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Dia Nacional do Choro é celebrado no Rio

Data tem roda musical dentro de um trem que vai para Olaria

Por Agência Brasil
23 abr 2024, 12h00

Declarado patrimônio cultural imaterial do Brasil em fevereiro deste ano, o choro tem seu dia nacional celebrado nesta terça-feira (23). Para comemorar a data, é tradição a realização de uma roda musical inusitada no Rio de Janeiro.

Músicos e fãs do choro se reúnem na icônica Central do Brasil e embarcam em um trem com destino a Olaria, bairro da zona norte da cidade, que era reduto de Pixinguinha, um dos maiores representantes do gênero musical.

Dentro das composições, chorões (músicos que executam o choro) tocam canções do gênero surgido no Rio e tocado por várias gerações, como Carinhoso, de Pixinguinha e Braguinha.

Músicos mais novos

Organizador do Trem do Choro, que está em sua 11ª edição, Luiz Carlos Nunuka destaca que o estilo musical continua atraindo a atenção dos músicos mais jovens.

“Existe o interesse principalmente dos jovens [pelo choro]. O choro tem uma complexidade que a pessoa que aprende a tocá-lo realmente toca qualquer tipo de gênero musical”, explica Nunuka.

Segundo divulgou a Supervia, cada carro do “Trem do Choro” será nomeado com grandes nomes do gênero, confira:

1º carro – Pixinguinha

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2º carro – Jacob do Bandolim/ Cesar Faria (Conjunto Época de Ouro)

3º carro – Severino Araújo/Josias Nunes

4º carro – Chiquinha Gonzaga

5º carro – Altamiro Carrilho/ Mestre Siqueira

6º carro – Raphael Rabello

7º carro – Joaquim Antônio da Silva Callado

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8º carro – Paulo da Portela/Paulo Moura

A Orlaria e as origens do choro

A região da Olaria, na Zona Norte do Rio de Janeiro, desempenhou um papel significativo na história e na cultura do choro. O lugar era conhecido por ser um centro de produção de telhas e tijolos até o início do século 20.

Na Olaria e nas áreas circundantes, surgiram muitos dos músicos que se tornariam figuras proeminentes no mundo do choro. Um dos mais notáveis foi o compositor e flautista Joaquim Antônio da Silva Callado, conhecido como Callado Filho, figura central na composição e na divulgação do gênero.

Apesar das mudanças ao longo do tempo, a região da Olaria continua a ser lembrada como um importante centro cultural na história do choro, e sua contribuição para o gênero é reconhecida e celebrada até os dias de hoje.

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