Extintor de incêndio não funcionou, afirma piloto do balão que pegou fogo

Acidente deixou oito mortos e 13 feridos no sul de Santa Catarina

Por Cecilia Carrilho
23 jun 2025, 13h11
Incêndio no balão começou após voo com sinais de instabilidade
Incêndio teve início dois minutos após a decolagem (redes sociais/Reprodução)
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O extintor de incêndio do balão que pegou fogo no último sábado (21) em Praia Grande (SC) não funcionou, disse o piloto Elves de Bem Crescêncio em depoimento divulgado no fim de semana. O incêndio começou dois minutos após a decolagem e deixou oito mortos.

Vinte passageiros embarcaram no balão, além do piloto – ao todo, 21 pessoas estavam a bordo. O passeio, que iniciou às 7h e deveria durar cerca de 45 minutos, durou apenas quatro minutos. Entre os passageiros, 18 eram de Santa Catarina, dois do Rio Grande do Sul e um de São Paulo.

O piloto relatou ter sentido um cheiro de queimado e, ao olhar para o fundo do cesto, viu o início do fogo próximo ao tanque de gás. Tentou apagar com o pé e, em seguida, com o extintor, que falhou e não liberou o pó químico. Imagens registradas por testemunhas mostram o balão em chamas no céu.

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Tentativa de pouso

Diante da propagação das chamas, o piloto orientou os passageiros a se agacharem e pularem assim que o cesto tocasse o solo. Parte do grupo conseguiu saltar. Mas com a redução do peso, o balão voltou a subir – ainda em chamas – com passageiros a bordo. A queda aconteceu logo em seguida.

Entre as vítimas, quatro morreram carbonizadas e outras quatro não resistiram aos ferimentos causados pela queda. Segundo a investigação da Polícia Civil, a causa do incêndio foi um maçarico auxiliar, utilizado para acender a chama principal do balão. O piloto permaneceu no local após o acidente e acionou os serviços de emergência.

Operações suspensas após o acidente

Praia Grande é um dos principais destinos do país para voos de balão. A cidade fica no extremo sul de Santa Catarina, próxima à divisa com o Rio Grande do Sul, e atrai turistas interessados em sobrevoar os cânions da região.

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O balão pertencia à empresa Sobrevoar, que afirmou seguir as normas da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). O piloto possuía licença válida e acumulava cerca de 700 horas de voo. Em nota, a empresa lamentou o ocorrido, informou que todas as operações foram suspensas e declarou apoio às famílias das vítimas.

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