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Minas Gerais: fontes medicinais e muita história no Circuito das Águas

Historicamente puxado por Caxambu e São Lourenço, turismo da região se organiza para oferecer cada vez mais alternativas aos visitantes

Por Maurício Brum
29 set 2024, 14h00
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Prédio histórico do Balneário de São Lourenço (Circuito das Águas/Redes sociais/Divulgação)
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Há mais de um século, as estâncias hidrominerais de Minas Gerais têm sido procuradas por pessoas que querem fugir do estresse da vida cotidiana ou buscam alívio para moléstias de saúde. Destinos como São Lourenço e Caxambu são clássicos quando o plano é relaxar com as fontes – muitas delas, termais – dessa região, mas outras cidades se juntaram à lista nos últimos anos, em uma iniciativa que se tornou o Circuito das Águas mineiro.

Localizado no sul de Minas Gerais, a cerca de 400 km de Belo Horizonte, o Circuito é composto por 14 municípios: além de Caxambu e São Lourenço, também fazem parte do projeto Baependi, Cambuquira, Campanha, Carmo de Minas, Conceição do Rio Vede, Cruzília, Dom Viçoso, Lambari, Jesuânia, Passa Quatro, Soledade de Minas e Três Corações.

Ao todo, as várias localidades do Circuito das Águas concentram 37 fontes termais, além de diversas opções para explorar o ecoturismo e a história dessa região do interior mineiro.

Águas para se banhar, beber e contemplar

Parece óbvio pelo nome, mas vale reforçar: cada cidade incluída no circuito conta com águas de banho tradicionalmente procuradas por viajantes por suas propriedades supostamente medicinais, seja pelas substâncias encontradas nas próprias fontes minerais ou pela condição de águas termais, que atingem a superfície ainda aquecidas graças às características geológicas da região.

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Fonte Vichy é famosa pelas propriedades alcalinas (Marcio Sette/CC BY-SA 3.0/Wikimedia Commons)

Em São Lourenço, uma das mais procuradas, os grandes destaques estão no Parque das Águas de São Lourenço, uma ampla área de 300 mil m² com nove fontes de águas termais. A Fonte Vichy é a mais famosa, conhecida pelas propriedades alcalinas do líquido que verte por ali – além de ostentar o título de ser uma das duas únicas fontes do mundo a ter águas com essas características (a outra fonte fica na França, precisamente na cidade de Vichy). Segundo a tradição, a água ajudaria com problemas renais e gástricos.

Caxambu é o outro destino historicamente procurado por viajantes de todas as partes em busca de “águas curativas”. O Parque das Águas de Caxambu conta com 12 fontes termais dessas características, e a mais famosa indica já no batismo há quanto tempo as termas são reconhecidas: é a Fonte Dona Isabel, que recebeu esse nome em 1868 para homenagear a princesa que, mais tarde, entraria no imaginário nacional como signatária da Lei Áurea.

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Cachoeira Itaúna, em Baependi (Mori Morine/CC BY-SA 4.0/Wikimedia Commons)

Mas há opções diversas nas demais cidades do Circuito das Águas. Baependi, por exemplo, é famosa pelas cachoeiras, como a Itaúna, enquanto Campanha – além de uma barragem muito procurada por visitantes – é uma opção para quem busca observar a arquitetura colonial e sacra tipicamente mineiras: uma das cidades mais antigas da região, seu território original hoje foi subdividido em mais de 160 municípios, o que rendeu à localidade de 16 mil habitantes o apelido de ponto “onde nasceu o Sul de Minas”.

Conheça mais sobre os destaques dos 14 municípios no site oficial do Circuito das Águas.

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Turismo fora d’água

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Passeio do Trem das Águas é feito em maria fumaça histórica e leva cerca de 2 horas, entre ida, volta e a parada em Soledade de Minas (Trem das Águas/Divulgação)

Se a sua ideia é curtir a região para além do elemento que a tornou famosa, as cidades incluídas no Circuito das Águas também oferecem outros atrativos. Alguns municípios também são conhecidos pela cultura cafeeira, e em muitos lugares é possível degustar a produção local acompanhada do indispensável pão de queijo, como na Grão da Terra Cafeteria, em Três Corações. Opções de ecoturismo também não faltam, e vale conferir o que existe na cidade que você estiver visitando.

Outra alternativa é conhecer essa região por ângulos ou com meios de transporte diferenciados. Passeios de balão para visualizar a região do céu são ofertados em diferentes cidades (confira uma opção em São Lourenço), e dá até para viajar de maria-fumaça no Trem das Águas, entre São Lourenço e Soledade de Minas.

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