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Um roteiro para três dias em Búzios, Cabo Frio e Arraial do Cabo

Um roteiro express pelos principais destinos da Região dos Lagos, no litoral do Rio de Janeiro

Por Fernando Leite
Atualizado em 14 out 2022, 11h48 - Publicado em 5 Maio 2017, 20h41

Se você tem pouco tempo para desbravar a Região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro, o essencial está nas linhas abaixo. Mas ressalto que três dias é mínimo do mínimo para você dizer que conhece esse belo trecho do litoral fluminense.

Dia 1 – Búzios

Com mais de duas dezenas de praias e várias opções de passeios extra-areia, selecionar o que fazer com apenas um dia em Búzios é tarefa hercúlea. Mas, vamos lá elencar aquelas que agradam gregos e troianos.

Acorde cedo e se bandeie para os lados da dupla Azeda e Azedinha, alternando sua manhã entre as duas pequenas praias com ondas mansinhas rodeadas de Mata Atlântica – com sorte, alguma celebridade estende a canga ao seu lado. O acesso a Azeda é por um caminho de pedras a partir da Praia dos Ossos, mas os chamados táxis-lanchas fazem a travessia. Da Azeda para a Azedinha não tem jeito, só caminhando, mas por uma trilha bem tranquila.

As duas praias ficam em um extremo da área mais central. Para almoçar, dirija-se à outra ponta, na Praia de Manguinhos. Em frente ao mar, o complexo Porto da Barra tem lojinhas e uma dezena de restaurantes. Entre eles, o Bar dos Pescadores, famoso pelo pastel de camarão e pela moqueca.

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Quem quiser uma praia de características opostas à Azeda e Azedinha, pode se mandar para a badalada e extensa Geribá, point dos marombados e surfistas – mais manso, o canto esquerdo é ideal para famílias. Outra opção bacana é o passeio de escuna – um autêntico praia-tour, passando por três ilhas e 12 praias, com dois pontos de mergulho.

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Antes de voltar para o hotel, o fim de tarde na Praia da Armação, repleta de barcos de pescadores e aquela selfie na estátua da Brigitte Bardot, afinal, não fosse a visita da francesinha em 1964 e talvez Búzios não tivesse essa fama toda.

À noite, todo mundo se encontra na Rua das Pedras num vaivém interminável pelo charmoso logradouro, namorando lojas de roupas e decoração e escolhendo em que bar ou restaurante se sentar. Se estiver com dúvidas, os crepes da Chez Michou são sempre uma ótima pedida.

Dia 2 – Cabo Frio

Esse adjetivo no nome não está aí por nada. Devido a uma corrente marítima oriunda do Polo Sul que desemboca justamente na cidade, a água é bem fria. Pensando nisso, fora do verão, quem viaja com crianças pequenas deve levar mais em consideração a estrutura na faixa de areia.

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Praias centrais não costumam figurar no topo do ranking, regra que não se aplica a Cabo Frio. Com pequenas dunas, muito espaço na faixa de areia branquinha e água transparentes, a Praia do Forte fica muito bem na fita. De quebra, o calçadão para caminhadas e a infra de barracas ajuda a passar horas por lá.

Quer algo roots com o acesso mais fácil do mundo? A Praia do Foguete fica na estrada para Arraial do Cabo. Extensa, é a predileta dos surfistas que buscam suas águas mais agitadas. O vento constante também atrai os kitesurfistas. Ao fundo, as famosas dunas grandes que simbolizam Cabo Frio.

Após o almoço, a mulherada adora fazer a digestão na Rua Jorge Veiga, do outro lado do Canal de Cabo Frio. Mais conhecida como Rua dos Biquínis, o lugar abriga mais de 100 lojas da vestimenta, com preços pra lá de camarada. Momento cultural da viagem, em um sobradinho do século 18, a Casa-Ateliê Carlos Scliar exibe os quadros do pintor modernista gaúcho que viveu por 40 anos na cidade.

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Assim como Búzios tem a Rua das Pedras, Cabo Frio conta com o Boulevard Canal para animar suas noites. Bares e restaurantes de frente para o canal criam uma atmosfera bacana para o dia acabar mais tarde. Em um casarão histórico, o Picolino serve generosos pratos.

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Dia 3 – Arraial do Cabo

Certifique-se que seu celular está com a bateria totalmente carregada, a câmera fotográfica será bem solicitada nesse dia. Arraial não tem o agito de Búzios e Cabo Frio, mas suas praias são de uma beleza estonteante, pena a temperatura da água ser tão baixa.

Siga para a Praia dos Anjos e embarque num passeio de escuna que, em aproximadamente quatro horas, vai dar um rolê pelo que há de mais imperdível. Se o som dos alto-falante estiver alto e o ritmo não te apetecer, ignore-o e foque na paisagem. A primeira parada é na Praia do Farol, dentro da Ilha de Cabo Frio. Com acesso controlado pela Marinha, há um limite de visitantes. Você passará uma hora por lá portanto aproveite cada segundo para curtir a faixa de areia braquinha, as dunas e, quem sabe, o banho nas águas cristalinas. O barco segue para a Gruta Azul, local prediletos dos mergulhadores para explorar a rica vida marinha da região. Ainda há tempo para um providencial stop no Pontal do Atalaia, uma praia ao pé de um morro com mar transparente.

No período da tarde, se você não estiver com crianças ou alguém com dificuldade de locomoção, voltar para o Pontal do Atalaia é sempre uma boa. Só tem que encarar a longa escadaria para a areia. Mas ganha mais tempo na belíssima praia, pode visitar a vizinha Praia do Forno (acesso por trilha) e, de quebra, observar o melhor pôr do sol da Região dos Lagos. O outro programa bacana é fazer a trilha para a Praia do Pontal – não é a do Atalaia. Saindo da Praia dos Anjos, caminha-se 30 minutos em um terreno amigável até o encontro com a praia de águas de realçante tom verde.

Não espere muito da night de Arraial, existem alguns restaurantes na Praia dos Anjos, mas nada memorável. Dar uma esticada em Cabo Frio pode ser uma boa.

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