das duas fachadas consiste em superfícies ininterruptas, sem emendas ou juntas. As conexões visuais entre os prédios também se apresentam no concreto aparente, nas cores e no volume.
“Se o edifício Lina fosse verticalizado, ficaria do mesmo tamanho do Pietro. O pé direito do térreo do novo empreendimento, de oito metros, tem a mesma altura que o pé direito do vão livre, e o tom escuro escolhido para a fachada do Pietro foi inspirado na cor dos caixilhos presentes no Lina”, completa Martin Corullon.
Outro ponto de conexão é o túnel de 40 metros que interliga as áreas de acolhimento dos edifícios. Com conclusão prevista para o segundo semestre de 2025, a passagem subterrânea facilitará a circulação dos visitantes, promovendo o funcionamento integrado dos dois prédios e preservando o visual da paisagem urbana.
MASP, São Paulo, Brasil
Edifício Lina Bo Bardi visto de dentro do novo Pietro Maria Bardi (Leonardo Finotti/Divulgação)
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Programação

O ano de 2025 será dedicado às Histórias da Ecologia. O museu promoverá exposições, cursos, palestras, oficinas, seminários e publicações que convidam à reflexão sobre temas urgentes, como a relação entre ser humano e meio ambiente, em diálogo com a cultura visual e as práticas artísticas.
Em março, para celebrar a inauguração das novas galerias do Edifício Pietro, serão apresentadas exposições com recortes do acervo MASP e uma mostra sobre as histórias do museu.
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