Palacete do Parque Lage fecha para obras até 2026
Reforma histórica inclui restauração da arquitetura original e pode restringir definitivamente acesso de visitantes ao casarão

Uma das atrações mais populares do Rio de Janeiro, o palacete do Parque Lage fechou para reformas em maio. Tombado pelo Iphan desde 1957, o palacete passará por uma restauração completa, com a reconstituição de seus elementos originais e a modernização das instalações que garantem seu uso como espaço cultural e público. Essa será a primeira grande intervenção no edifício em 100 anos.
Uma polêmica impulsionou a mudança, que já era prevista por conta de problemas de infiltração e drenagem. Professores e alunos da Escola de Artes Visuais (EAV), localizada no palacete, fizeram reclamações sobre o excesso de turistas no local, o que atrapalha frequentemente as atividades artísticas da escola.
A obra será realizada pela Secretaria estadual de Infraestrutura e Obras Públicas, que investirá R$ 21,4 milhões. A conclusão da reforma está prevista para julho de 2026. Enquanto o palacete fica fechado, as atividades da EAV ocorrerão no prédio das Cavalariças, também no Parque Lage. Esse espaço também passará por obras, que contemplam melhorias estruturais, como reformas em banheiros e adaptação de novas salas de aula. A área verde do parque seguirá aberta ao público.
Com a intervenção, o famoso café no pátio do casarão será fechado. A reabertura será discutida entre o governo do estado, a classe artística e os moradores da região. O desejo dos integrantes da EAV é de que o acesso à área do palacete seja restrito aos alunos e funcionários da escola. Caso a proposta seja atendida, o espaço de visitação seria apenas a área externa do Parque Lage, que inclui jardins, trilhas, o aquário dentro de uma gruta artificial e cachoeiras.
O restauro do espaço faz parte de ações para celebrar os 50 anos da Escola de Artes Visuais, que contará com uma programação especial a partir de julho.
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