Uma série de eventos culturais celebram o centenário da Semana de Arte Moderna, que aconteceu em São Paulo em fevereiro de 1922. A programação completa no estado, que vai ocupar museus, teatros e outros centros culturais ao longo do ano, está disponível no site do governo e na página Agenda Tarsila. Já a série de atividades planejadas pela prefeitura foi batizada de Projeto 22+100 e trará mais uma série de atividades marcadas para ocorrer em um período de 100 dias, até 1º de maio. Confira, a seguir, alguns destaques:
Centro Cultural Fiesp
Até o dia 29 de maio, a exposição “Era Uma Vez o Moderno” reunirá diários, cartas, manuscritos, fotos e obras dos artistas e intelectuais que fizeram parte da implementação de uma arte moderna no Brasil entre 1910 e 1914. Entre os destaques está o quadro “O Homem Amarelo” de Anita Malfatti, que fez parte da exposição da Semana de Arte Moderna de 1922.
Centro Cultural Banco do Brasil
Os trabalhos de 51 artistas contemporâneos, como Tunga, Adriana Varejão e Cildo Meireles, estão reunidos em “Brasilidade Pós-Modernismo”, em cartaz até o dia 7 de março. A exposição chama atenção para as diversas características da arte contemporânea brasileira cuja existência se deve, em parte, ao legado do Modernismo.
Conjunto Nacional
Durante todo o mês de fevereiro, a fachada do Conjunto Nacional será estampada com treze artes impressas homenageando os artistas modernistas de 1922. Cada uma das obras é assinada por um artista contemporâneo e a instalação tem curadoria de Vera Simões.
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Instituto Moreira Salles
Prevista para o segundo semestre de 2022, a exposição “Modernidades fora de foco: a fotografia e o cinema no Brasil” foca nessas duas expressões artísticas que ficaram de fora da Semana de Arte Moderna de 2022. A curadoria deve destacar o processo de urbanização ocorrido durante a Primeira República nas principais cidades brasileiras da época – Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Belém, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre.
Memorial da América Latina
As pilastras do Pavilhão de Criatividade Darcy Ribeiro exibirão 16 caricaturas de artistas ligados à Semana de Arte de Moderna de 1922. A mostra tem curadoria de Jal, presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil.
Museu Afro Brasil
“Padre Jesuíno do Monte Carmelo aos Olhos de Mário de Andrade”, em cartaz até o dia 30 de junho, reúne 27 obras do padre Jesuíno do Monte Carmelo que ficavam em igrejas das cidades de Itu e de São Paulo. A pesquisa sobre as pinturas foi uma das últimas feitas por Mário de Andrade, um dos grandes nomes do modernismo brasileiro.
Pinacoteca
A Pinacoteca destacou em seu acervo 134 obras de artistas ligadas ao modernismo, incluindo “Antropofagia” de Tarsila do Amaral e “Amigos” de Di Cavalcanti, que fez parte da exposição histórica que inaugurou a Semana de Arte Moderna de 1922.
Theatro Municipal
Até 17 de fevereiro, a programação especial incluirá apresentações da Orquestra Sinfônica Municipal, do Coral Paulistano, do Quarteto de Cordas e do Balé da Cidade, além de encontros, saraus, shows e outras atividades. Lembrando que a Semana de Arte Moderna de 1922 aconteceu justamente no Theatro Municipal.
Veja outras exposições confirmadas para acontecer em São Paulo ao longo de 2022
Comemorações da Semana de Arte Moderna de 1922 pelo Brasil
A Casa Memorial Régis Pacheco, em Vitória da Conquista (BA), expõe até 28 de fevereiro “Arte Conquista”, com pinturas, fotografias, músicas, peças de teatro e danças que foram influenciadas de alguma forma pelo movimento modernista. Em Belo Horizonte (MG), o Palácio da Liberdade apresenta até 13 de março a exposição “Recortes Modernos”, com 13 esculturas do artista brasileiro e modernista Alfredo Ceschiatti.
Já o Rio de Janeiro terá mais de 120 pinturas, desenhos, gravuras e esculturas na mostra “A Afirmação Modernista – A Paisagem e o Popular Carioca na Coleção Banerj”, em cartaz até o dia 20 de março no Paço Imperial. Também acontece na cidade, até 18 de fevereiro, a Festa Literária das Periferias, uma celebração do modernismo negro de Lima Barreto, Pixinguinha e Josephine Baker no Museu de Arte do Rio e o no Museu da História e Cultura Afro-Brasileira. A programação inclui shows, mesas de debate e espetáculos de dança.
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