5 lugares em São Paulo com cara de Europa
Fruto da colonização diversificada, o estado de São Paulo exibe lugares e atrações que poderiam estar no outro lado do Atlântico; veja quais são eles
É público e notório: o estado de São Paulo foi colonizado por uma multidão de gente de todo o globo terrestre. Só no corpo desse que vos escreve, corre o sangue de quatro povos europeus. A seguir listamos cinco localidades ou atrações que remetem (muito) à Europa.
1 – O Lavandário – Cunha
Ah, os cheiros da Provence estão presentes num cantinho entre Cunha e Paraty. Lá, no alto da montanha, um pouco antes dela se debruçar para o mar, 30 mil pés de lavanda estão fincados no terreno de Fernanda Freire.
Caminhar pelo campo é relaxante, mas a topografia íngreme pode causar algum desconforto, especialmente nas pessoas mais velhas. No meio da plantação, surge uma casa tipicamente provençal, com grandes janelas: hora de provar chá e sorvete de lavanda, além de comprar produtos cosméticos. O Lavandário fica aberto até o pôr do sol, hora em que o pessoal que passeava pela região chega para ver um crepúsculo bem azulado.
Distância de São Paulo: 240 km
Onde fica: Estada Cunha-Paraty, km 54,7
Horário: de sexta-feira a domingo, das 10h até o pôr do sol
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2 – Vinícola Guaspari – Espírito Santo do Pinhal
Se Jesus transformou a água em vinho nas bodas de Caná, a família Guaspari transformou café em vinho. Explico melhor, antes de ser considerado um herege. Uma antiga fazenda de café em Espírito Santo do Pinhal, na região de Poços de Caldas, mas ainda em terras paulistas, foi transformada na década passada em uma vinícola-butique, cujos rótulos figuram na carta de alguns restaurantes paulistanos estelares como Maní e Fasano.
A boa notícia é que a vinícola abriu suas portas para a visitação, em um tour de duas horas passando pelo parreiral, produção, cave e finalizando com a degustação de três rótulos: syrah tinto, sauvignon blanc e um syrah rosé. Para um paulistano provar vinhos premiados no seu terroir, não precisa mais sair do estado. Menores de 18 anos não têm acesso à vinícola.
Geralmente no Brasil, a safra é no início do ano. Aproveitando os dias ensolarados e as noites frias da região, a Guaspari subverte essa ordem e promove a safra na metade do ano.
Distância de São Paulo: 199 km
Onde fica: Rua Pedro Ferrari, 300 (Parque do Lago)
Telefone: 19/3661-9191
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3 – Holambra
Muita gente acha que Holambra é um lugar que vende flores e só abre em setembro, durante a Expoflora. Ledo engano. É verdade que o evento atrai quase 300 mil pessoas todo o ano, mas Holambra na verdade é um pacato município colonizado pelos… Claro, os holandeses, que aportaram por aqui na década de 1940 e, depois de alguns insucessos, acharam na produção de flores sua razão de existir – Holambra é a maior exportadora do produto na América Latina.
Sim, comprar begônias, orquídeas e afins é o programa básico de qualquer turista que não precisa garimpar muito para achar grandes lojas. O deque do Moinho Povos Unidos é ideal para apreciar as construções.
Na Praça Vitória Regia, o pequeno lago com caixas de som a entoar canções românticas convida ao namoro. Ninguém sai de Holambra sem provar um de seus pratos típicos: o croquete de carne com maionese, ketchup e cebola, a carne de porco com purê de batata e waffles de tudo quanto é tipo são encontrados nos restaurantes.
Distância de São Paulo: 135 km
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4 – Paranapiacaba
Quando, no fim do século 19, os ingleses chegaram a Paranapiacaba para controlar a operação da ferrovia São Paulo Railway, que ligava o Porto de Santos a São Paulo, talvez não imaginassem encontrar características tão familiares: o frio e a intensa neblina do alto da Serra do Mar.
Não tardou para deixar o lugar mais parecido ainda com a “Terra da Rainha”. A arquitetura vitoriana presente nas casas e um relógio que lembra o Big Ben – mas está longe de ser uma réplica, como apregoam por aí – são seu grande legado.
Caminhar pelas poucas ruazinhas é melhor forma de explorar a vila, que um longínquo distrito de Santo André. Geralmente, o tour começa pelo Museu Ferroviário, a contar a saga da São Paulo Railway, e pode terminar no Museu Castelinho, construção mais alta da vila, que era a residência do engenheiro-chefe, que de lá, acompanhava toda a movimentação dos operários.
Já que falamos do universo ferroviário, um jeito divertido de chegar lá é pelo Expresso Turístico, um trem que, em três domingos por mês deixa a Estação da Luz às 8h30, chegando às 10h em Paranapiacaba, retornando às 16h para São Paulo (compre nos guichês da Estação Luz)
Distância de São Paulo: 62 km
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5 – Ski Mountain Park – São Roque
Não espere por neve, apenas momentos divertidos em um parque localizado na constantemente fria São Roque. A estrela são as duas pistas de esqui/snowboard feitas com polietileno.
A pista de 100 metros, levemente inclinada, é ideal para quem nunca praticou o esporte – monitores estão por lá, ensinando alguns macetes e auxiliando na descida. Quatro vezes maior e bem mais inclinada, a outra pista é indicada para quem já teve algum contato com o esporte, sem ser necessariamente um ás nas pistas de Chamonix ou Grenoble.
Outra forma divertida de descer a montanha é em uma das três raias de tobogã. Outras atividades como arvorismo, paintball e muro de escalada também figuram entre os atrativos do local.
Distância de São Paulo: 68 km (via Raposo Tavares) ou 76 km (via Castello Branco)
Onde fica: Estrada da Serrinha, s/n (Cambará)
Horário: aos sábados e domingos, das 10h às 18h. Em janeiro e julho, de terça-feira a domingo, das 10h às 18h
Telefone: 11/4712-3551
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