Imagem Blog Piacere, Itália! Depois de passar um mês rodando a Toscana, Bárbara Ligero caiu de amores pela terra da bota e se matriculou em um curso de italiano. Atualmente, está aprendendo a gesticular com perfeição
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O que você precisa saber para conhecer Pompeia

A resposta é disposição – tanto para chegar até lá quanto para desvendar seu labirinto de ruínas –, mas vale muito a pena!

Por Barbara Ligero
Atualizado em 5 fev 2020, 16h36 - Publicado em 2 fev 2018, 19h58

Pompeia me pegou totalmente de surpresa. É claro que eu já havia lido e escutado muito a respeito dela. Mas, ainda assim, essa antiga cidade romana me impressionou pelo estado de conservação e, principalmente, pelo seu tamanho.

Ao final do dia, com o corpo cansado de tanto caminhar entre pedras milenares, não pude deixar de pensar que, não fosse a tragédia da erupção do Vesúvio, talvez não tivéssemos a oportunidade de vislumbrar com tamanho nível de detalhamento como era a vida daquelas pessoas no ano 79.

Por isso, defendo que vale a pena reservar um dia inteiro para conhecer o sítio arqueológico.

Como chegar

Você vai se sentir um verdadeiro explorador andando por essas ruínas… (Graham-H/Pixabay)

Já listei os motivos pelos quais eu acho que vale a pena conhecer Nápoles. Se precisar de mais um, aqui vai: essa é uma ótima base para visitar Pompeia. A poucos minutos da Stazione Napoli Centrale fica a entrada para a linha Circumvesuviana, que liga a cidade aos sítios arqueológicos.

Os bilhetes podem ser comprados na hora e custam ‎€ 2,60 cada viagem. Só não se assuste com a aparência da estação e dos trens, que são pequenos, malcuidados e – para ao desespero de quem vai no verão como eu fui – sem ar condicionado.

O trajeto leva cerca de 40 minutos e da janelinha é possível avistar o Vesúvio, mas não se deixe distrair. É preciso ficar atento com as paradas: existem quatro chamadas Pompei e, a que você precisa descer, é a Pompei Scavi, que deixa pertinho da entrada do complexo.

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Como visitar

Antigo banho em Pompéia, que de resto preserva estabelecimentos bem século XXI (Aleksandr Zykov/Flickr)

Tendo comprado o ingresso, que custa € 13, vá direto pegar o mapa de Pompeia e o guia com explicações dos principais pontos. Nenhum dos dois possui versão em português e, para complicar ainda mais, as atrações estão enumeradas de forma diferente em cada um. Ou seja, levava um tempo até que eu encontrasse a explicação sobre o lugar indicado no mapa e vice-versa. 

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Por mais mal planejados que pareçam esses panfletos, eles ainda são uma opção melhor do que andar pelas ruínas com as mãos abanando. Isso porque o lugar é realmente ENORME, com uma série de entradas e ruazinhas que escondem descobertas incríveis.

Senti falta de ter um guia profissional ao meu lado. Não só pela vontade de ouvir explicações históricas para tudo o que eu estava vendo, mas principalmente para ter alguém que conhecesse o caminho pra dizer o que vale mais a pena ser visitado.

ATENÇÃO PARA A DICA DE OURO: Só no final do dia descobri que o Google mapeou Pompeia, de forma que eu poderia usar o aplicativo do Maps no meu celular para traçar uma rota a pé do local onde eu estivesse até a próxima atração que eu queria ver.

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Por que é imperdível?

O tipo de afresco que você (ainda!) encontra entre as ruínas de Pompeia (Pompei/Divulgação)

Você estará andando sobre o mesmo calçamento em que o povo de Pompeia caminhou há dois mil anos atrás. Em alguns trechos, ainda é possível ver as marcas que as bigas romanas deixaram nas ruas. As pedras que eram usadas para atravessar a rua também continuam lá.

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Mas tudo isso você vê em fotos aos montes na internet, então o que realmente impressiona é ir percebendo a cidade que havia ali, com muitos dos estabelecimentos que temos até hoje. Mesmo que em ruínas, não é difícil reconhecer o que antes era uma padaria, um templo, uma mansão, um teatro e, menos ainda, um prostíbulo. Muitos desses lugares com afrescos e mosaicos preservadíssimos, ainda colorindo a abandonada Pompeia.

Outro ponto que costuma gerar bastante curiosidade são os corpos petrificados. Eles são menos numerosos do que eu imaginava, já que alguns estão na verdade no Museu Arqueológico de Nápoles, junto com outros objetos encontrados durante as escavações. Ainda assim, eles impressionam pela diferentes posturas corporais e pelas expressões faciais.

Outras dicas

Perdida, mas feliz da vida com meu guia na mão atravessando essa faixa de pedestres milenar (Bárbara Ligero/Arquivo pessoal)
  • Leve o seu próprio lanche. O único restaurante fica bem próximo da entrada e, na hora que a fome apertar, você provavelmente estará bem longe dele.
  • Leve água. No meio das ruínas há algumas bicas de água potável onde os turistas se refrescam e enchem a garrafinha.
  • Esteja preparado de acordo com o clima. O passeio é todo ao ar livre, então não se esqueça do chapéu e do protetor solar nos dias quentes e da capa de chuva caso São Pedro não esteja colaborando.
  • Vá com calçados confortáveis. Conforme eu já disse, será preciso caminhar muito e o terreno é bastante irregular.
  • Existe uma rota para pessoas com mobilidade reduzida. O editor Bruno Favoretto contou mais sobre ela aqui.

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