Alfredo Chaves: destino para quem curte cachoeiras, rapel e adrenalina no interior capixaba
Grande variedade de quedas d’água e rio que percorre túnel centenário são destaques em destino pertinho de Guarapari, no Espírito Santo

As praias do Espírito Santo costumam atrair a maior parte dos olhares de viajantes que passam por terras capixabas, mas o interior do estado também guarda belezas que começam a entrar no radar do turismo. Um destino que vem se tornando queridinho dos amantes de cachoeiras é o município de Alfredo Chaves, a 85 km de Vitória (e a 42 km de Guarapari).
Por lá, as belezas naturais que roubam a cena estão concentradas no distrito de Matilde, onde construções históricas também acabaram se tornando ponto corriqueiro para fotos e aventuras no interior do município de menos de 15 mil habitantes.
Cachoeiras atraem para a região
A fama de Alfredo Chaves vem das quedas d’água e, por lá, a opção mais famosa é a Cachoeira Engenheiro Reeve, também conhecida como Cachoeira de Matilde. É considerada uma das maiores do Espírito Santo, com cerca de 70 metros de queda livre. O local é considerado impróprio para banho devido à força das águas, mas é muito procurado por quem pratica rapel ou quer simplesmente contemplar o cenário.
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São 18 km de distância até o centro da cidade, com caminho asfaltado em todo o trecho, e o lugar conta com um centro de informações turísticas. É preciso pagar R$ 5 para acessar o Parque Ecológico Municipal de Alfredo Chaves. Mesmo para os menos aventureiros, a Cachoeira de Matilde é um destino clássico para a contemplação, e famosa pela vista do pôr do sol no Vale Santa Maria Madalena.
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Uma opção boa para quem quer se banhar é a Cachoeira Dároz, a 5 km da Engenheiro Reeve. Nesse caso, é preciso percorrer um trecho final por estrada sem pavimentação. Além da praia que se forma à beira do rio, o lugar tem espaço para camping.
Também muito procurada por quem quer um mergulho é a Cachoeira Vovó Lúcia, a 16 km do centro. São, na verdade, duas quedas d’água – a primeira forma um lago natural mais tranquilo, boa opção para quem viaja em família. Já a segunda é mais caudalosa e não indicada para banhos, mas é outra alternativa do município para quem viaja em busca do rapel.
Entre as opções de hospedagem no interior de Alfredo Chaves, com acesso facilitado para as quedas d’água, há a Pousada Vale das Cachoeiras, no distrito de Carolina – o mesmo onde fica a Cachoeira Dároz.
Confira outras informações sobre as cachoeiras de Alfredo Chaves na página da Secretaria de Turismo do município.
Túnel Encantado é destaque, mas exige cuidado
Muita gente diz que não se conhece Alfredo Chaves sem visitar um de seus pontos mais fotografados: o Túnel Encantado, também chamado de Túnel de Matilde. O lugar rende uma aventura diferente, mas que demanda cautela – na prática, trata-se de uma escadaria subterrânea com água correndo sobre os degraus, que geralmente atinge as canelas.
São cerca de 90 metros de extensão em uma obra feita há mais de um século para proteger a Estrada de Ferro Sul do Espírito Santo, que atravessava o distrito: o túnel tinha o objetivo de desviar o Rio Novo de Matilde, cujo fluxo acabava interrompendo a circulação dos trens. A relação com os trilhos também fica explícita no caminho para chegar lá, já que é preciso ir até a Estação Ferroviária de Matilde e seguir o trajeto por meio quilômetro até encontrar a placa indicando a descida para o túnel.
@umaguiapeloes Como chegar: O Túnel de Matilde fica a 20 km da sede de Alfredo Chaves e localizado a 88 quilômetros de Vitória. Rodovia do Sol e BR-262: todos levam praticamente o mesmo tempo, cerca de 1h40, considerando a saída de Vitória. Pela BR-262 o motorista deve entrar no Posto do Café sentido Araguaia e o caminho é mais curto, cerca de 90 Km. #matildees #alfredochaves #alfredochaveses #tuneldematilde
Lá dentro, são 65 degraus grandes em uma descida que conclui em uma espécie de piscina. Apesar de ser possivelmente o passeio mais famoso de Alfredo Chaves depois da Cachoeira de Matilde, o Túnel Encantado tem suas contraindicações.
Vale lembrar que o local começou a ser explorado à revelia de qualquer infraestrutura turística, por caçadores de adrenalina: não há iluminação e é preciso cuidado redobrado para não ser derrubado pela correnteza, já que não existem corrimãos. Também há relatos de morcegos no local.
Para os de coração forte (literalmente, pois a aventura também exige bom preparo físico), recomenda-se investir em calçados antiderrapantes, lanternas e não fazer essa expedição sozinho. Também é possível consultar um guia da trilha elaborado por entusiastas de espeleologia que estiveram lá antes. Ah, sim: existe um caminho de volta aos trilhos por fora do túnel, então não é preciso subir as escadas para retornar ao lugar de onde você saiu.
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