Imagem Blog Além-mar Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, quase dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
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Delícia de passeio: de bike por Lisboa

Os sistemas de bicicleta compartilhada chegaram para ficar, desafiando o sobe e desce poético da capital

Por Rachel Verano
Atualizado em 21 fev 2018, 20h42 - Publicado em 21 fev 2018, 20h42
Passeio no calçadão de Belém, com a Ponte 25 de Abril como companhia: a brisa do Tejo não tem preço
Passeio no calçadão de Belém, com a Ponte 25 de Abril como companhia: a brisa do Tejo não tem preço (Bruno Barata/Reprodução)

Não, eu não enlouqueci. Tampouco virei ironwoman. Afinal, que as ladeiras de Lisboa são um sufoco até para carros valentes não é novidade para ninguém. Portanto, não estou aqui sugerindo que você se esguele para explorar a melhor cidade do mundo (#melhor prêmio ).

O fato é que as bikes compartilhadas finalmente chegaram por aqui. A mais recente novidade foi o desembarque, este mês, da oBike, uma startup de Singapura presente em vários lugares do mundo que chegou chegando: trouxe 350 bikes para Lisboa e um diferencial genial: a ausência de estações fixas. Ou seja: desde que o local seja apropriado, você pode estacionar a bike onde quiser. O aplicativo mostra onde estão as mais próximas de você e aí é só alegria, você pode ir até a porta do seu destino.

Bikes ocasionalmente estacionadas em frente ao restaurante SUD, em Belém
Bikes ocasionalmente estacionadas em frente ao restaurante SUD, em Belém (Bruno Barata/Reprodução)

Para usar o sistema, basta descarregar o app, fazer uma inscrição e pagar uma taxa inicial de € 5.

Quando quiser usar, basta localizar a bike mais próxima e fazer uma reserva (que dura 10 minutos):

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(Bruno Barata/Reprodução)

Ao chegar na bike, é só ler o QR code e pronto, ela é desbloqueada na hora:

(Bruno Barata/Reprodução)

Cada 30 minutos custam € 0,50.

Chegou onde queria? Basta saltar da bike, finalizar a viagem no app e travar a roda traseira. É possível acompanhar a distância percorrida, a duração e o custo.

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Apesar do sobe e desce, Lisboa já tem cerca de 60 quilômetros de ciclovias. A ideia é que este número salte para 150 em breve. Há trechos da cidade especiais para percorrer sobre duas rodas: a região da Avenida da Liberdade, o Cais do Sodré, o Parque das Nações, Belém…

A oBike chega para concorrer com a Gira, sistema público administrado pela EMEL, o órgão de mobilidade de Lisboa. Se, de um lado, a grande vantagem da oBike é a liberdade de estacionamento, a da Gira é a possibilidade de escolher bicicletas elétricas – e aí não tem ladeira que segure! 

A Gira funciona com passes que podem ser diários (€ 2), mensais (€ 10) e anuais (€ 25). A utilização por períodos de até 45 minutos é gratuita nos passes diários e custa € 0,10 para bicicletas normais e € 0,20 para as elétricas nos demais passes.

Já a brisa do Tejo no rosto… ah, essa não tem centavos que paguem.

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