Minas Gerais: roteiros de ecoturismo na região de Itamonte
Próximo de dois parques naturais, a cidade é destino ideal para quem busca turismo na natureza, com trilhas, cachoeiras ou escaladas

Embora pequena, com seus 14 mil habitantes, Itamonte pode ser considerada um dos principais destinos do ecoturismo mineiro. Ao extremo sul de Minas Gerais, o município é abraçado por dois imponentes parques naturais – o Estadual da Serra do Papagaio e o Nacional de Itatiaia.
Para quem planeja uma viagem voltada à natureza, Itamonte é um prato cheio: cachoeiras, trilhas, observação de fauna e escalada. Para quem curte cenários muito acima do nível do chão o destino guarda o 5º local mais alto do Brasil, o Pico das Agulhas Negras, até a cabana mais alta do Brasil para se hospedar.
Destaques de Itamonte além da natureza
Os atrativos naturais do município são o ponto que o torna mais famoso, mas os arredores da cidade propriamente dita também têm suas atrações.
Uma delas é o Lavandário Mantiqueira, a 2 km do centro de Itamonte, já na zona rural. Além de um café, o local tem um comércio com vários produtos de lavanda – além do jardim que dá nome ao espaço, composto exclusivamente por espécimes da aromática planta lilás.
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Já o casarão Engenho de Serra é um ponto turístico que remonta ao século 18, com terreno cedido pela Coroa Portuguesa, embora a história ressalte que o imóvel foi construído com mão de obra escravizada. Outra tradição local conta que o espaço foi visitado pela Princesa Isabel, em busca de águas milagrosas que curassem a esterilidade. O local abriga um restaurante, o Recanto do Picu.
Atrações sacras também fazem parte do turismo histórico pela cidade, como a Capela de São Sebastião, com o padroeiro esculpido em madeira, a casa de cultura da cidade, e a Igreja Matriz, no centro.
Atrações naturais da região
Como primeiro destino ideal para quem passa por Itamonte é conhecer a pedra que deu nome a cidade: a Pedra do Picu. Não é o “Picu” que aparece no nome do município, porém: ocorre que “Ita”, deriva da expressão tupi para pedra, resultando na expressão “pedra no momento”. Trata-se de um monolito de 120 metros, lembrando um dedo polegar, rodeado de Mata Atlântica.
@dicasdamantiqueira 📍Pedra do Picu – Itamonte/MG ℹ️Pedra do Picu serviu de marco para bandeirantes e tropeiros que cruzavam a Serra da Mantiqueira do Sul de Minas para o Vale do Paraíba e vice-versa. #dicasdamantiqueira #mantiqueira #serradamantiqueira #itamonte #itamontemg #pedradopicu #oquefazersuldeminas #minasgerais
Outra ideia é passar pela Cachoeira do Escorrega, a 14 km da cidade. Com nome autoexplicativo, o rio serve como escorregador natural, com 4 metros de descida até um poço natural. Já a Queda da Fragária, mesmo um pouco mais afastada, a 33 km da sede do município, é opção para trilhas e para ver de cima a queda d’água que soma 120 metros.
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Outra opção mais fácil de chegar é a Cachoeira do Pinhão Assado. A 15 km da cidade, ela conta com a vantagem de ter trilhas sinalizadas, além de cadeiras e guarda-sóis no local, ideal para descansar depois da caminhada ou realizar um piquenique.
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O Instituto Alto Montana, que comanda a Reserva Particular de Patrimônio Natural do local, oferece pernoites e um catálogo de trilhas para percorrer a pé ou praticar mountain bike, além de observação de aves, rapel na cachoeira e opção de voo de parapente das alturas.
Aliás, se a ideia é, além de trilhas, também apostar em escaladas, não há lugar mais icônico do que o Pico das Agulhas Negras, no parque Itatiaia. Além de estar entre os locais mais altos do Brasil, é um trajeto para experientes: duas horas de caminhada e rapel obrigatório em certos trechos, além de requerer um guia experiente. Mesmo assim, o esforço vale a pena para chegar ao topo do mirante natural de 2,7 mil metros.
O parque em si é uma ótima pedida para este tipo de turismo, com cachoeiras na parte alta e piscinas naturais nos pontos mais baixos. Veja mais detalhes aqui.

Por falar em alturas, a cidade também abriga a Torre Florestal, uma hospedagem a 1,8 mil metros de altitude entre os dois parques, a 14 metros do chão para olhar a Mata Atlântica do alto. É um ponto privilegiado para assistir o pôr e nascer do sol, além do céu estrelado ao longo de toda a noite.
Também vale a pena incluir no itinerário o Parque Estadual Serra do Papagaio. Com trilhas, afloramentos rochosos e corpos d’água, o local abriga vários pontos interessantes para aventuras, mas pode exigir mais experiências para certos passeios ou mesmo a companhia de um guia, já que peca pela falta de sinalização e tem trechos de montanha de difícil acesso.
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