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Joia da Guanabara: como é o passeio pela Ilha Fiscal, no Rio

Famosa pelo baile que marcou o fim do Império no Brasil, a ilha é um passeio lúdico e o visitante tem de brinde o sobe e desce de aviões no Santos Dumont

Por Clarice Sena
14 jun 2024, 15h00

Uma pequena maravilha em plena Baía da Guanabara, a Ilha Fiscal oferece uma conexão com a história do Império no Brasil e foi reaberta para visitação em 2023, após reformas. O local abriga o palácio que serviu como palco do Baile da Ilha Fiscal, ou “O Último Baile do Império”, realizado às vésperas da Proclamação da República, em novembro de 1889. Imortalizado em pintura de Aurélio de Figueiredo, hoje exposto no Museu Histórico Nacional, o evento virou símbolo dos estertores da monarquia no país.

O passeio começa ainda nas antigas docas da Alfândega, pois é do terminal de balsas da Praça XV que se pode embarcar para conhecer a Ilha. O transporte é feito por micro-ônibus ou, se o tempo estiver firme, pela Escuna Nogueira da Gama, que comporta 105 vagas. Chegando lá, os visitantes encontram o palacete erguido em estilo neogótico encomendado pelo Imperador D. Pedro II e projetado pelo engenheiro Adolfo Del Vecchio. Também é muito interessante ficar observando o sobe e desce de aviões no aeroporto Santos Dumont, que fica bem em frente à ilha.

Destaques arquitetônicos da Ilha

O charmoso castelo verde tem um imponente Torreão com relógio e é ricamente decorado com trabalhos de cantaria, escadarias em pedra, piso com mosaicos de madeira e vitrais importados, incluindo um com o retrato do antigo imperador. Durante a visita guiada se encontram móveis de época, objetos pessoais, um convite para o famoso baile e uma mesa posta ao estilo daquela ocasião.

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Local é mais famoso pelo Baile da Ilha Fiscal. Evento que marcou o fim da monarquia no Brasil foi retratado em pintura de 1905 de Aurélio de Figueiredo, hoje exposta no Museu Histórico Nacional, também no Rio (Museu Histórico Nacional/Domínio público/Reprodução)

Outro atrativo é a Galeota de D. João VI, ou Galeota Imperial, uma embarcação a remos com camarim na popa. O barco ornado com dragões e armas imperiais tinha lugares para até 60 remadores e é único na América Latina, um bem tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro (INEPAC).

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A Galeota fez o transporte de monarcas brasileiros e foi usada na recepção a personalidades ilustres, além de ter feito o translado dos restos mortais do estadista José Bonifácio para a cidade de Santos.

De volta para o cais

Na Baía de Guanabara, ainda é possível visitar outras atrações que compõem o Complexo Cultural da Marinha, como o Museu Naval e o Espaço Cultural da Marinha. Na área externa estão atracados vários navios-museus, incluindo o Rebocador Laurindo Pitta, construído em 1910, o Contratorpedeiro Bauru, que participou da Segunda Guerra Mundial, e o Submarino Riachuelo.

Como visitar a Ilha Fiscal?

O ingresso para o Espaço Cultural da Marinha oferece a visita à Ilha Fiscal, realizada de quinta a domingo, com três horários de saída: às 12h45, às 14h15 e às 15h30.

A visitação tem aproximadamente 2 horas de duração e os ingressos custam R$ 25 a meia-entrada e R$ 50 a inteira. Crianças de até 2 anos e acompanhantes de pessoas com deficiência não pagam. O ingresso pode ser adquirido presencialmente ou pela internet.

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Visitas guiadas e encenadas acontecem duas vezes ao mês, às 11h30. Confira a programação no site oficial.

Espaço Cultural da Marinha:

Orla Conde (Boulevard Olímpico), s/n, Praça XV, Rio de Janeiro

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