Imagem Blog Piacere, Itália! Depois de passar um mês rodando a Toscana, Bárbara Ligero caiu de amores pela terra da bota e se matriculou em um curso de italiano. Atualmente, está aprendendo a gesticular com perfeição
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Museu Stibbert: um verdadeiro tesouro escondido em Florença

Com um acervo de 50 mil peças, o museu é imperdível para quem tem um tempinho de sobra na cidade

Por Barbara Ligero
Atualizado em 5 fev 2020, 16h41 - Publicado em 8 nov 2017, 16h51

Atualizado em março de 2019.

Somente uma cidade como Florença, que ostenta a Galleria degli Uffizi e a Catedral de Santa Maria del Fiore na comissão de frente, poderia manter o Museu Stibbert em segundo plano, diria até como atração alternativa.

Um tanto afastado do centro da cidade, ele está instalado na Villa di Montughi, palácio do século XIX que pertencia a uma rica família de militares ingleses.

Exterior da Villa di Montughi (Wikipedia/Wikimedia Commons)
Sala do piano com a coleção de leques (Bárbara Ligero/Arquivo pessoal)

Viajante de carteirinha e colecionador assíduo, Frederick Stibbert (1838 – 1906) foi o responsável por transformar sua própria casa em museu, a partir dos objetos que ele adquiria mundo afora.

Mesmo já tendo lido a respeito antes, fiquei impressionada com o acervo: são 50 mil peças divididas por tema e período histórico. Há alguns quadros, porcelanas e vestimentas, mas a coleção é em sua maioria composta por armas e armaduras europeias, islâmicas e japonesas.

Quadros e armaduras na entrada do museu (Bárbara Ligero/Arquivo pessoal)
Há até sarcófagos egípcios na coleção (Bárbara Ligero/Arquivo pessoal)

A distribuição dos objetos pela antiga casa foi pensada pelo próprio Frederick Stibbert, que decorou os cômodos de acordo. Isso significa que o salão onde estão expostas as espadas, escudos e vestimentas do mundo islâmico, por exemplo, foi feito seguindo as características da arquitetura árabe.

Detalhes da Sala Islâmica (Bárbara Ligero/Arquivo pessoal)

Já os espaços dedicados ao Extremo Oriente guardam inúmeras espadas de samurai. A grande atração, no entanto, é a coleção de 100 armaduras japonesas completas, considerada a maior que existe fora do Japão.

Armaduras e espadas japonesas (Bárbara Ligero/Arquivo pessoal)

O fato dos objetos estarem simplesmente espalhados pelos cômodos também permite que você chegue bem pertinho das peças. Só há uma ocasião, no entanto, em que é permitido tocá-las.

Em uma das salas, há réplicas perfeitas dos capacetes e das malhas de ferro que faziam parte das armaduras europeias. Não perca a oportunidade de colocá-las na cabeça para sentir o (significativo) peso.

O que está sobre as almofadas pode ser tocado e vestido (Bárbara Ligero/Arquivo pessoal)
Tudo fica assim, bem próximo dos olhos do visitante (Bárbara Ligero/Arquivo pessoal)

Dentre as vestimentas, há um raríssimo traje feminino de casamento chinês e a capa que Napoleão vestiu ao ser coroado Rei da Itália em 1805.

Enfim, a quantidade e a variedade de itens em exposição é surpreendente. Pouco visitado pelos turistas, o Museu Stibbert merece ser incluído no roteiro se sobrar tempo depois de conhecer as atrações mais clássicas de Florença.

Roupa de casamento chinês e a capa de Napoleão (Bárbara Ligero/Arquivo pessoal)

As visitas duram cerca de uma hora e são feitas em grupos de no máximo 25 pessoas. Há o acompanhamento de um funcionário que, apesar de explicar um pouco sobre cada sala, está ali mais para garantir que ninguém derrube uma armadura medieval.

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A entrada custa € 6 e o museu fica aberto das 10h às 14h de segunda a quarta-feira, das 10h às 18h de sexta-feira a domingo e não abre as terças.

Siga-me no Instagram: @barbara.ligero

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