Cadernos, anotações, colagens e desenhos revelam o processo criativo de Arnaldo Antunes na exposição Rascunhos, em cartaz até 7 de dezembro no Instituto de Arte Contemporânea (IAC), em São Paulo. O músico reuniu 230 itens que resultaram em canções ou poemas desde a década de 1980 até hoje.
Os escritos originais de Antunes são o ponto de partida para a exposição, que propõe um diálogo do trabalho do músico com o acervo documental do IAC. A seleção cruzou nomes das artes visuais, da poesia e do design em um conjunto de desenhos, esboços e maquetes de Antonio Dias, Carmela Gross, Hermelindo Fiaminghi, Iole de Freitas, Luiz Sacilotto, Regina Silveira e Sérgio Camargo.
A música é apenas uma das facetas de Antunes. Como poeta e artista visual, ele desenvolveu uma linguagem própria, profundamente influenciada pelo concretismo paulista dos anos 1950. Sua poesia é marcada pela verbivocovisualidade, uma técnica que combina palavra, som e imagem, de maneira a criar uma experiência sensorial completa.
Entre os rascunhos que não seguem ordem cronológica, há desde esboços em guardanapos até trabalhos com finalização digital. Os inéditos são, em sua maioria, realizados com pintura escrita em papel, seja ele sulfite, canson ou em folha de caderno.
Serviço
Rascunhos – Arnaldo Antunes
Quando? Até 7 de dezembro. De terça a sexta-feira, das 11h às 17h, e aos sábados e feriados, das 11h às 16h.
Quanto? Entrada gratuita.
Onde? Instituto de Arte Contemporânea – Av. Dr. Arnaldo, 120 – Pacaembu.