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Pirangi do Norte: como é a visita ao maior cajueiro do mundo, perto de Natal (RN)

Mutação genética fez árvore plantada no século 19 ocupar área de um quarteirão inteiro em praia de Parnamirim, ao lado da capital potiguar

Por Maurício Brum
Atualizado em 9 out 2024, 14h21 - Publicado em 9 out 2024, 14h00
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Sozinho, cajueiro produz até 80 mil frutos na safra (Idema/Divulgação)

À primeira vista, o que se diz do Cajueiro de Pirangi parece uma afirmação absurda: uma única árvore ocupando uma área equivalente a um quarteirão inteiro. Mas é isso mesmo: o Maior Cajueiro do Mundo, que hoje tem um tamanho estimado em cerca de 9 mil metros quadrados, faz jus ao título e tem até teste de DNA para comprovar que os galhos mais distantes pertencem ao mesmo espécime individual onde tudo se originou, há quase 140 anos.

A famosa árvore potiguar é uma atração por si mesma e fica na praia de Pirangi do Norte, em Parnamirim, município vizinho à capital Natal. Localizado diante de piscinas naturais que podem complementar um dia de passeio, o cajueiro recebe mais de 300 mil visitantes todos os anos, segundo dados do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), que administra o parque.

Por que o cajueiro cresceu tanto?

O que rendeu ao Cajueiro de Pirangi seu tamanho incomparável com outras árvores do tipo foi uma anomalia genética propícia à expansão descontrolada: seus galhos crescem para os lados e não atrofiam ao tocar no solo quando envergam pelo próprio peso – em vez disso, formam raízes, atuando como um novo ponto de crescimento para a árvore.

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Capacidade dos galhos de formar raízes foi essencial para o cajueiro adquirir as dimensões que tem hoje (Mica Carboni/CC-BY-SA-4.0/Wikimedia Commons)

A tradição oral em Parnamirim diz que o cajueiro foi plantado em 1888 pelo pescador Luiz Inácio de Oliveira, que vivia no local – e morreu nonagenário, sob a árvore, sem desconfiar o quanto ela ainda cresceria. Essa não é a única versão: outras hipóteses atribuem o plantio a figurões da política potiguar no século 19 que mandavam no pedaço, ou mesmo a uma simples ação da natureza, com a árvore começando a se desenvolver por conta própria após uma semente germinar por ali.

Independentemente da origem, certo é que a árvore mais que centenária – que produz cerca de 2,5 toneladas de caju por ano – continua a fascinar os moradores e turistas que dão uma esticada para esse famoso programa nos arredores de Natal.

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Como visitar o Maior Cajueiro do Mundo?

O Cajueiro de Pirangi fica a apenas 15 km da Ponta Negra, a praia mais famosa da cidade. É possível fazer o trajeto inteiro pela RN-063 que, ao entrar na região de Pirangi do Norte, ganha o nome de Avenida São Sebastião.

Dá para chegar lá de carro ou em algum dos vários tours que buscam os visitantes no local onde estão hospedados e levam ao cajueiro. É comum que os pacotes turísticos ofereçam a opção de mergulhar nas piscinas naturais de Pirangi, um passeio adquirido à parte, mas que é feito no mesmo dia da visita à árvore.

O cajueiro recebe visitantes todos os dias da semana, das 7h30 às 17h, e a entrada custa R$ 8 (com meia-entrada para crianças, estudantes, professores e idosos). É possível circular entre os galhos do cajueiro, através de passarelas construídas para isso, com o devido cuidado para não subir ou se apoiar na árvore. Mais informações na página do Idema.

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