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Desvendando a Zona Cerealista e o Mercadão de São Paulo

Em pleno centro de São Paulo, endereços fundamentais para glutões e pilotos de fogão

Por Fernando Leite
Atualizado em 24 abr 2019, 15h06 - Publicado em 6 out 2017, 16h40

Se você é daquelas pessoas que gostam de se arriscar na cozinha enaltecendo o uso de produtos de boa qualidade e, de preferência, baratos, você precisa conhecer a Zona Cerealista de São Paulo.

Localizada numa parte bem caótica da também caótica área central paulistana, vá com o coração e a paciência bem preparados, mas sabendo que será bem recompensado com cereais, produtos a granel e outros artigos do mundo todo. As lojas da Zona Cerealista ocupam um trecho da Avenida Mercúrio e toda a extensão da Rua Santa Rosa quase em frente ao Mercado Municipal Paulistano.

Antes de falarmos propriamente das lojas, algumas recomendações básicas: se você pretende fazer compras, vá de carro e deixe-o em um estacionamento (é caro, mas vai por mim, vale a pena). Se quer apenas conhecer o local, até pode ir de Metrô – a estação Pedro II fica a 10 minutos de caminhada – mas, sinceramente, acho muito difícil alguém sair de mão abanando. Por fim, muito cuidado com bolsas e carteiras.

Bom, que tal encher as sacolas? Para quem vem pelo Metrô Pedro II, o primeiro estabelecimento que vale a parada é o Empório do Arroz Integral, na Avenida Mercúrio, que tem arroz de tudo quanto é tipo e mais um montão de coisas pelas prateleiras. A seguir, a tradicionalíssima Casa de Saron tem a vantagem de não ser muito lotada. Ótimo local para comprar produtos naturais, como chás e temperos.

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Armazém São Vito tem preços bem camaradas na Zona Cerealista de São Paulo (Divulgação/Divulgação)

Inaugurado em 2012, o Armazém São Vito ganhou a preferência pelos preços camaradas nos produtos a granel, tanto que os frequentadores pegam senha (que pode demorar) para serem atendidos. O mesmo ocorre no Armazém Santa Filomena, já na Rua Santa Rosa, mas aqui com a certeza que, entre pegar a senha e ser atendido, a espera vai ser longa. Muita gente sai do local e vai pesquisar preços em outras lojas nesse intervalo. Não tem jeito, o Santa Filomena vive lotado. É uma perdição!

Para fechar essa parte do tour gourmet, a Casa Flora que é praticamente duas lojas em uma. Num ambiente reinam os queijos, embutidos, temperos, geleias, chás e tantos produtos de empório. Ao lado, uma das mais completas adegas da cidade.

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Atravessando as avenidas Mercúrio e do Estado, chegamos à segunda parte do passeio, o Mercado Municipal Paulistano, ou simplesmente, Mercadão. De cara, para quem nunca pisou lá, chama a atenção os imensos vitrais que simbolizam elementos agropecuários. Nessa hora, seu estômago deve estar roncando. Certamente você já ouviu falar de dois clássicos da gastronomia paulistana: o sanduíche de mortadela, do Bar do Mané e o pastel de bacalhau, do Hocca Bar. Pra mim, são apenas razoáveis, acho que vale mais a pena subir ao mezanino e provas as receitas portuguesas do Terra Mar ou os escondidinhos de O Brasileirinho.

Barraca de frutas do Mercado Municipal de São Paulo
Barraca de frutas do Mercado Municipal de São Paulo (Divulgação)

A partir daí, você tem até as 17h para explorar os quase 300 boxes do local. Razoavelmente bem setorizados, você encontrará empórios, açougues, peixarias, aquelas lojas que vendem tudo quanto é badulaque e as famosas barracas de frutas, como a Barraca do Juca, imortalizada na novela A Próxima Vítima, de Sílvio de Abreu.

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