Imagem Blog Além-mar Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, quase dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
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Almada: um programaço com a melhor vista de Lisboa

Do outro lado do Tejo, bons restaurantes e clima de praia na beira-rio do Ginjal

Por Rachel Verano
Atualizado em 21 jan 2020, 16h59 - Publicado em 20 out 2018, 15h34
A Ponte 25 de Abril vista do Cais do Ginjal: espetáculo ao pôr-do-sol
A Ponte 25 de Abril vista do Cais do Ginjal: espetáculo ao pôr-do-sol (Bruno Barata/Reprodução)

Almada, em termos de visual arrebatador, está para Lisboa assim como Niterói está para o Rio de Janeiro. A equação é fácil de entender: é preciso afastar para ter o enquadramento perfeito. A versão portuguesa pode não ter um Niemeyer à espera do lado de lá, mas tem uma beira-Tejo surpreendente, pé na areia, com ares dignos de praia. O programaço mais que perfeito para estes fins de tarde espetaculares de outono.

A passarela à beira-Tejo: pé na água
A passarela à beira-Tejo: pé na água (Bruno Barata/Reprodução)

O endereço é um só e não tem erro: Cais do Ginjal. De um lado, galpões em estado de demolição, grafites, ares industriais. Do outro, as águas do Tejo. Ao meio, uma passarela que é um passeio delícia, com a Ponte 25 de Abril e todo o panorama de Lisboa como cenário. E as duas estrelas locais: os restaurantes Atira-te ao Rio e Ponto Final.

A esplanada do Atira-te ao Rio: tem até areia!
A esplanada do Atira-te ao Rio: tem até areia! (Bruno Barata/Reprodução)

Chegar lá é simples e o caminho faz parte do programa. A melhor maneira é pegar um cacilheiro (barco que une as duas margens do rio) no Cais do Sodré, rumo a Cacilhas. São menos de 10 minutos de travessia (€ 1,25 por trecho). Uma vez lá, basta seguir o calçadão às margens do Tejo em direção à Ponte 25 de Abril. Exatos 8 minutos depois você chegará aos restaurantes (quem preferir ir de carro vai até o centro de Almada, mas é preciso estacionar e caminhar até o elevador panorâmico, que te leva até láááá embaixo).

O calçadão e, ao fundo, o elevador panorâmico de acesso ao centrinho de Almada
O calçadão e, ao fundo, o elevador panorâmico de acesso ao centrinho de Almada (Bruno Barata/Reprodução)

Para quem vem andando desde Cacilhas, o primeiro restaurante que aparece no caminho é o Atira-te ao Rio, com as suas mesas e cadeiras verde-água à sombra de ombrelones gigantes. No menu, choco frito com maionese de wasabi; cuscuz com legumes e iogurte; massa negra com camarão, malagueta e citronela; peixe com arroz de tomate.

As mesinhas do Ponto Final: quase dentro do Tejo
As mesinhas do Ponto Final: quase dentro do Tejo (Bruno Barata/Reprodução)

Logo ao lado fica o Ponto Final, com as suas mesinhas amarelas que avançam deck adentro. O menu é o clássico português, com direito a bacalhau com batatas e uma deliciosa vitela assada que derretia ao toque do garfo. O vinho foi a melhor companhia para o visual daquele fim de tarde: o sol descendo por trás da ponte e colorindo tudo de laranja; as luzinhas de Lisboa se acendendo devagar. Para encerrar, um dos meus doces alentejanos prediletos: sericaia com ameixa d’Elvas.

O outro lado do Ponto Final: o barquinho vai, a tardinha cai...
O outro lado do Ponto Final: o barquinho vai, a tardinha cai… (Bruno Barata/Reprodução)

Importante: nesta época do ano, os restaurantes costumam fechar entre o almoço e o jantar. O horário ideal para curtir o pôr-do-sol é estar lá às 19h, quando as casas reabrem (antes disso, embora estejam abertas, nem adianta insistir: não servem nem uma imperialzinha). Reservar é fundamental – ambos estão sempre lotados. O resto é festa: o último cacilheiro parte em direção a Lisboa à 1h20 da manhã. Portanto, não é preciso ter pressa.

Reserve o seu hotel na região do Cais do Sodré, em Lisboa, com o Booking.

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