Distrito de Glaura: atmosfera bucólica e pacata ao lado de Ouro Preto
Território no interior mineiro é ideal para vivenciar o turismo religioso e histórico e também, como diz o bordão, 'ser feliz no simples'

A pouco mais de 30 km do centro de Ouro Preto, em Minas Gerais, o distrito de Glaura é a chance de ter uma experiência ainda mais bucólica sem perder de vista o passado colonial.
A pequena vila, também chamada de Casa Branca pelos locais devido ao antigo nome (era a Freguesia Santo Antônio da Casa Branca do Ouro Preto), tem calçamento de pedra, chão batido e capelinhas. O lugar parou no tempo, mais precisamente no século 18, e isso é uma virtude nos dias de hoje.
Conhecendo Glaura
O pequeno distrito, com atrações que incluem igrejas, chalés, capelas e plantações, foi estabelecido no início do século 18 e mudou muito pouco desde então. Foi utilizado para passagem dos bandeirantes na Guerra dos Emboabas, entre 1707 e 1709.
No auge da exploração do ouro – que, por sinal, deu a Ouro Preto o nome de Vila Rica de Albuquerque, e posteriormente a alcunha que conhecemos hoje, pela abundância das preciosidades –, Glaura representou refúgio para os fazendeiros da época, e hoje mantém nas propriedades rurais o visual pacato do interior.
O primeiro nome foi, reconta a tradição oral da cidade, dado em homenagem ao fazendeiro local que construiu o que hoje virou a Igreja Matriz de Santo Antônio, templo de 1757, que continua sendo o grande marco da vila.
O que visitar
A Matriz foi revitalizada em anos recentes e preserva ainda o estilo jesuíta, com duas torres com sinos, pedra branca e, internamente, um altar dedicado a Santo Antônio.
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Vale a pena se programar para estar ppr lá nonfim de semana pois ao lado da igreja acontece a Feira da Matriz, com produtores locais que vendem itens típicos da região. São bolos, queijos de vaca e ovelha, geleias e artesanatos.
Outros pontos interessantes para quem busca atrações religiosas são as capelas de São Sebastião e a de Nossa Senhora das Mercês. Enquanto a primeira fica a pouco mais de 2km da Igreja Matriz, sentido norte, a segunda está mais próxima, a cinco minutos de caminhada.
Também vale conferir o Polo Cultural, no centro de Glaura, que além de abrigar uma biblioteca também oferece oficinas de artesanato.
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O distrito também abraçou a vocação turística com hospedagens que transportam o visitante ao passado. É o caso, por exemplo, dos Chalés da Capadócia, que busca manter a atmosfera rural, sem dispensar comodidades como wi-fi e piscina.
O tal do bordão “ser feliz no simples” se aplica muito bem a Glaura. Embora a parte habitada não seja grande, passear pela estrada e apreciar a paisagem de casas antigas e até hoje bem cuidadas é um dos charmes do destino.