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Manaus: Mercado Adolpho Lisboa é projeto do “pai” da Torre Eiffel

"Mercadão" da capital do Amazonas mantém vida comercial ativa que o torna presente na rotina de manauaras e parada obrigatória para visitantes

Por Maurício Brum
Atualizado em 23 jun 2024, 10h06 - Publicado em 22 jun 2024, 18h00
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Prédio do século XIX inclui estrutura metálica projetada por Gustave Eiffel (Sir.Leo Cabral/Wikimedia Commons)
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Como costuma ocorrer com os históricos mercados públicos das capitais brasileiras, é possível que os próprios moradores da cidade nem se deem conta de que aquele prédio tão corriqueiro no dia a dia é, também, um local cheio de história. Em Manaus, essa função fica a cargo do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, erguido no auge do Ciclo da Borracha em estilo art nouveau, e ainda hoje um elemento central no comércio da cidade.

O prédio foi inaugurado em 1883 e deve seu nome ao superintendente de Manaus na época da construção – um cargo equivalente ao de prefeito. Foi nos anos de Adolpho Lisboa, aliás, que muitos prédios marcantes da capital tiveram sua construção encomendada, como o Teatro Amazonas, que só seria inaugurado uma década mais tarde.

Mas é talvez outro nome até mais famoso o que pode atrair os aficionados pela arquitetura para conhecer o “Mercadão” de Manaus: sinal da riqueza da cidade no período, a parte estrutural em ferro fundido foi projetada pelo engenheiro francês Gustave Eiffel, o mesmo da torre em Paris, que só seria aberta em 1889.

Muito além do prédio em si, o Adolpho Lisboa tem atrativos de sobra para quem quer visitar um elemento perene da rotina manauara e ainda sair da cidade com lembranças e produtos típicos da Amazônia.

O que encontrar no Mercado Municipal Adolpho Lisboa

Para quem mora na cidade ou quer ficar em uma estadia mais prolongada e adotar os hábitos locais, o Mercadão é uma ótima opção para adquirir produtos frescos tipicamente amazônicos, incluindo frutas e peixes. Conhecer o guaraná nativo é um dos destaques para quem vem de fora, e nas peixarias é possível encontrar à venda peças inteiras de espécies encontradas nos rios da região, com destaque para o pirarucu. O prédio também conta com açougues e venda de especiarias e castanhas.

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Turistas que estão em uma temporada mais curta por Manaus e só querem uma lembrancinha da cidade também podem encontrá-la nas lojas dispostas pelo mercado. Nesse caso, uma boa pedida é visitar os estandes de artesanato, que não se limitam a produtos feitos à mão: também são encontradas camisetas, bonés e ecobags com estampas destacando a cidade, a floresta e a fauna amazônica. Os preços podem variar, mas com uma boa conversa costuma haver espaço para negociação.

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Na gastronomia, o mercado também oferece uma variedade de restaurantes, inclusive com área externa. Não faltam opções para conhecer pratos inspirados nos produtos locais.

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Um dos mais recomendados é o Coreto Peixaria, onde se destacam opções de bandas de tambaqui, servidas com diferentes acompanhamentos, e o matrinxã recheado. Outra pedida é a Taberna do Chef Procópio, famosa pelo pirarucu (fresco ou defumado) servido no coco verde. Em geral, todos os restaurantes também oferecem variações da típica caldeirada, prato da culinária ribeirinha semelhante a um ensopado de diferentes peixes, acompanhado de arroz e pirão.

Quando e como visitar o Mercadão de Manaus

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O mercado fica na Rua dos Barés, 46, no Centro, e abre de segunda-feira a sábado das 6h às 17h – aos domingos, fecha ao meio-dia. Para quem quer apenas conhecer a estrutura e tirar fotos, o prédio é público e de livre acesso.

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Vale estar preparado: o espaço costuma ter mais movimento no meio da manhã, a partir das 9 horas, quando a circulação aumenta em busca das compras do dia. E, embora seja um espaço fechado em uma cidade conhecida pelo abafamento, o prédio não tem climatização, então o melhor é estar com roupas leves.

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