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São Paulo: como é o Museu da Imigração Japonesa, na Liberdade

Objetos do dia a dia, diários, pinturas, fotos, vídeos e roupas compõem o maior acervo do Brasil sobre o tema

Por Rebeca de Ávila
Atualizado em 14 jun 2024, 15h06 - Publicado em 14 jun 2024, 10h00
Museu da Imigração Japonesa, Liberdade, São Paulo
Ao todo, 97 mil itens abordam a história da imigração japonesa no Brasil (Museu da Imigração Japonesa/Divulgação)
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Em 18 de junho de 1908, o navio Kasato Maru desembarcou na cidade de Santos, em São Paulo, com os primeiros imigrantes nipônicos do Brasil. Os 793 passageiros viajaram por 52 dias após um acordo entre os governos paulista e japonês.

Ao bairro da Liberdade, no Centro da capital paulista, os imigrantes japoneses chegaram por volta de 1912 e se instalaram na Rua Conde de Sarzedas, onde os aluguéis de quartos no subsolo eram baratos. Na época, começaram a surgir as primeiras atividades comerciais: hospedaria, fábrica de tofu, empório e barbeiro – sempre nos porões das casas.

A abertura do Cine Niterói na Rua Galvão Bueno, em 1953, impulsionou a mudança da paisagem e do perfil de frequentadores da Liberdade. O cinema exibia sucessos japoneses em sessões disputadas com muitas filas e ajudou a movimentar o comércio nipônico da região. Atualmente, o Jardim Oriental funciona no endereço da antiga sala de exibição.

Essa história é contada no Museu Histórico da Imigração Japonesa, na Liberdade, inaugurado em 1978 para preservar a cultura dos imigrantes. A instituição tem o maior acervo sobre o tema no Brasil: são 97 mil itens que abordam desde o início da imigração até hoje. 

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Os objetos do dia a dia dos imigrantes, diários, pinturas, fotos com mais de um século, vídeos e roupas fazem parte de exposições permanentes nos três andares (7º, 8º e 9º pisos do prédio da Bunkyo, que administra o museu na esquina das ruas São Joaquim e Galvão Bueno).

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O percurso é cronológico: da réplica do navio Kasato Maru, de objetos trazidos pelos imigrantes e de documentos sobre as primeiras colônias passa-se para a Segunda Guerra Mundial, que foi um período conturbado para a população nipônica, que sofreu preconceito no Brasil pela posição do Japão no conflito. 

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O último andar foca na cultura pop e na influência japonesa no entretenimento brasileiro com animes e mangás. Nesse piso, há também itens de cosplay e réplicas de personagens que marcaram gerações, como Jaspion e Cybercop.

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Desde julho de 2023, o Museu abriga o Sato Cinema, que exibe exclusivamente filme asiáticos. O espaço fica no térreo do prédio da Bunkyo e tem capacidade para mais de mil pessoas. São cinco sessões diárias aos sábados e domingos com ingressos por R$ 35 (inteira) e R$ 17,50 (meia-entrada).

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Serviço

Museu Histórico da Imigração Japonesa

Onde? Rua São Joaquim, 381 – Liberdade, São Paulo. A 350 metros da estação de metrô São Joaquim (linha 1-Azul).

Quando? De terça-feira a domingo, das 10h às 17h.

Quanto? R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia); entrada gratuita às quartas-feiras. Venda de ingressos somente na bilheteria.

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