Minas Gerais: roteiros de ecoturismo na região de Itamonte

Próximo de dois parques naturais, a cidade é destino ideal para quem busca turismo na natureza, com trilhas, cachoeiras ou escaladas

Por Thiago Müller
27 jun 2025, 14h00
serra-do-papagaio-itamonte
Queda d'água no Parque Estadual da Serra do Papagaio, um dos dois parques naturais que abraçam Itamonte (Afurcolin/Wikimedia Commons)
Continua após publicidade

Embora pequena, com seus 14 mil habitantes, Itamonte pode ser considerada um dos principais destinos do ecoturismo mineiro. Ao extremo sul de Minas Gerais, o município é abraçado por dois imponentes parques naturais – o Estadual da Serra do Papagaio e o Nacional de Itatiaia.

Para quem planeja uma viagem voltada à natureza, Itamonte é um prato cheio: cachoeiras, trilhas, observação de fauna e escalada. Para quem curte cenários muito acima do nível do chão o destino guarda o 5º local mais alto do Brasil, o Pico das Agulhas Negras, até a cabana mais alta do Brasil para se hospedar.

Destaques de Itamonte além da natureza

Os atrativos naturais do município são o ponto que o torna mais famoso, mas os arredores da cidade propriamente dita também têm suas atrações.

Uma delas é o Lavandário Mantiqueira, a 2 km do centro de Itamonte, já na zona rural. Além de um café, o local tem um comércio com vários produtos de lavanda – além do jardim que dá nome ao espaço, composto exclusivamente por espécimes da aromática planta lilás.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Lavandário Mantiqueira (@lavandariomantiqueira)

Já o casarão Engenho de Serra é um ponto turístico que remonta ao século 18, com terreno cedido pela Coroa Portuguesa, embora a história ressalte que o imóvel foi construído com mão de obra escravizada. Outra tradição local conta que o espaço foi visitado pela Princesa Isabel, em busca de águas milagrosas que curassem a esterilidade. O local abriga um restaurante, o Recanto do Picu.

Continua após a publicidade

Atrações sacras também fazem parte do turismo histórico pela cidade, como a Capela de São Sebastião, com o padroeiro esculpido em madeira, a casa de cultura da cidade, e a Igreja Matriz, no centro.

Atrações naturais da região

Como primeiro destino ideal para quem passa por Itamonte é conhecer a pedra que deu nome a cidade: a Pedra do Picu. Não é o “Picu” que aparece no nome do município, porém: ocorre que “Ita”, deriva da expressão tupi para pedra, resultando na expressão “pedra no momento”. Trata-se de um monolito de 120 metros, lembrando um dedo polegar, rodeado de Mata Atlântica.

@dicasdamantiqueira

📍Pedra do Picu – Itamonte/MG ℹ️Pedra do Picu serviu de marco para bandeirantes e tropeiros que cruzavam a Serra da Mantiqueira do Sul de Minas para o Vale do Paraíba e vice-versa. #dicasdamantiqueira #mantiqueira #serradamantiqueira #itamonte #itamontemg #pedradopicu #oquefazersuldeminas #minasgerais

♬ Outro by m83 – 𝙡𝙤𝙡𝙖

Outra ideia é passar pela Cachoeira do Escorrega, a 14 km da cidade. Com nome autoexplicativo, o rio serve como escorregador natural, com 4 metros de descida até um poço natural. Já a Queda da Fragária, mesmo um pouco mais afastada, a 33 km da sede do município, é opção para trilhas e para ver de cima a queda d’água que soma 120 metros.

Continua após a publicidade
View this post on Instagram

A post shared by I T A M O N T E (@itamonte.mg)

Outra opção mais fácil de chegar é a Cachoeira do Pinhão Assado. A 15 km da cidade, ela conta com a vantagem de ter trilhas sinalizadas, além de cadeiras e guarda-sóis no local, ideal para descansar depois da caminhada ou realizar um piquenique.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por I T A M O N T E (@itamonte.mg)

Continua após a publicidade

O Instituto Alto Montana, que comanda a Reserva Particular de Patrimônio Natural do local, oferece pernoites e um catálogo de trilhas para percorrer a pé ou praticar mountain bike, além de observação de aves, rapel na cachoeira e opção de voo de parapente das alturas.

Aliás, se a ideia é, além de trilhas, também apostar em escaladas, não há lugar mais icônico do que o Pico das Agulhas Negras, no parque Itatiaia. Além de estar entre os locais mais altos do Brasil, é um trajeto para experientes: duas horas de caminhada e rapel obrigatório em certos trechos, além de requerer um guia experiente. Mesmo assim, o esforço vale a pena para chegar ao topo do mirante natural de 2,7 mil metros.

O parque em si é uma ótima pedida para este tipo de turismo, com cachoeiras na parte alta e piscinas naturais nos pontos mais baixos. Veja mais detalhes aqui.

torre-florestal-de-longe
Situada no alto da montanha, Torre Florestal fica a 1,8 mil metros do nível do mar (Airbnb/Reprodução)
Continua após a publicidade

Por falar em alturas, a cidade também abriga a Torre Florestal, uma hospedagem a 1,8 mil metros de altitude entre os dois parques, a 14 metros do chão para olhar a Mata Atlântica do alto. É um ponto privilegiado para assistir o pôr e nascer do sol, além do céu estrelado ao longo de toda a noite.

Também vale a pena incluir no itinerário o Parque Estadual Serra do Papagaio. Com trilhas, afloramentos rochosos e corpos d’água, o local abriga vários pontos interessantes para aventuras, mas pode exigir mais experiências para certos passeios ou mesmo a companhia de um guia, já que peca pela falta de sinalização e tem trechos de montanha de difícil acesso.

Leia tudo sobre Minas Gerais

Reserve hospedagem em Itamonte

Continua após a publicidade
Clique aqui para entrar em nosso canal no WhatsApp
Compartilhe essa matéria via:
Publicidade