Motel para quem vier
Sim, deficiente físico também se diverte nesse quesito, tem seu momento Barry White
Ingerir uma cerveja significa urinar loucamente. Álcool é diurético, e até aquela cachacinha pode nos mandar ao mictório mais vezes do que o Woody Allen interpretou neuróticos.
Para quem pilota cadeira de rodas, tomar uma breja num bar, restaurante ou na casa daquele(a) camarada sumido(a) desde o ginásio vira missão quixotesca, já que a porta do banheiro em 98% dos casos é menor do que o necessário para se passar com a cadeira.
Assim, na falta de um acesso largo que a comporte, o jeito é se arrastar no chão e escalar o vaso. Ou improvisar o alívio numa garrafa (no caso dos homens). Puro jeitinho brasileiro do bem. Do perrengue.
Agora imagine a vida de um deficiente no motel. Sim, os deficientes também transam. Claro, alguns têm sequelas maiores, outros menores, outros nenhuma em relação ao momento Barry White.
Se quer um motel, o cadeirante tem de ligar pra ver se há escadas para chegar ao quarto ou perguntar no guichê, in loco. Às vezes não tem escada, bingo! Mas perdura o problema do banheiro apertado.
Felizmente há quem pense nessa situação. Dá-lhe motel Lush!
Os caras inauguraram a suíte Lush Special. O carro é estacionado numa vagona externa bem na frente, com espaço pra se sair tranquilamente. A entrada é livre de degraus e lá dentro tem um espaço bacana para circular numa boa:
Há outras duas opções na cidade: o motel Swing, no Morumbi, e o Carrossel, na Penha. Em todos, caso seja você cadeirante, é melhor ligar antes para se garantir, já que as suítes podem estar ocupadas.
MOTEL LUSH
Avenida do Estado, 6600
Ipiranga, 11/2271-0020
Pernoites a partir de R$ 135