Rio de Janeiro: atrações para conhecer usando o VLT
Ao longo de seis estações da Linha 1, há centros culturais, confeitarias históricas, grafite, roda-gigante, beleza e caos
O VLT Carioca (Veículo Leve Sobre Trilhos) foi um dos principais legados dos jogos olímpicos do Rio de Janeiro e possibilitou uma coisa até então inédita nas capitais brasileiras, que é chegar em um aeroporto e em questão de alguns metros do saguão embarcar em um transporte público de qualidade. Da Estação Santos Dumont, o turista tem algumas possibilidades a bordo do VLT: seguir até a Cinelândia e embarcar no metrô para a zona sul, ir até a rodoviária Novo Rio para seguir viagem ou visitar a região do Porto Maravilha, onde fica o Museu do Amanhã. Ao longo da Linha 1, entre o aeroporto e a rodoviária, existem diversas atrações que podem render um programa interessante.
Mas antes, vale falar um pouco sobre o modo de usar do VLT Carioca. A passagem custa R$ 4,05 e, para embarcar, todo passageiro precisa ter em mãos um cartão RioCard, que pode ser comprado por R$4 nas máquinas disponíveis nas estações (elas não dão troco). Uma vez carregado, você poderá usar o cartão também no metrô, ônibus e na barca para Niterói (atenção: o cartão do metrô, o Giro, não é válido no VLT). Ao entrar no vagão, o usuário deve encostar o cartão e um dos totens para validar a viagem. O VLT funciona das 6h até a meia-noite, sendo que o trecho Central-Praia Formosa da Linha 2 roda somente até as 22h.
Saiba o que ver em algumas das estações da Linha 1:
Estação Cinelândia
Aberto em 1909, inspirado na Ópera de Paris, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro segue imponente na Cinelândia, uma das principais praças do Centro do Rio. Para admirar a beleza por dentro e subir a belíssima escadaria principal, você pode assistir a um espetáculo ou fazer a visita guiada (R$ 20) que acontece quarta-feira (16h), quinta e sexta (11h, 14h e 16h) ou sábado (11h e 12h30). Outra opção é a Biblioteca Nacional. De segunda a sexta-feira (11h, 12h, 14, 15h e 16h) dá para conhecer gratuitamente alguns dos salões do edifício enquanto um guia da instituição fala sobre a construção e as obras ali guardadas, que chegam a cerca de 10 milhões de itens.
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Estação Sete de Setembro
Atravesse a Avenida Rio Branco e ande pela Rua Sete de Setembro até a próxima rua à direita, a Gonçalves Dias. No número 32 fica a tradicionalíssima Confeitaria Colombo, inaugurada em 1894 e até hoje um símbolo da Belle Époque. Ali importam mais a história e o décor do que o cardápio. Nos salões espelhados, onde agora turistas do Brasil e do mundo se encontram, já estiveram personalidades como Machado de Assis e Chiquinha Gonzaga e também políticos como Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. Funciona de segunda a sexta, das 11h às 18h e, aos sábados, das 10h às 17h. Se houver fila para entrar, o ideal é seguir até a Casa Cavé, no número 133 da Rua Sete de Setembro. Fundada em 1860 pelo francês Charles Auguste Cavé, é a mais antiga confeitaria da cidade. A pedida ali são os doces portugueses. O pastel de nata (R$ 10,80) ficou em terceiro lugar no ranking dos melhores na Veja Rio Comer & Beber 2021/2022. Abre de segunda a sexta, das 8h30 às 18h e, aos sábados, das 9h às 13h. Assim como a Colombo, fecha aos domingos.
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Estação Candelária
Atrás da Igreja da Candelária (fechada para a visitação devido à pandemia), você encontra um dos mais interessantes pontos do Rio: o encontro do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-RJ) com a vizinha Casa França-Brasil, ambas construções históricas surpreendentes e com ótima programação cultural. O CCBB-RJ chega a receber quase 60 milhões de visitantes por ano e é uma referência. Tem teatro (R$ 30), cinema (R$ 10) e exposições (entradas pelo site eventim). Até 12 de setembro, com entrada franca, Portinari Raros apresenta obras do artista pouco conhecidas. Vale entrar no edifício de 1906 mesmo que seja para apreciar a cúpula da rotunda, o mármore nas paredes e escadarias e os elevadores de porta sanfonada dourada. Fecha às terças-feiras.
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Estação Parada dos Museus
Nesta estação do VLT, o programa pode combinar o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio (MAR), abertos em 2015 e 2013, respectivamente. No MAR, estão em cartaz Pixinguinha: Um Maestro Batuta e Crônicas Cariocas até 31 de julho e Coleção MAR + Enciclopédia Negra até 11 de setembro – ingresso a R$ 20; visitação de quinta a domingo, das 11h às 18h. Enquanto o MAR reflete o Rio de Janeiro em sua história, arte e contradições, dentro das linhas de Santiago Calatrava o Museu do Amanhã trata das consequências da ação do homem sobre o planeta. Repleto de conteúdo audiovisual e muito interativo, propõe uma jornada desde a criação do universo até os nossos possíveis futuros. Funciona de terça a domingo, das 10h às 18h; fecha às segundas. Entrada: R$ 30; grátis às terças.
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Estação Parada dos Navios
Esta estação fica pertinho da dupla de museus da Praça Mauá, então dá até para seguir a pé entre elas. Ao longo do Boulevard Olímpico, criado na revitalização da área feita para a Olimpíada de 2016 no Rio, aprecie os detalhes de Todos Somos Um, mural de Eduardo Kobra sobre as etnias. O artista gastou 3.000 latas de spray para representar cinco povos, cada um de um continente, em alusão aos anéis olímpicos: mursi (África), kayin (Ásia), tapajós (Américas), supi (Europa) e huli (Oceania).
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Estação Utopia Aquário
Menos de dez minutos de caminhada levam à roda-gigante Iup Star Rio. Antes, quem curte aquário pode visitar o AquaRio, com 2 mil seres de 350 espécies. O principal tanque, com 3,5 milhões de litros de água e 7 metros de altura, possui um túnel dentro dele. Focado em pesquisa e educação, o maior aquário marinho da América do Sul abre de segunda a sexta, das 9h às 17h; nos fins de semana e feriados, até as 18h. O ingresso custa R$ 140 (inteira). O passeio pode terminar na Yup Star Rio para uma visão panorâmica da região, a 88 metros de altura. Uma volta completa numa das 54 cabines leva 20 minutos. A entrada (adulto) sai a R$ 59; cariocas pagam R$ 39.
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